Tempo é dinheiro, talvez a mais famosa frase dentre os taxistas de Nova Iorque. Não que eu já tenha ido pra lá, mas aprendemos desde pequenos o significado desta frase. Só sabe o significado real dessa frase, quem realmente já viu ele passar na frente de seus olhos.
Um exemplo simples, passar algumas horas dentro de um cinema vendo um bom filme, ou passar a noite ao lado da pessoa que você gosta, o tempo é um simples amigo seu, você desfruta cada um de seus preciosos segundos e não da o verdadeiro valor que ele merece.
Agora tente segurar um carvão em brasa com as mãos nuas, ou até uma pequena farpa que entra no seu dedo, quanto valor você da pro tempo até que ela seja retirada? Cada segundo parece muito maior do que é e minutos não são tolerados.
E se você pudesse controlar o tempo? Se no momento em que uma pessoa que você gosta esta prestes a entrar no portão de embarque do aeroporto, o que você faria? Se aqueles minutos finais de uma prova se tornassem uma hora, você teria passado de ano? E aquele beijo na boca que você almejou por dias?
Passei 62 horas seguidas trabalhando esse final de semana, sono, fome, dor, uma mistura de sentimentos e estava completamente alheio ao que acontecia fora de uma sala que não tem janelas, já não sabia mais se era dia ou se era noite, e ainda assim se pudesse teria congelado o tempo para me certificar de que o trabalho seria terminado a tempo e com qualidade.
Fiz uma visita recente ao tumulo de minha mãe, e apenas por um segundo me flagrei imaginando como seria dar um abraço nela, só um, por mais rápido que fosse, seriam com certeza os melhores segundos de minha vida. Mas o tempo é implacável, ele simplesmente passa e leva com ele tudo.
Qual é a diferença entre presente, passado e futuro? Cada um tem sua própria interpretação, a minha, é que o passado é uma lembrança, não importa se é agradável ou desagradável faz parte da sua história, orgulhe-se dela. O futuro? Dizem que você pode planejar o seu futuro, tenho minhas duvidas, ele é incerto e você também pode receber surpresas agradáveis ou desagradáveis.
Agora o presente, horas, a palavra é auto-explicativa!
Aproveito cada segundo de minha vida como se fossem os últimos, já me perguntaram se vale a pena ou se isso me faz bem. Não sei responder. Mas uma coisa eu garanto, eu quero é mais!
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
f(x) = a.x + b
Uma reta! A função mais simples conhecida em nossa matemática. Previsível e de fácil solução, onde podemos obter sua raiz empregando no máximo uma operação de divisão. Que de tão simples aprendemos a manuseá-la na sexta série do ensino fundamental. E quem nos dera toda nossa matemática fosse de simples manuseio como a função de uma reta. Nesse campo existem diversas nuances não lineares que ainda desconhecemos solução, ou tampouco sua utilidade no mundo físico. Obscuridades nos universos de espaços amostrais, séries e trigonometria.
E lá vou eu de novo tentar contextualizar comportamentos humanos na rigidez maleável dos fenômenos físicos.
Vamos partir da premissa que afinidade é representada pela equação de uma reta. Ela tem direção bem definida (para cima ou para baixo) e seu coeficiente angular representa a velocidade em que ela aumenta (ou diminui). Simples assim. Visível assim. Para todo seu espaço amostral. Se considerarmos que essa função “pura” nunca será parada, poderíamos inferir que afinidade terminaria em “mais infinito” ou “menos infinito”.
Mas a matemática admite que associemos duas ou mais funções. O que novamente podemos fazer analogia as afinidades, sentimentos e redondezas. E nessa associação de funções sentimentais a resultante pode ser desconhecida ou sem solução. Como aquelas equações do mundo numérico que até se pagam prêmios em dinheiro para quem solucioná-las. Há uma linha muito tênue entre afinidade simples e pura e afinidade mais algoritmos perigosos.
Mais infinito, menos infinito, zero? Conseguimos sua tendência, mas não onde finalmente vai parar. E a falta de conhecimento matemático em fenômenos físicos pode gerar grandes danos às redondezas. Para reduzir a zero esses perigos de danos, matemáticos (ou psiquiatras) do mundo inteiro procuram a solução para essas equações imprevisíveis e desconhecidas.
E lembrando, para quem descobrir a solução, paga-se prêmio em dinheiro.
***
E lá vou eu de novo tentar contextualizar comportamentos humanos na rigidez maleável dos fenômenos físicos.
Vamos partir da premissa que afinidade é representada pela equação de uma reta. Ela tem direção bem definida (para cima ou para baixo) e seu coeficiente angular representa a velocidade em que ela aumenta (ou diminui). Simples assim. Visível assim. Para todo seu espaço amostral. Se considerarmos que essa função “pura” nunca será parada, poderíamos inferir que afinidade terminaria em “mais infinito” ou “menos infinito”.
Mas a matemática admite que associemos duas ou mais funções. O que novamente podemos fazer analogia as afinidades, sentimentos e redondezas. E nessa associação de funções sentimentais a resultante pode ser desconhecida ou sem solução. Como aquelas equações do mundo numérico que até se pagam prêmios em dinheiro para quem solucioná-las. Há uma linha muito tênue entre afinidade simples e pura e afinidade mais algoritmos perigosos.
Mais infinito, menos infinito, zero? Conseguimos sua tendência, mas não onde finalmente vai parar. E a falta de conhecimento matemático em fenômenos físicos pode gerar grandes danos às redondezas. Para reduzir a zero esses perigos de danos, matemáticos (ou psiquiatras) do mundo inteiro procuram a solução para essas equações imprevisíveis e desconhecidas.
E lembrando, para quem descobrir a solução, paga-se prêmio em dinheiro.
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Pink Fest 2009
- 120 pessoas
- 1 casal, ou 2, ou 3...
- 1 Roupão
- 2 Orelinhas
- Plumas e Anteninhas
- Open Bar
- Vomito no Banheiro
- Sexo no Banheiro?
- Uma briga
- Um stress
E muito, muito cor-de-rosa.
Apud: Palavras Chave - de Correali
- 1 casal, ou 2, ou 3...
- 1 Roupão
- 2 Orelinhas
- Plumas e Anteninhas
- Open Bar
- Vomito no Banheiro
- Sexo no Banheiro?
- Uma briga
- Um stress
E muito, muito cor-de-rosa.
Apud: Palavras Chave - de Correali
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Recado
Você tem certeza do que você quer ser? Revisite seus sonhos, e veja quais realmente perduram e quais já secaram e possuem apenas uma casca oca. Revisite seus poemas, e tenha certeza que estão sendo escritos no tom do presente. Revisite seu passado, e visite logo a pendência mais procrastinada que possui. É um “barato” duro, mas necessário. Parece que você se perdeu um pouco, não está mais leve como antigamente. Seja magnânimo consigo mesmo, e defina teu destino de forma justa e decidida como sempre foi. Sobretudo não queira ser muito adulto nem bem resolvido demais. Revisite você mesmo, e terá de novo a paz de espírito que sei que não está encontrando agora.
***
***
domingo, 22 de novembro de 2009
Saúde, Cheers, Prost, Salute...
"A cerveja é a prova viva de que Deus nos ama e nos quer ver felizes."
Benjamin Franklin
"Faça sempre lúcido o que você disse que faria bêbado. Isso o ensinará a manter sua boca fechada."
Ernest Hemmingway
"Era um homem sábio aquele que inventou a cerveja."
Platão
"Um país não pode ser um país de verdade senão tiver ao menos uma cerveja e uma empresa aérea. Ajuda se tiver uma equipe de futebol, ou armas nucleares, mas o mais importante é a cerveja."
Frank Zappa
"Se Deus soubesse que nós beberíamos cerveja, nos teria dado dois estômagos."
David Daye
"A cerveja me faz sentir da forma como gostaria de me sentir sem cerveja."
Henry Lawson
"Sem dúvida, a maior invenção da história da humanidade é a cerveja. Eu admito que a roda também é uma grande invenção, mas a roda não desce tão bem com uma pizza."
Dave Barry
"Dê-me uma mulher que ame a cerveja e eu conquistarei o mundo."
Kaiser Wilhelm
"Eu mataria todos neste quarto por um gole de cerveja."
Homer Simpson
"Nem todos os produtos químicos são maus. Sem elementos químicos tais como o hidrogênio e o oxigênio, para o exemplo, não haveria nenhuma maneira fazer água, um ingrediente vital para a cerveja."
Dave Barry
"Eu bebo para fazer as outras pessoas interessantes."
Dave Barry
"Cervejal: a causa e a solução de todos os problemas da vida."
Homer Simpson
"Não nos incomodamos se você atirar bosta no palco, mas não atire na nossa cerveja - é o nosso combustível!"
James Hetfield, Metallica
“Eu recomendo... pão, carne, vegetais e cerveja.”
Sófocles na Filosofia para uma dieta moderada.
“24 horas num dia, 24 garrafas num engradado. Coincidência? Não me parece...”
Stephen Wright
“Mulheres bonitas fazem-nos comprar cerveja. Mulheres feias fazem-nos beber cerveja.”
Al Bundy
“Pessoas que gostam de cerveja sem álcool não gostam verdadeiramente de cerveja; elas apenas gostam de urinar!”
Anónimo
“Do suor do Homem e do amor de Deus veio a cerveja ao mundo.”
Santo Arnaldo
“Vou comprar um barco... viajar um pouco e no entretanto vou estar a beber cerveja.”
John Welsh, condutor de autocarros de Brooklyn que ganhou 30 milhões de
dólares na loteria.
“A melhor forma de se morrer é sentarmo-nos debaixo de uma árvore, comer toneladas de bolonha e salami, beber um engradado de cervejas e depois explodir!”
Art Donovan, aka Fatso
“Eu gostaria que todos tivéssemos sempre sorte! Eu gostaria que tivéssemos asas! Eu gostaria que a água da chuva fosse cerveja.”
Robert Bolt
“Dá um peixe a um homem e ele o comerá. Ensina-o a pescar e ele ficará todo o dia sentado no barco a beber cerveja.”
Anónimo
“Ser rico não é importante: nunca poderás beber mais de 30 a 40 copos de cerveja por dia”
Coronel Adolphus Busch
"Quanto mais a mulher bebe, menos ela reclama. O importante é mante-la sempre com a boca cheia."
Oddone
Benjamin Franklin
"Faça sempre lúcido o que você disse que faria bêbado. Isso o ensinará a manter sua boca fechada."
Ernest Hemmingway
"Era um homem sábio aquele que inventou a cerveja."
Platão
"Um país não pode ser um país de verdade senão tiver ao menos uma cerveja e uma empresa aérea. Ajuda se tiver uma equipe de futebol, ou armas nucleares, mas o mais importante é a cerveja."
Frank Zappa
"Se Deus soubesse que nós beberíamos cerveja, nos teria dado dois estômagos."
David Daye
"A cerveja me faz sentir da forma como gostaria de me sentir sem cerveja."
Henry Lawson
"Sem dúvida, a maior invenção da história da humanidade é a cerveja. Eu admito que a roda também é uma grande invenção, mas a roda não desce tão bem com uma pizza."
Dave Barry
"Dê-me uma mulher que ame a cerveja e eu conquistarei o mundo."
Kaiser Wilhelm
"Eu mataria todos neste quarto por um gole de cerveja."
Homer Simpson
"Nem todos os produtos químicos são maus. Sem elementos químicos tais como o hidrogênio e o oxigênio, para o exemplo, não haveria nenhuma maneira fazer água, um ingrediente vital para a cerveja."
Dave Barry
"Eu bebo para fazer as outras pessoas interessantes."
Dave Barry
"Cervejal: a causa e a solução de todos os problemas da vida."
Homer Simpson
"Não nos incomodamos se você atirar bosta no palco, mas não atire na nossa cerveja - é o nosso combustível!"
James Hetfield, Metallica
“Eu recomendo... pão, carne, vegetais e cerveja.”
Sófocles na Filosofia para uma dieta moderada.
“24 horas num dia, 24 garrafas num engradado. Coincidência? Não me parece...”
Stephen Wright
“Mulheres bonitas fazem-nos comprar cerveja. Mulheres feias fazem-nos beber cerveja.”
Al Bundy
“Pessoas que gostam de cerveja sem álcool não gostam verdadeiramente de cerveja; elas apenas gostam de urinar!”
Anónimo
“Do suor do Homem e do amor de Deus veio a cerveja ao mundo.”
Santo Arnaldo
“Vou comprar um barco... viajar um pouco e no entretanto vou estar a beber cerveja.”
John Welsh, condutor de autocarros de Brooklyn que ganhou 30 milhões de
dólares na loteria.
“A melhor forma de se morrer é sentarmo-nos debaixo de uma árvore, comer toneladas de bolonha e salami, beber um engradado de cervejas e depois explodir!”
Art Donovan, aka Fatso
“Eu gostaria que todos tivéssemos sempre sorte! Eu gostaria que tivéssemos asas! Eu gostaria que a água da chuva fosse cerveja.”
Robert Bolt
“Dá um peixe a um homem e ele o comerá. Ensina-o a pescar e ele ficará todo o dia sentado no barco a beber cerveja.”
Anónimo
“Ser rico não é importante: nunca poderás beber mais de 30 a 40 copos de cerveja por dia”
Coronel Adolphus Busch
"Quanto mais a mulher bebe, menos ela reclama. O importante é mante-la sempre com a boca cheia."
Oddone
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
...
Algo vem me incomodando, não é de hoje, tem um tempo já. As vezes de dia, as vezes de noite. Não ouço sua voz, apenas sinto sua presença, me vem a mente o seu semblante de cobrança, aquela mordida no lábio inferior quando ficava insatisfeita com algo. Estamos com saudade um do outro, mas talvez o medo ou a raiva me desviam do caminho toda vez que resolvo ir vê-la. Me incomoda. Não sei se não tenho coragem, não há de ser nada demais, já se ofereceram pra ir comigo, mas não, tenho que fazer isso sozinho, afinal sempre foi sozinho que tivemos nossas melhores conversas. Talvez eu leve um maço de cigarros, ela sempre gostou mais do que flores. Acho que o que mais me incomoda, não é o fato de eu ter que ir até lá, o que mais me incomoda é que agora tenho data marcada, me incomoda eu não poder mais adiar, me incomoda ser o seu aniversário.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Exorcismo
Bati o carro. A única explicação plausível para a situação que estava. Cacos de vidro entre meus dedos, barulho de serra nas minhas orelhas e ferragens estranhas me impedindo de me movimentar. O sangue espesso que sentia em meus pés era meu? Sim. Sou retirado um tanto quanto fraco, mas não reivindico ajuda dos bombeiros. Sigo meu caminho ainda sangrando um pouco. Sinto frio.
Não entendia muito bem o caminho. Me sentia enfraquecido, talvez pela batida ou pela perda de sangue. Deparo-me com um puteiro. Entrei nele e procurei por uma loira que preste. Paguei o triplo do preço para ela, afinal meu estado era repulsivo. Ela não se deitaria comigo pelo preço normal. Mas deitou. Só deitou. Paguei para ficarmos deitados, com ela dizendo ao pé do meu ouvido que ficaríamos juntos para sempre. Dei-lhe o último centavo do dinheiro combinado. Estava feliz por fazer com que o dinheiro não camuflasse nenhum interesse egoísta atrás de uma falsa nobreza admirável.
Sentia muita dor nas pernas, talvez tivesse um fêmur fraturado. Mas minha apatia era maior que a dor, e isso me fazia não parar. Sem ainda entender o caminho, entrei num beco. Três adolescentes e algumas gramas de cocaína. A cada aspirada daquela suprimia mais minhas dores. Após a última carreira, cuspi um tanto de sangue no chão e quis andar mais.
Achei minha casa. Ao entrar num surto de raiva destruí móveis e decorações. Rasguei e queimei fotos da minha família. Sem me importar entro no quarto e me deparo com um demônio na cama. Pele avermelhada, rija, com veias saltando. Um sorriso plastificado em seu rosto. Ácido. A dor voltava e me sentia cada vez mais fraco. Sentei na cama, por cima dele passando uma perna minha em cada lado de seu tronco. Ele era horas quente, a ponto de me queimar e horas frio, a ponto de deixar minha carne quase quebradiça.
Experimentei uma sensação completamente nova. Que não poderia ser explicada como a sensação de dor ou a sensação causada pela cocaína. Ele ainda estava ali, mas já não sorria. Sai de cima daquele demônio, procurei por um cobertor e o cobri dos pés até o pescoço. Sentei-me no chão, ao lado da cama, envolvi uma de suas mãos à minha e comecei a cantarolar baixo. Havia votos de boas coisas em todas as notas da música. Sua respiração era cada vez mais ofegante. Deitei-me ao seu lado, e disse que toda a andança dessa noite era errada, mas estava feliz por mandar ao inferno minhas curiosidades indevidas sobre sua existência. Cantarolei mais alguma coisa até pegar no sono.
Acordei com uma luz forte no meu rosto e senti alguém pulando em cima de mim. Era minha mulher, me batendo com um travesseiro. Me chamava de preguiçoso vagabundo enquanto ria. Roubou-me um beijo e pediu ao pé do meu ouvido que levantasse, para dividir o resto do dia com ela. Saí da cama sentindo meu corpo absurdamente dolorido. Ouvi dela que estava tudo pronto e fui conduzido até a sala. No sofá duas malas coloridas e meus filhos sentados à mesa terminando o café e disputando o mais novo brinde do cereal. Logo que me viram correram para me abraçar, quase me derrubando ao chão. Na estante, fotos da família desde o casamento até os tempos de hoje em dia.
Saímos à rua, toda arborizada e num dia ensolarado caminhávamos. Eu, minha mulher e meus filhos. Um de cada lado de mim, conversando entre si:
- Você viu que fazem exorcismos naquela igrejinha?
- Que nada, tudo mentira!
- Ah! Você está com medo de ir lá e ver um demônio!
- Que medo que nada! Pai, existem demônios?
- Talvez tenha existido filho, mas não mais, não mais...
***
Não entendia muito bem o caminho. Me sentia enfraquecido, talvez pela batida ou pela perda de sangue. Deparo-me com um puteiro. Entrei nele e procurei por uma loira que preste. Paguei o triplo do preço para ela, afinal meu estado era repulsivo. Ela não se deitaria comigo pelo preço normal. Mas deitou. Só deitou. Paguei para ficarmos deitados, com ela dizendo ao pé do meu ouvido que ficaríamos juntos para sempre. Dei-lhe o último centavo do dinheiro combinado. Estava feliz por fazer com que o dinheiro não camuflasse nenhum interesse egoísta atrás de uma falsa nobreza admirável.
Sentia muita dor nas pernas, talvez tivesse um fêmur fraturado. Mas minha apatia era maior que a dor, e isso me fazia não parar. Sem ainda entender o caminho, entrei num beco. Três adolescentes e algumas gramas de cocaína. A cada aspirada daquela suprimia mais minhas dores. Após a última carreira, cuspi um tanto de sangue no chão e quis andar mais.
Achei minha casa. Ao entrar num surto de raiva destruí móveis e decorações. Rasguei e queimei fotos da minha família. Sem me importar entro no quarto e me deparo com um demônio na cama. Pele avermelhada, rija, com veias saltando. Um sorriso plastificado em seu rosto. Ácido. A dor voltava e me sentia cada vez mais fraco. Sentei na cama, por cima dele passando uma perna minha em cada lado de seu tronco. Ele era horas quente, a ponto de me queimar e horas frio, a ponto de deixar minha carne quase quebradiça.
Experimentei uma sensação completamente nova. Que não poderia ser explicada como a sensação de dor ou a sensação causada pela cocaína. Ele ainda estava ali, mas já não sorria. Sai de cima daquele demônio, procurei por um cobertor e o cobri dos pés até o pescoço. Sentei-me no chão, ao lado da cama, envolvi uma de suas mãos à minha e comecei a cantarolar baixo. Havia votos de boas coisas em todas as notas da música. Sua respiração era cada vez mais ofegante. Deitei-me ao seu lado, e disse que toda a andança dessa noite era errada, mas estava feliz por mandar ao inferno minhas curiosidades indevidas sobre sua existência. Cantarolei mais alguma coisa até pegar no sono.
Acordei com uma luz forte no meu rosto e senti alguém pulando em cima de mim. Era minha mulher, me batendo com um travesseiro. Me chamava de preguiçoso vagabundo enquanto ria. Roubou-me um beijo e pediu ao pé do meu ouvido que levantasse, para dividir o resto do dia com ela. Saí da cama sentindo meu corpo absurdamente dolorido. Ouvi dela que estava tudo pronto e fui conduzido até a sala. No sofá duas malas coloridas e meus filhos sentados à mesa terminando o café e disputando o mais novo brinde do cereal. Logo que me viram correram para me abraçar, quase me derrubando ao chão. Na estante, fotos da família desde o casamento até os tempos de hoje em dia.
Saímos à rua, toda arborizada e num dia ensolarado caminhávamos. Eu, minha mulher e meus filhos. Um de cada lado de mim, conversando entre si:
- Você viu que fazem exorcismos naquela igrejinha?
- Que nada, tudo mentira!
- Ah! Você está com medo de ir lá e ver um demônio!
- Que medo que nada! Pai, existem demônios?
- Talvez tenha existido filho, mas não mais, não mais...
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segunda-feira, 2 de novembro de 2009
50
Este é o QUINQUAGÉSIMO post desse ano... Parabéns aos idealizadores, parabéns aos colaboradores e parabéns aos free lancers...
Gostaria de agradecer também aos participantes indiretos dessa conquista, aqueles que não escrevem nada, não tem idéia nenhuma, mas sempre que saem pra beber uma cerveja conosco acabam (conseguente ou inconsequentemente) nos gerando uma fantástica história, que fica imortalizada nesta vitrine moderna.
Um forte abraço a todos e Keep Writing,
Gostaria de agradecer também aos participantes indiretos dessa conquista, aqueles que não escrevem nada, não tem idéia nenhuma, mas sempre que saem pra beber uma cerveja conosco acabam (conseguente ou inconsequentemente) nos gerando uma fantástica história, que fica imortalizada nesta vitrine moderna.
Um forte abraço a todos e Keep Writing,
Univitelinos
Certa noite fui para umas dessas, apelidada pelo publico jovem de balada, nem me lembro o nome, mas isso também não vem ao caso, afinal esse blog não é pago para fazer merchandising. Estávamos em 3 amigos e como uma boa turma do Bolinha, sentamos em uma mesa pra beber.
Após algumas cervejas, a libido sexual foi aumentando e a balada começou a se revelar mais bonita, vamos dar uma volta eu propus, e claro estávamos todos com o mesmo pensamento. Chega de falar de futebol.
É claro que depois de alguns anos, o homem se torna mais seletivo e não sai por ai pegando qualquer bagulho, mas certa altura da noite, caem alguns paradigmas e o que reina é a testosterona.
A balada era bem grande e tinha vários ambientes, mas agora com a nova lei do nosso querido prefeito, não é mais permitido fumar em ambientes fechados e como tudo aqui no Brasil é adaptado, as casas noturnas criaram o fumódromo.
Fumódromo, palavra não existente nos dicionários da língua portuguesa, foi criada, sei lá por quem, para nomear a área em que é permitido fumar. E foi lá mesmo que eu a encontrei. Cabelos loiros, corpo conservado, vestido preto e salto alto, o que mais eu poderia querer para uma noite de sábado?
Ainda por cima ela estava com mais duas amigas, e se tem uma coisa que homem sabe fazer, é montar time, logo, 3 homens + 3 mulheres = 3 casais! Não podia ser mais perfeito, o approach estava por minha conta, já fui bom nisso, mas os anos passam e a cerveja é implacável com a barriga do homem.
Atiçado pelo calor da batalha e com toda educação do mundo, usei uma das mais velhas táticas de guerra e disse: - Oi, você me empresta o seu isqueiro? Quando ela vira para responder, com o perdão da palavra, puta que me pariu, ela era a cara do meu chefe!
Não fosse pela barba que meu chefe ostenta, alias graças a Deus ela não tinha barba, ela era igualzinha ao chefe. Minha cara de espanto foi tamanha que o silêncio predominou durante alguns segundos e se não fosse um de meus amigos quebrar o gelo, acho que eu ficaria olhando pra cara dela durante o resto da noite.
O pior é que a maior semelhança era justamente a mais marcante, e eu não podia constrange-la mais do que eu já tinha constrangido, mas porra a mina tinha que ser vesga! Já não me basta o enorme trabalho que tenho todos os dias pra conversar com meu chefe tentando entender pra onde seus olhos estão apontando, ainda tinha que fazer isso na balada, no escuro e meio alcoolizado?
Ah, que Deus tenha piedade de mim, mas não dava pra ficar com ela. Não era o estrabismo o meu problema, mesmo porque, todos temos defeitos e eu não sou diferente, sou gordo e uso óculos, mas, caralho, eu não ia conseguir me acostumar com a idéia de beijar meu chefe na boca.Trocamos algumas palavras e meus amigos, é claro, já tinham percebido que eu estava numa situação delicada. Mas amigo é aquele que ri da desgraça alheia, e tive que ficar fazendo sala pra moçinha em questão durante todo o desenrolar da noite. Voltei pra casa sóbrio, sozinho e com uma vontade louca de contar o ocorrido para o meu chefe.
Após algumas cervejas, a libido sexual foi aumentando e a balada começou a se revelar mais bonita, vamos dar uma volta eu propus, e claro estávamos todos com o mesmo pensamento. Chega de falar de futebol.
É claro que depois de alguns anos, o homem se torna mais seletivo e não sai por ai pegando qualquer bagulho, mas certa altura da noite, caem alguns paradigmas e o que reina é a testosterona.
A balada era bem grande e tinha vários ambientes, mas agora com a nova lei do nosso querido prefeito, não é mais permitido fumar em ambientes fechados e como tudo aqui no Brasil é adaptado, as casas noturnas criaram o fumódromo.
Fumódromo, palavra não existente nos dicionários da língua portuguesa, foi criada, sei lá por quem, para nomear a área em que é permitido fumar. E foi lá mesmo que eu a encontrei. Cabelos loiros, corpo conservado, vestido preto e salto alto, o que mais eu poderia querer para uma noite de sábado?
Ainda por cima ela estava com mais duas amigas, e se tem uma coisa que homem sabe fazer, é montar time, logo, 3 homens + 3 mulheres = 3 casais! Não podia ser mais perfeito, o approach estava por minha conta, já fui bom nisso, mas os anos passam e a cerveja é implacável com a barriga do homem.
Atiçado pelo calor da batalha e com toda educação do mundo, usei uma das mais velhas táticas de guerra e disse: - Oi, você me empresta o seu isqueiro? Quando ela vira para responder, com o perdão da palavra, puta que me pariu, ela era a cara do meu chefe!
Não fosse pela barba que meu chefe ostenta, alias graças a Deus ela não tinha barba, ela era igualzinha ao chefe. Minha cara de espanto foi tamanha que o silêncio predominou durante alguns segundos e se não fosse um de meus amigos quebrar o gelo, acho que eu ficaria olhando pra cara dela durante o resto da noite.
O pior é que a maior semelhança era justamente a mais marcante, e eu não podia constrange-la mais do que eu já tinha constrangido, mas porra a mina tinha que ser vesga! Já não me basta o enorme trabalho que tenho todos os dias pra conversar com meu chefe tentando entender pra onde seus olhos estão apontando, ainda tinha que fazer isso na balada, no escuro e meio alcoolizado?
Ah, que Deus tenha piedade de mim, mas não dava pra ficar com ela. Não era o estrabismo o meu problema, mesmo porque, todos temos defeitos e eu não sou diferente, sou gordo e uso óculos, mas, caralho, eu não ia conseguir me acostumar com a idéia de beijar meu chefe na boca.Trocamos algumas palavras e meus amigos, é claro, já tinham percebido que eu estava numa situação delicada. Mas amigo é aquele que ri da desgraça alheia, e tive que ficar fazendo sala pra moçinha em questão durante todo o desenrolar da noite. Voltei pra casa sóbrio, sozinho e com uma vontade louca de contar o ocorrido para o meu chefe.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Atriz e Modelo
Ela: Oi!
Eu: Oi!
Ela: Você não quer fazer uma matéria falando do meu trabalho?
Eu: Claro! O que você faz?
Ela: Eu sou atriz...
Eu: Legal, e que trabalhos você tem feito ultimamente?
Ela: Então, eu estou com um projeto de uma peça que vai entrar em cartaz mês que vem, mas meu diretor não quer que eu divulgue muitos detalhes, é quase que um projeto secreto.
Eu: Hummmm, entendi...
Ela: Mas eu também sou modelo!
Eu: Que legal, e você desfila por qual grife?
Ela: Eu não desfilo, eu sou modelo fotográfica!
Eu: E você fotografa por qual marca?
Ela: Não então, agora eu estou me dedicando a minha carreira de atriz.
Eu: Mas, afinal o que você faz?
Ela: Eu sou atriz, modelo e descanso durante o dia.
Eu: Oi!
Ela: Você não quer fazer uma matéria falando do meu trabalho?
Eu: Claro! O que você faz?
Ela: Eu sou atriz...
Eu: Legal, e que trabalhos você tem feito ultimamente?
Ela: Então, eu estou com um projeto de uma peça que vai entrar em cartaz mês que vem, mas meu diretor não quer que eu divulgue muitos detalhes, é quase que um projeto secreto.
Eu: Hummmm, entendi...
Ela: Mas eu também sou modelo!
Eu: Que legal, e você desfila por qual grife?
Ela: Eu não desfilo, eu sou modelo fotográfica!
Eu: E você fotografa por qual marca?
Ela: Não então, agora eu estou me dedicando a minha carreira de atriz.
Eu: Mas, afinal o que você faz?
Ela: Eu sou atriz, modelo e descanso durante o dia.
domingo, 18 de outubro de 2009
Cabeça Branca
Cabeça Branca - Quem ou Aquele que possui cabelos brancos, sinal de experiência, vivência, credibilidade.
No trabalho são muito visados e respeitados, ou porque são os melhores no que fazem e tem muito pra nos ensinar.
Ou porque são tão chatos que ninguém aguenta tê-los por perto!
No trabalho são muito visados e respeitados, ou porque são os melhores no que fazem e tem muito pra nos ensinar.
Ou porque são tão chatos que ninguém aguenta tê-los por perto!
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Gira-gira
O mundo gira a minha volta...
O mundo não para de girar...
O mundo da voltas em minha volta...
O mundo não para de girar...
O mundo gira, o mundo vira!!!
Não consigo entender nada, não consigo ver nada...
Ja esta virando costume, quase me acostumo com a situação!!!
São 07h00, e acordo bêbado mais um dia...
O mundo não para de girar...
O mundo da voltas em minha volta...
O mundo não para de girar...
O mundo gira, o mundo vira!!!
Não consigo entender nada, não consigo ver nada...
Ja esta virando costume, quase me acostumo com a situação!!!
São 07h00, e acordo bêbado mais um dia...
domingo, 11 de outubro de 2009
Babel
Dois engenheiros paulistas, um militar carioca, um médico goiano, uma publicitária alema, dois voluntários alemaes e uma bolíviana. Todos andando juntos pelas rua de La Paz, falando em quatro línguas diferentes, procurando o que comer e tentando se entender.
Jantar italiano, papo universal, hábitos estranhos e destinos diferentes. Em comum, apenas o desejo de conhecer o mundo e as pessoas.
***
Muito ambiciosos para o meu gosto.
***
Jantar italiano, papo universal, hábitos estranhos e destinos diferentes. Em comum, apenas o desejo de conhecer o mundo e as pessoas.
***
Muito ambiciosos para o meu gosto.
***
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Palavras Chave
- a Garça
- o Geni
- uma Arquiteta
- o Vegas
- um Banheiro Unissex
- o Eclético´s Bar
- um Mexicano
- a Rua Augusta
- o Tanque
- um Balde Verde
***
E muitas horas na rua.
***
- o Geni
- uma Arquiteta
- o Vegas
- um Banheiro Unissex
- o Eclético´s Bar
- um Mexicano
- a Rua Augusta
- o Tanque
- um Balde Verde
***
E muitas horas na rua.
***
Culpado
Acredito em coisas demais.
Mas são tantos os exemplos, tantas insistentes vezes em que as coisas se provam voláteis e desmancham à primeira brisa. Talvez isso se deva ao fato de eu ser excessivamente empirista e tomar como fato tudo que vejo.
Há fatos e prosa num castelo de areia delineado e belo. Mas há hipóteses e toda poesia do mundo nas ondas do mar, caóticas.
Meu problema é ver e não entender o caos. Isso me faz ignorá-lo e aceitar que as ondas são como os castelos. Assim me torno o maior cego ao não enxergar a verdade nua, sem alegorias.
Talvez eu seja apenas carente demais acreditando que a minha Devoção louca enforca o Egoísmo nas pessoas, trancando-o num porão escuro. Ou talvez me ache pouco prático para criar as coisas que sonho e desejo. Talvez apenas ame demais para fora, fotografando situações nostálgicas de sentimentos que nunca existiram(ão) realmente. Mas a culpa é minha.
Retificando, eu acredito demais nas pessoas.
***
Mas são tantos os exemplos, tantas insistentes vezes em que as coisas se provam voláteis e desmancham à primeira brisa. Talvez isso se deva ao fato de eu ser excessivamente empirista e tomar como fato tudo que vejo.
Há fatos e prosa num castelo de areia delineado e belo. Mas há hipóteses e toda poesia do mundo nas ondas do mar, caóticas.
Meu problema é ver e não entender o caos. Isso me faz ignorá-lo e aceitar que as ondas são como os castelos. Assim me torno o maior cego ao não enxergar a verdade nua, sem alegorias.
Talvez eu seja apenas carente demais acreditando que a minha Devoção louca enforca o Egoísmo nas pessoas, trancando-o num porão escuro. Ou talvez me ache pouco prático para criar as coisas que sonho e desejo. Talvez apenas ame demais para fora, fotografando situações nostálgicas de sentimentos que nunca existiram(ão) realmente. Mas a culpa é minha.
Retificando, eu acredito demais nas pessoas.
***
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Organograma
Estamos em um novo emprego e isso gerou novas funções, de acordo com meu diretor, temos:
- O Jabuti de Arvore:
Ele não tem a menor capacidade de estar ali, mas está, o que nos leva a crer que alguém colocou ele ali.
- O Dono da Sáuna:
Aquele que ganha dinheiro com o suor dos outros!
- O Engenheiro de Obra Pronta:
Não importa o que tenha sido feito a frase é sempre a mesma, ou no começo ou no final do discurso ele sempre diz: - Fui eu que fiz!
- O Produtor:
Quem ou aquele que se ferra pra caralho...
- O Jabuti de Arvore:
Ele não tem a menor capacidade de estar ali, mas está, o que nos leva a crer que alguém colocou ele ali.
- O Dono da Sáuna:
Aquele que ganha dinheiro com o suor dos outros!
- O Engenheiro de Obra Pronta:
Não importa o que tenha sido feito a frase é sempre a mesma, ou no começo ou no final do discurso ele sempre diz: - Fui eu que fiz!
- O Produtor:
Quem ou aquele que se ferra pra caralho...
terça-feira, 28 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Da série: Diálogos impressionantes
Elucubre a cena:
Uma mesa de bar. Cerveja rolando, e um papo animadíssimo entre pensadores de humanidade:
Marx:
- Fala camaradas! O que andam fazendo de bom?!
Rousseau:
- Caraca me velho! A vida está tensa! Cinco filhos em casa, e não to dando conta de cuidar.
Calígula:
- Quer uma sugestão?! Hein?!
- ...
Kant:
- Minha nossa! Como você sugere isso! Isso não pode estar acontecendo, não pode!
Nietzsche:
- Como não pode?! Por que não poderia?
Marx:
- Camaradas, vamos parar de bobagens. O que vão fazer no final de semana? Que tal batermos um futebolzinho?
Rousseau:
- Maravilha! E depois fazemos um churras! Contem comigo! Kant, você vai estar lá né?
Kant:
- Não tenho muita certeza ainda. Você pode ir Nietzsche?
Nietzsche:
- Poder, não posso. Mas eu gostaria. Quem sabe eu vá, né?!
Calígula:
- Garçom, traz mais uma rodada aqui para a mesa!
***
Isso é fruto de uma manhã com pane na rede do serviço. Altamente produtivo.
***
Uma mesa de bar. Cerveja rolando, e um papo animadíssimo entre pensadores de humanidade:
Marx:
- Fala camaradas! O que andam fazendo de bom?!
Rousseau:
- Caraca me velho! A vida está tensa! Cinco filhos em casa, e não to dando conta de cuidar.
Calígula:
- Quer uma sugestão?! Hein?!
- ...
Kant:
- Minha nossa! Como você sugere isso! Isso não pode estar acontecendo, não pode!
Nietzsche:
- Como não pode?! Por que não poderia?
Marx:
- Camaradas, vamos parar de bobagens. O que vão fazer no final de semana? Que tal batermos um futebolzinho?
Rousseau:
- Maravilha! E depois fazemos um churras! Contem comigo! Kant, você vai estar lá né?
Kant:
- Não tenho muita certeza ainda. Você pode ir Nietzsche?
Nietzsche:
- Poder, não posso. Mas eu gostaria. Quem sabe eu vá, né?!
Calígula:
- Garçom, traz mais uma rodada aqui para a mesa!
***
Isso é fruto de uma manhã com pane na rede do serviço. Altamente produtivo.
***
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Religião ou não
Há algumas semanas atrás postei aqui uma brincadeira sobre igrejas evangélicas. No fim das contas acabei refletindo sobre o assunto o que gerou um post sério.
Nessas reflexões o primeiro questionamento encontrado foi por que algo que têm uma definição tão abstrata e inerentemente egoísta que é "o bem", é tido como principal no projeto da existência divina?
De uns tempos para cá eu passei e me dizer por aí agnóstico. É fácil por ser politicamente correto e cientificamente prudente. Nós não podemos provar a existência de deus, mas também não podemos provar a sua não existência.
Eu continuo acreditando na existência de um criador que esteja por aí, de qualquer tipo que seja. Contudo não acho válida nenhuma explicação religiosa que possuímos na cultura do ser humano. Em nenhuma de suas mais diversas vertentes. Claro que eu não conheço todas, mas até agora nenhuma me tocou.
Por quê? As instituições religiosas são o problema. Para ser mais claro, a "igreja" é o problema. As instituições religiosas, na realidade, não estão nem aí para o deus que elas cultuam. Na verdade elas dizem respeito a valores, esperanças e carências humanas, e não à interpretação e entendimento das forças superiores, quaisquer estas que sejam. Sempre nas religiões as palavras ditas por um homem importante ou mitológico tem mais importância que as próprias manifestações da natureza.
Com base nas falhas e anseios humanos e utilizando-se das figuras mitológicas e seus discursos baseados no "bem tendencioso" de cada instituição são criados os dogmas. Tendo estes pilares é simples recrutar fieis devido a um pequeno conforto diante dos medos e angustias que o desconhecido nos traz.
Mas vamos pensar de outra forma. Se deus existir, suas manifestações se dão pela totalidade dos fenômenos naturais que nos cercam. Newton acreditava em deus e escreveu seus princípios buscando entender a obra do criador. Newton dessa forma, foi de uma religiosidade mais sóbria de qualquer papa que já vi por aí. Para que temos uma manual de instruções (leia-se bíblia) se deus está em toda parte, e podemos fuçar no mundo e descobrir por nós mesmo suas estruturas e desígnios?
Estamos melhor sem um "deus entidade". Sem ele a vida está por nossa conta e devemos admitir isso. A felicidade continua sendo desejável pela simples razão de nos sentirmos bem. Estando felizes, seria estúpido agir contra isso, principalmente se não há uma eternidade pós vida para reconsiderarmos tudo. Aqueles desejos de paz mundial e "altruísmos de fundo egoísta" continuam tendo seu espaço, só que com bases lógicas. Sem deus por perto e sem nossas preces covardes, somos forçados a reconhecer que estes fins dependem única e exclusivamente de nós. Da mesma forma, adotamos a ausência do diabo, anticristo ou o diabo que seja, admitimos que se há um inimigo, ele co-habita esta Terra com a gente. O mesmo aqui-e-agora que eu e você. Mas vejam o lado bom, é mais fácil combater um inimigo desses, do que o um chifrudo fedido que mora no fogo.
Portanto, se você leva à sério seus valores religiosos, por questões práticas de como obter o melhor desse mundo, deixe de lado sua crença em deus e comece a agir como se só houvesse essa vida para você desfrutar e fazer tudo que tem vontade. Se deus existir, ele vai entender.
Nessas reflexões o primeiro questionamento encontrado foi por que algo que têm uma definição tão abstrata e inerentemente egoísta que é "o bem", é tido como principal no projeto da existência divina?
De uns tempos para cá eu passei e me dizer por aí agnóstico. É fácil por ser politicamente correto e cientificamente prudente. Nós não podemos provar a existência de deus, mas também não podemos provar a sua não existência.
Eu continuo acreditando na existência de um criador que esteja por aí, de qualquer tipo que seja. Contudo não acho válida nenhuma explicação religiosa que possuímos na cultura do ser humano. Em nenhuma de suas mais diversas vertentes. Claro que eu não conheço todas, mas até agora nenhuma me tocou.
Por quê? As instituições religiosas são o problema. Para ser mais claro, a "igreja" é o problema. As instituições religiosas, na realidade, não estão nem aí para o deus que elas cultuam. Na verdade elas dizem respeito a valores, esperanças e carências humanas, e não à interpretação e entendimento das forças superiores, quaisquer estas que sejam. Sempre nas religiões as palavras ditas por um homem importante ou mitológico tem mais importância que as próprias manifestações da natureza.
Com base nas falhas e anseios humanos e utilizando-se das figuras mitológicas e seus discursos baseados no "bem tendencioso" de cada instituição são criados os dogmas. Tendo estes pilares é simples recrutar fieis devido a um pequeno conforto diante dos medos e angustias que o desconhecido nos traz.
Mas vamos pensar de outra forma. Se deus existir, suas manifestações se dão pela totalidade dos fenômenos naturais que nos cercam. Newton acreditava em deus e escreveu seus princípios buscando entender a obra do criador. Newton dessa forma, foi de uma religiosidade mais sóbria de qualquer papa que já vi por aí. Para que temos uma manual de instruções (leia-se bíblia) se deus está em toda parte, e podemos fuçar no mundo e descobrir por nós mesmo suas estruturas e desígnios?
Estamos melhor sem um "deus entidade". Sem ele a vida está por nossa conta e devemos admitir isso. A felicidade continua sendo desejável pela simples razão de nos sentirmos bem. Estando felizes, seria estúpido agir contra isso, principalmente se não há uma eternidade pós vida para reconsiderarmos tudo. Aqueles desejos de paz mundial e "altruísmos de fundo egoísta" continuam tendo seu espaço, só que com bases lógicas. Sem deus por perto e sem nossas preces covardes, somos forçados a reconhecer que estes fins dependem única e exclusivamente de nós. Da mesma forma, adotamos a ausência do diabo, anticristo ou o diabo que seja, admitimos que se há um inimigo, ele co-habita esta Terra com a gente. O mesmo aqui-e-agora que eu e você. Mas vejam o lado bom, é mais fácil combater um inimigo desses, do que o um chifrudo fedido que mora no fogo.
Portanto, se você leva à sério seus valores religiosos, por questões práticas de como obter o melhor desse mundo, deixe de lado sua crença em deus e comece a agir como se só houvesse essa vida para você desfrutar e fazer tudo que tem vontade. Se deus existir, ele vai entender.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Relacionamentos interpessoais
- Grande Oswaldo!
- Opa, quanto tempo hein Marcelo?
- Pois é, eu que o diga!
- E como anda a vida? Aposto que casou. Acertei?
- Acertou em cheio, meu velho.
- Sabia! Você e a Cristine sempre formaram um belo casal.
- Ah, mas eu não me casei com a Cristine...
- Nossa! Como não? O que aconteceu?
- Longa história. Resumidamente nós brigamos, eu quis voltar atrás mas ela já havia conhecido outra pessoa.
- Não me diga?!
- Desculpe, já disse.
- Está perdoado. Mas então a Cristine acabou se casando com outro?
- Ah sim, com outro. Porque esse por quem ela me trocou também não deu.
- Não me diga?!
- Quer que eu vá embora?
- Não não... vá lá.
- Quer ou não quer que eu vá embora?
- Por Deus, vá lá adiante com a história.
- Mas por Deus não, porque nunca teve casamento no religioso.
- Mas você sempre foi tão católico!
- Falo da Cristine.
- Ah, claro. Mas e você, conheceu outra pessoa depois?
- Sim sim. Conheci a Claudia.
- Mas que beleza!
- Conhece ela também?
- Não não. Quanto tempo de casado?
- Dois anos e 7 meses.
- Têm filhos.
- Sim, dois. Um menino e uma menina.
- E as crianças se parecem com o pai?
- Não sei, não conheço o pai.
- Mas você não disse que tinha dois anos e pouco de casado?
- Sim, mas depois disso nos divorciamos.
- Não me diga?! Claudia também conheceu outro?
- Não, dessas vez fui eu. Pensei muito e achei que tinha ficado com a Claudia só para não ficar sozinho, então não deixei de conhecer pessoas novas. Coisas assim, sabe?
- Poxa, não me leve a mal, mas não sei não.
- Pois é.
- Mas e aí? O que aconteceu depois?
- Conheci a filha do meu chefe.
- E se casou com ela?
- Não, fui mandado embora quando meu chefe descobriu. Mas logo achei outro emprego.
- E era um bom emprego?
- Ah sim, eu tinha uma chefa e...
- Sei, sei...
- Não não! O trabalho era compensador.
- Mas com quem diabos está casado então?
- Eu encontrei a Flavinha de novo. Lembra da Flavinha?
- A Flavinha, aquela menininha que estudou com você na escola? Não me diga?!
- Pois já disse. Desculpe. Ela...
- Quem diria que você acabaria casado com a Flavinha? Mas que coisa!
- Você ta louco? Quem disse uma asneira dessa?
- Mas então tiveram só um caso?
- Não. Ela me chamou para sair e conheci a Bruna.
- E casou com a Bruna?
- Casei com a Bruna!
- Mas também meu velho, com tantas mulheres assim você deve ter tido diversas razões para saber que essa era a mulher ideal para casar!
- Ah sim! Ela é a única que não me deixa pensar muito no assunto. Acho melho eu ir indo...
***
- Opa, quanto tempo hein Marcelo?
- Pois é, eu que o diga!
- E como anda a vida? Aposto que casou. Acertei?
- Acertou em cheio, meu velho.
- Sabia! Você e a Cristine sempre formaram um belo casal.
- Ah, mas eu não me casei com a Cristine...
- Nossa! Como não? O que aconteceu?
- Longa história. Resumidamente nós brigamos, eu quis voltar atrás mas ela já havia conhecido outra pessoa.
- Não me diga?!
- Desculpe, já disse.
- Está perdoado. Mas então a Cristine acabou se casando com outro?
- Ah sim, com outro. Porque esse por quem ela me trocou também não deu.
- Não me diga?!
- Quer que eu vá embora?
- Não não... vá lá.
- Quer ou não quer que eu vá embora?
- Por Deus, vá lá adiante com a história.
- Mas por Deus não, porque nunca teve casamento no religioso.
- Mas você sempre foi tão católico!
- Falo da Cristine.
- Ah, claro. Mas e você, conheceu outra pessoa depois?
- Sim sim. Conheci a Claudia.
- Mas que beleza!
- Conhece ela também?
- Não não. Quanto tempo de casado?
- Dois anos e 7 meses.
- Têm filhos.
- Sim, dois. Um menino e uma menina.
- E as crianças se parecem com o pai?
- Não sei, não conheço o pai.
- Mas você não disse que tinha dois anos e pouco de casado?
- Sim, mas depois disso nos divorciamos.
- Não me diga?! Claudia também conheceu outro?
- Não, dessas vez fui eu. Pensei muito e achei que tinha ficado com a Claudia só para não ficar sozinho, então não deixei de conhecer pessoas novas. Coisas assim, sabe?
- Poxa, não me leve a mal, mas não sei não.
- Pois é.
- Mas e aí? O que aconteceu depois?
- Conheci a filha do meu chefe.
- E se casou com ela?
- Não, fui mandado embora quando meu chefe descobriu. Mas logo achei outro emprego.
- E era um bom emprego?
- Ah sim, eu tinha uma chefa e...
- Sei, sei...
- Não não! O trabalho era compensador.
- Mas com quem diabos está casado então?
- Eu encontrei a Flavinha de novo. Lembra da Flavinha?
- A Flavinha, aquela menininha que estudou com você na escola? Não me diga?!
- Pois já disse. Desculpe. Ela...
- Quem diria que você acabaria casado com a Flavinha? Mas que coisa!
- Você ta louco? Quem disse uma asneira dessa?
- Mas então tiveram só um caso?
- Não. Ela me chamou para sair e conheci a Bruna.
- E casou com a Bruna?
- Casei com a Bruna!
- Mas também meu velho, com tantas mulheres assim você deve ter tido diversas razões para saber que essa era a mulher ideal para casar!
- Ah sim! Ela é a única que não me deixa pensar muito no assunto. Acho melho eu ir indo...
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Ponderando
Eu gosto dela! Tenho uma relação de afeto profundo com a minha irresponsabilidade. Mas o problema em me tornar muito intimo dela, é a proximidade iminente da sua irmã, a inconseqüência.
Prejuízos pelos meus julgamentos menos afortunados que afetam só a mim são apenas da minha conta, e portanto não pesam tanto lá no fundo do âmago. Mas o risco do par irresponsabilidade / inconseqüência causar danos a outros é perturbador.
Talvez isso contribua para a minha chatice crônica.
***
Prejuízos pelos meus julgamentos menos afortunados que afetam só a mim são apenas da minha conta, e portanto não pesam tanto lá no fundo do âmago. Mas o risco do par irresponsabilidade / inconseqüência causar danos a outros é perturbador.
Talvez isso contribua para a minha chatice crônica.
***
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Porque estudei exatas
Suponhamos que você seja um físico (mas é só uma suposição, não fique triste!). E seu objetivo é modelar a queda de um objeto sob efeito da gravidade. Assim que começar a praticar seus cálculos, encontrará uma série de complicações tais como, a força de atrito que impõe grande complexidade às equações. Mas para transpor isso escreve-se em um canto da conta "desprezando a resistência do ar" e prossegue de forma bem mais simples. Assim isolamos uma parte de realidade como se fosse independente do resto. Em alguns casos os resultados são significativamente válidos, e podem ser usados em projetos onde situações são similares. Contudo, devemos lembrar que isso não é correto para tudo, pois sabemos que um corpo não cai com aceleração constante. Ou seja, eliminar o atrito da equação, não elimina realmente os fenômenos que nos cercam.
Mas corpos caindo ao chão não são o objetivo deste post. A intenção é falar sobre um assunto onde os estudiosos acabam "modelando" uma idealidade para partir como premissa básica e desenvolver seus estudos. O ser humanos sua interação social. Normalmente quando se estuda esse campo, as conclusões partem de simplificações que acabam produzindo erros, assim como na simplificação no modelo físico sem atrito.
O problema é que não sabemos para onde erramos. No modelo físico sabemos se estamos sub ou super dimensionando os cálculos. Já no ambito humano, estas simplificações implicam em erros um tanto quanto desconhecidos. A partir dessas simplificações entramos apenas no campo da racionalidade humana, que é a única parte que pode ser inferida. Assim deixamos particularieadades de lado.
Estou para descobrir algum tipo de interação social, seja no âmbito pessoal ou no âmbito de interações institucionais que sigam alguns dos modelos "receita de bolo" de estudiosos da área. Esse agentes racionais não passam de "arredondamentos no canto da conta", e que concluem resultados que não sabemos nem para onde estamos errando.
Em 14 de julho de 1789 houve a queda da bastilha. Em 7 de setembro de 1822, num "pito" histórico Dom Pedro declarou a independência do Brasil. Em 6 de junho de 1944, as força dos aliados invadiam as praias da Normandia, para começar a acabar com o eixo. E por esses marcos macro do ser humano, perdemos nuances deveras importantes. No dia 7 de janeiro de 1985, nascia Thiago Correali (importante só para minha mãe). Em qual data aquela militante da PUC foi arrastada pelos cabelo, pela cavalaria da ditadura? E qual data importante é para aquele gordinho que pegou o elevador com você hoje? Para o caixa do Mc Donalds que te atendeu?
Esse contrato tácito, onde pessoas admitem posições e papeis na sociedade são impossíveis de expressar em um modelo. Não é possível definir para onde estamos errando. Só é possível desconfiar de modelos muito plausíveis para o comportamento humano dentro de seu meio social. Esse excesso de plausibilidade assume uma racionalidade nos bastidores, onde vemos nos grande marcos históricos ou na singularidade desconhecida de cada individuo, altamente duvidosas
Nunca tive vontade de estudar o ser humano de uma forma séria, empenhada, pela sua falta de linearidade, pelos erros associados e inevitáveis às elucubrações feitas, e pela certeza que ao me aproximar a uma resposta, teria uma grande decepção.
***
Mas corpos caindo ao chão não são o objetivo deste post. A intenção é falar sobre um assunto onde os estudiosos acabam "modelando" uma idealidade para partir como premissa básica e desenvolver seus estudos. O ser humanos sua interação social. Normalmente quando se estuda esse campo, as conclusões partem de simplificações que acabam produzindo erros, assim como na simplificação no modelo físico sem atrito.
O problema é que não sabemos para onde erramos. No modelo físico sabemos se estamos sub ou super dimensionando os cálculos. Já no ambito humano, estas simplificações implicam em erros um tanto quanto desconhecidos. A partir dessas simplificações entramos apenas no campo da racionalidade humana, que é a única parte que pode ser inferida. Assim deixamos particularieadades de lado.
Estou para descobrir algum tipo de interação social, seja no âmbito pessoal ou no âmbito de interações institucionais que sigam alguns dos modelos "receita de bolo" de estudiosos da área. Esse agentes racionais não passam de "arredondamentos no canto da conta", e que concluem resultados que não sabemos nem para onde estamos errando.
Em 14 de julho de 1789 houve a queda da bastilha. Em 7 de setembro de 1822, num "pito" histórico Dom Pedro declarou a independência do Brasil. Em 6 de junho de 1944, as força dos aliados invadiam as praias da Normandia, para começar a acabar com o eixo. E por esses marcos macro do ser humano, perdemos nuances deveras importantes. No dia 7 de janeiro de 1985, nascia Thiago Correali (importante só para minha mãe). Em qual data aquela militante da PUC foi arrastada pelos cabelo, pela cavalaria da ditadura? E qual data importante é para aquele gordinho que pegou o elevador com você hoje? Para o caixa do Mc Donalds que te atendeu?
Esse contrato tácito, onde pessoas admitem posições e papeis na sociedade são impossíveis de expressar em um modelo. Não é possível definir para onde estamos errando. Só é possível desconfiar de modelos muito plausíveis para o comportamento humano dentro de seu meio social. Esse excesso de plausibilidade assume uma racionalidade nos bastidores, onde vemos nos grande marcos históricos ou na singularidade desconhecida de cada individuo, altamente duvidosas
Nunca tive vontade de estudar o ser humano de uma forma séria, empenhada, pela sua falta de linearidade, pelos erros associados e inevitáveis às elucubrações feitas, e pela certeza que ao me aproximar a uma resposta, teria uma grande decepção.
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sexta-feira, 26 de junho de 2009
Apenas Negócios
Um dia desses estava eu assistindo um filme na televisão que se tratava de um acordo com o tinhoso, não me lembro o nome do filme, mas o chifrudo vinha aqui pra terra e concedia 7 desejos para um Zé Mané e em troca, é claro, ele queria sua alma.
Agora fico pensando, e se de repente o pé de bode aparece na minha vida e me concede 7 desejos? O numero já é sugestivo, pois é exatamente a quantidade de pecados capitais, que na minha opinião, repito na minha opinião, a ultima coisa que eles são é pecado, imagina preguiça, gula, luxuria, isso não são pecados, são dádivas!
Mas voltando ao assunto, o gênio da lâmpada por exemplo, é do bem e só te concede 3 desejos, que de cara você pede, muito dinheiro, uma mulher gostosa e viajar o mundo todo. Legal e depois disso? Com o perdão da palavra, caralho, com o diabo ainda lhe restam 4 desejos, nem sei mais o que pedir.
Fora que no inferno você vai encontrar com o Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e mais um monte de gente legal. Conclusão, eu curto minha vida inteira com os 7 desejos concedidos, vendo minha alma para satanás e passo o resto da minha eternidade com um monte de amigos meus.
Olha, o homem lá em cima que me perdoe, mas, NEGÓCIO FECHADO!!!
Agora fico pensando, e se de repente o pé de bode aparece na minha vida e me concede 7 desejos? O numero já é sugestivo, pois é exatamente a quantidade de pecados capitais, que na minha opinião, repito na minha opinião, a ultima coisa que eles são é pecado, imagina preguiça, gula, luxuria, isso não são pecados, são dádivas!
Mas voltando ao assunto, o gênio da lâmpada por exemplo, é do bem e só te concede 3 desejos, que de cara você pede, muito dinheiro, uma mulher gostosa e viajar o mundo todo. Legal e depois disso? Com o perdão da palavra, caralho, com o diabo ainda lhe restam 4 desejos, nem sei mais o que pedir.
Fora que no inferno você vai encontrar com o Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e mais um monte de gente legal. Conclusão, eu curto minha vida inteira com os 7 desejos concedidos, vendo minha alma para satanás e passo o resto da minha eternidade com um monte de amigos meus.
Olha, o homem lá em cima que me perdoe, mas, NEGÓCIO FECHADO!!!
quinta-feira, 25 de junho de 2009
A Apple e o Satanás
Meu deus! Agora está tudo claro. iPod, iPhone vieram do inferno! por isso o "i" no seu início.
Não está ententendo? Dá um lida aqui então.
Tem mais alguns detalhes toscos aí dentro, mas não quero estragar a surpresa.
***
Estou aceitando os iPods, iPhones e iMacs dos que quiserem se livrar do inferno! Podem enviar a doação para minha casa.
***
Bem aventurados os que não tem religião
Não está ententendo? Dá um lida aqui então.
Tem mais alguns detalhes toscos aí dentro, mas não quero estragar a surpresa.
***
Estou aceitando os iPods, iPhones e iMacs dos que quiserem se livrar do inferno! Podem enviar a doação para minha casa.
***
Bem aventurados os que não tem religião
sábado, 20 de junho de 2009
Numa Terra de Gigantes
Um dia acordei num lugar diferente, olhei ao meu redor e vi que não estava na minha cama, sai andando pra ver o que tinha acontecido, quando de repente sinto um tremor, vejo pés enormes passando sobre a minha cabeça, me desespero, saio correndo sem um rumo certo, caio em um buraco e desmaio...
Ao abrir meus olhos vejo uma linda moça com um pano úmido sobre minha testa, sem entender direito o que tinha acontecido pergunto a ela onde estou. A moça solta uma risada meio contida e corre pra longe de mim. No mesmo minuto outros se aproximam, o mais velho deles abre um espaço em meio a todos e diz:
- Você é um privilegiado! Eu sem entender pergunto:
- Onde estou? A resposta não poderia ser mais confusa:
- Você esta na terra dos gigantes.
Terra de gigantes pensei eu, e como raios vim para aqui? No mesmo momento em que o velho com dread locks nos cabelos disse:
- Você é um dos puros de coração e só os puros de coração podem vir aqui, venha vamos dar uma volta.
Durante o passeio fui descobrindo que tudo era adaptado. E que os pequeninos como eu viviam escondidos dos gigantes que eram muito irritados.
A comunidade vivia em constante harmonia, onde cada um tinha a sua função e não havia discussão entre os presentes. Eles denominaram aquele esconderijo de Yntara e viviam nos preceitos de uma sociedade alternativa. Vendo as funções de cada um fui descobrindo as adaptações, e eram feitas coisas fantásticas com o pouco recurso.
Com a penas uma lâmpada eles conseguiam produzir iluminação artificial para uma plantação inteira. Percebi também que as casas eram enormes esculturas de antigos anciãos e todas tinham chaminé. Comia-se muito por lá, enormes canoas de papel de seda eram produzidas para o transporte de todo o insumo necessário para a população. Palitos de fósforo além de serem usados para ascender enormes fogueiras, também eram usados como um tipo de “socador”.
Um som constante ecoava por todo o lugar, uma música leve e agradável, a temperatura era amena e o uso de roupas leves e bem coloridas era constante. Uma enorme tesoura era usada para cortar a grama que crescia, as funções eram bem dividas me senti quase que num universo paralelo.
Ao perguntar para o velho como aquele lugar tinha sido descoberto ele me respondeu:
- Muitos Anciãos Rumaram para o Leste até Encontrar Yntara. Não entendi ao certo, mas acredito que de fato eram homens muitos sábios. De repente um alarme soa muito alto, acordo, olho para o lado e meu despertador acusa 07:00h.
Ao abrir meus olhos vejo uma linda moça com um pano úmido sobre minha testa, sem entender direito o que tinha acontecido pergunto a ela onde estou. A moça solta uma risada meio contida e corre pra longe de mim. No mesmo minuto outros se aproximam, o mais velho deles abre um espaço em meio a todos e diz:
- Você é um privilegiado! Eu sem entender pergunto:
- Onde estou? A resposta não poderia ser mais confusa:
- Você esta na terra dos gigantes.
Terra de gigantes pensei eu, e como raios vim para aqui? No mesmo momento em que o velho com dread locks nos cabelos disse:
- Você é um dos puros de coração e só os puros de coração podem vir aqui, venha vamos dar uma volta.
Durante o passeio fui descobrindo que tudo era adaptado. E que os pequeninos como eu viviam escondidos dos gigantes que eram muito irritados.
A comunidade vivia em constante harmonia, onde cada um tinha a sua função e não havia discussão entre os presentes. Eles denominaram aquele esconderijo de Yntara e viviam nos preceitos de uma sociedade alternativa. Vendo as funções de cada um fui descobrindo as adaptações, e eram feitas coisas fantásticas com o pouco recurso.
Com a penas uma lâmpada eles conseguiam produzir iluminação artificial para uma plantação inteira. Percebi também que as casas eram enormes esculturas de antigos anciãos e todas tinham chaminé. Comia-se muito por lá, enormes canoas de papel de seda eram produzidas para o transporte de todo o insumo necessário para a população. Palitos de fósforo além de serem usados para ascender enormes fogueiras, também eram usados como um tipo de “socador”.
Um som constante ecoava por todo o lugar, uma música leve e agradável, a temperatura era amena e o uso de roupas leves e bem coloridas era constante. Uma enorme tesoura era usada para cortar a grama que crescia, as funções eram bem dividas me senti quase que num universo paralelo.
Ao perguntar para o velho como aquele lugar tinha sido descoberto ele me respondeu:
- Muitos Anciãos Rumaram para o Leste até Encontrar Yntara. Não entendi ao certo, mas acredito que de fato eram homens muitos sábios. De repente um alarme soa muito alto, acordo, olho para o lado e meu despertador acusa 07:00h.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Empréstimo
Todos passamos por um ou outro momento EMO. E ela está atravessando esta fase. Então demandou este blog da mooca para expor a fase.
Disse ela:
"- Fala que eu to passando por um momento EMO e resolvi escrever, mas que na verdade eu sou só mais um corpinho bonito com uma mente inoperante pra essas coisas!"
E com o recado dado, aí vai o texto.
***
Dizeres de uma noite mal dormida
Parece que cresci. O tempo andou e nada mudou. Você me conhece e acha que não sou normal. Eu te conheço e tenho certeza. Eu ainda estou aqui e você infelizmente continua do lado de lá.
Mas sem ouvir um e o outro, ela fez suas malas e partiu. São Paulo era grande, brilhante. Dava para sentir vida em todos os lados. Criatividade, boêmia. Aqui as coisas aconteciam e a gente não via pela TV: vivia!
Três anos depois ela ainda anda pela Paulista e fica admirada. O tempo passou mas não para Sampa, nem para os seus olhos ou sentimentos. As pessoas andam de lá pra cá com seus estilos diversos, penteados diversos e pensamentos mil. Mas numa simples sintonia de uma obra de arte ambulante.
Ela se sente a mesma menina deslumbrada do interior. Só que três anos mais forte. Três anos mais crítica, três anos mais "uh-lá-lá". Quando pensa em fugir daqui, é pra cá mesmo que corre e se perde. Aí, você finalmente a conquistou.
Encrenca
***
Disse ela:
"- Fala que eu to passando por um momento EMO e resolvi escrever, mas que na verdade eu sou só mais um corpinho bonito com uma mente inoperante pra essas coisas!"
E com o recado dado, aí vai o texto.
***
Dizeres de uma noite mal dormida
Parece que cresci. O tempo andou e nada mudou. Você me conhece e acha que não sou normal. Eu te conheço e tenho certeza. Eu ainda estou aqui e você infelizmente continua do lado de lá.
Mas sem ouvir um e o outro, ela fez suas malas e partiu. São Paulo era grande, brilhante. Dava para sentir vida em todos os lados. Criatividade, boêmia. Aqui as coisas aconteciam e a gente não via pela TV: vivia!
Três anos depois ela ainda anda pela Paulista e fica admirada. O tempo passou mas não para Sampa, nem para os seus olhos ou sentimentos. As pessoas andam de lá pra cá com seus estilos diversos, penteados diversos e pensamentos mil. Mas numa simples sintonia de uma obra de arte ambulante.
Ela se sente a mesma menina deslumbrada do interior. Só que três anos mais forte. Três anos mais crítica, três anos mais "uh-lá-lá". Quando pensa em fugir daqui, é pra cá mesmo que corre e se perde. Aí, você finalmente a conquistou.
Encrenca
***
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Vegas
Já perdi a noção de onde estou. Não sei mais se aqui é a Augusta ou a Consolação. Mas não importa. O que eu sei é que está esfriando. Mas, ainda bem que me deixaram dormir aqui em frente ao estacionamento.
Antes de ontem roubaram meu cobertor. Tive que dormir num papelão ontem. Puta frio! Mas hoje já consegui outro. Eu não roubei não, foi uma moça que passou por aqui e eu pedi. Ela disse que voltava e eu não acreditei. As pessoas nunca voltam, só algumas. Bem poucas na verdade. Mas essa voltou, e trouxe exatamente o que eu precisava. Um cobertor. Acho que foi Deus que falou para ela.
Faz tempo que não durmo próximo a mais de uma parede assim. Protege do vento. Só o cobertor dá. Quando to na calçada, precisa de cobertor e papelão. E se garoa esfria mesmo! De tremer o queixo quando sonha.
Fui andando atrás de comida e fui parar bem longe. Não sei direito onde. Mas quis voltar para cá, perto da Augusta. Tem gente por aqui a madrugada toda, é menos chance de dar merda. Achei antes de escurecer e deitei aqui. Os caras lá ficaram me olhando e o de azul não gostou não. Ficou encarando. Mas o magrinho "trocou idéia" com ele e me deixaram aqui.
Se eu estivesse atrás daquele balcão arrumado como eles, acho que faria a coisa direito, e não deixaria um mendigo sujo deitado no muro do meu estacionamento. Eu ia me chutar muito se estivesse em pé e limpo. Mendigo sujo! Imundo!
Agora to aqui, deitado e imóvel. Só mexendo os olhos e respirando. Eles nem olham mais para mim. To igual a um saco de lixo encostado no muro. Mas e daí? A rua é suja mesmo. Talvez eu seja varrido junto com a sujeira. Eu conto o tempo, vendo o vento varrer o lixo da rua. Logo mais ele me leva também.
Chegou mais um carro e estacionou lá atrás. Ouço muitas risadas. Cinco pessoas alegres. Elas sim estão vivas, não se parecem com um saco de lixo. Limpos, arrumados. Enquanto um arruma o cabelo o outro fica me encarando. Acho que deve querer chutar o lixo vivo aqui, como o idiota de azul.
E entre os risos e sorrisos deles, nenhum sorriso me olha. E quando me olham, por segundos que sejam, os sorrisos se apagam. Sou uma má noticia para eles.
E vão todos embora. Mas não posso culpá-los, porque sempre selecionei as más notícias que pretendia ignorar e incomodavam meu sorriso. Afinal, já é hora da balada.
***
Antes de ontem roubaram meu cobertor. Tive que dormir num papelão ontem. Puta frio! Mas hoje já consegui outro. Eu não roubei não, foi uma moça que passou por aqui e eu pedi. Ela disse que voltava e eu não acreditei. As pessoas nunca voltam, só algumas. Bem poucas na verdade. Mas essa voltou, e trouxe exatamente o que eu precisava. Um cobertor. Acho que foi Deus que falou para ela.
Faz tempo que não durmo próximo a mais de uma parede assim. Protege do vento. Só o cobertor dá. Quando to na calçada, precisa de cobertor e papelão. E se garoa esfria mesmo! De tremer o queixo quando sonha.
Fui andando atrás de comida e fui parar bem longe. Não sei direito onde. Mas quis voltar para cá, perto da Augusta. Tem gente por aqui a madrugada toda, é menos chance de dar merda. Achei antes de escurecer e deitei aqui. Os caras lá ficaram me olhando e o de azul não gostou não. Ficou encarando. Mas o magrinho "trocou idéia" com ele e me deixaram aqui.
Se eu estivesse atrás daquele balcão arrumado como eles, acho que faria a coisa direito, e não deixaria um mendigo sujo deitado no muro do meu estacionamento. Eu ia me chutar muito se estivesse em pé e limpo. Mendigo sujo! Imundo!
Agora to aqui, deitado e imóvel. Só mexendo os olhos e respirando. Eles nem olham mais para mim. To igual a um saco de lixo encostado no muro. Mas e daí? A rua é suja mesmo. Talvez eu seja varrido junto com a sujeira. Eu conto o tempo, vendo o vento varrer o lixo da rua. Logo mais ele me leva também.
Chegou mais um carro e estacionou lá atrás. Ouço muitas risadas. Cinco pessoas alegres. Elas sim estão vivas, não se parecem com um saco de lixo. Limpos, arrumados. Enquanto um arruma o cabelo o outro fica me encarando. Acho que deve querer chutar o lixo vivo aqui, como o idiota de azul.
E entre os risos e sorrisos deles, nenhum sorriso me olha. E quando me olham, por segundos que sejam, os sorrisos se apagam. Sou uma má noticia para eles.
E vão todos embora. Mas não posso culpá-los, porque sempre selecionei as más notícias que pretendia ignorar e incomodavam meu sorriso. Afinal, já é hora da balada.
***
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Dicas Úteis (?)
Para noites sem sono:
Nome químico: Cloridrato de fluoxetina.
Nome comercial: Prozac.
Posologia: Tomar doses entre 20 e 60 mg meia hora antes de dormir.
Indicações: Droga utilizada no tratamento de depressão, ansiedade, TOC, entre outros distúrbios. Em pessoas com ausência desses sintomas diminui a agitação, estresse, aumentando o sono e a tranqüilidade. Age diminuindo a recaptação da serotonina. Diminui o estresse, porque diminui as emoções como um todo (apatia).
Reações adversas: Pode (ou não) apresentar reações simples, como erupções na pele, diminuição da libido, confusão mental, reações maníacas ou psicóticas (em pessoas predispostas) e idéias suicidas.
Para dias com sono:
Nome químico: Cloridrato de metilfenidato.
Nome comercial: Ritalina.
Posologia: 2,5 a 20 mg 1 hora antes da atividade.
Indicações: Droga normalmente utilizada para tratamento de distúrbios de déficit de atenção. Outras anfetaminas são utilizadas como anorexígenos. Em pessoas sem este distúrbio, apresenta reações como inibição do sono, aquisição de ânimo e concentração extrema. Largamente utilizada por caminhoneiros que não desejam dormir.
Reações Adversas: Não causa muitos problemas também. Causa apenas dilatação na pupila, taquicardia e dependência. Gera irritabilidade, e em usos prolongados pode causar desorientação espacial, alucinações e delírios. Danifica o tecido cerebral.
***
Porque Maracujina é para os fracos!
***
A Encrenca me ajudou nesse!
***
Nome químico: Cloridrato de fluoxetina.
Nome comercial: Prozac.
Posologia: Tomar doses entre 20 e 60 mg meia hora antes de dormir.
Indicações: Droga utilizada no tratamento de depressão, ansiedade, TOC, entre outros distúrbios. Em pessoas com ausência desses sintomas diminui a agitação, estresse, aumentando o sono e a tranqüilidade. Age diminuindo a recaptação da serotonina. Diminui o estresse, porque diminui as emoções como um todo (apatia).
Reações adversas: Pode (ou não) apresentar reações simples, como erupções na pele, diminuição da libido, confusão mental, reações maníacas ou psicóticas (em pessoas predispostas) e idéias suicidas.
Para dias com sono:
Nome químico: Cloridrato de metilfenidato.
Nome comercial: Ritalina.
Posologia: 2,5 a 20 mg 1 hora antes da atividade.
Indicações: Droga normalmente utilizada para tratamento de distúrbios de déficit de atenção. Outras anfetaminas são utilizadas como anorexígenos. Em pessoas sem este distúrbio, apresenta reações como inibição do sono, aquisição de ânimo e concentração extrema. Largamente utilizada por caminhoneiros que não desejam dormir.
Reações Adversas: Não causa muitos problemas também. Causa apenas dilatação na pupila, taquicardia e dependência. Gera irritabilidade, e em usos prolongados pode causar desorientação espacial, alucinações e delírios. Danifica o tecido cerebral.
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Porque Maracujina é para os fracos!
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A Encrenca me ajudou nesse!
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quinta-feira, 21 de maio de 2009
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Retiro
Eu tinha medo do "Homem do Saco". Sim, confesso. Estava lá eu, prestes a quebrar alguma coisa em casa com uma bola, ou a cuspir um pouco de água na cabeça de algum transeunte desavisado na calçada que minha mãe apelava para o temido "Homem do Saco".
- Pára já com isso Thiago, ou vou ligar para o "Homem do Saco".
O que imaginava? O que eu temia? Ah, talvez que ele me colocasse naquele saco de feito com fibra de cizal e me levasse por aí gritando: "sapatos, chapéus e roupas usadas... quem tem?!".
Mas a idade veio. E levou embora o "Homem do Saco" dos meus anseios. Mas não da minha vida. Pensei que pudesse usa-lo com meus filhos, meus irmãos! Isso, meus irmãos. Só não contava com a modernidade em que vivemos.
Pois é, certo dia ameacei meu irmão com o "Homem do Saco". Qualquer molequisse que ele fez, fui lá eu, crente que estava dominando a situação, me sentindo um segurança do Conê de tão intimidador:
- Lucas, pára! Senão o "Homem do Saco" vai vir te pegar!
Ele terminou o que estava fazendo. Aí veio me questionar - quem é o homem do saco, Thiago?
Ele não conhece o "Homem do Saco! E o "Bicho Papão"? A "Cuca"?
NADA!
E percebi que os grandes vilões da minha infância estão obsoletos. Inevitável imaginar um retiro dos vilões aposentados. Uma casa de campo, com quintal grande e verde. Bucólico.
Onde o "Bicho Papão" resmungando sentado em sua cadeira ao lado do lago, reclamando da falta de peixes (alguém sabe qual a cara do "Bicho Papão"? Acredito que vou morrer com essa dúvida). A "Cuca" com um lencinho português enrolado na cabeça, tentando roer um pedaço de queijo com os dois dentes que lhe sobraram, afinal comer criancinhas e não escovar os dentes dá cárie.
Lá do outro lado vem o "Saci" gritando. De andador, afinal pulou muito numa perna só, ficou com osteosporose e perdeu a firmeza na sua perna - Enfermeira! O "Lobo Mau" sujou as fraldas de novo. Enquanto o "Lobo Mau" entrevado na cama respirando em um balão de oxigênio com os pulmões fracos.
Dentro da sala todas as "Bruxas" fazendo tricot e crochet resmungando que a comida do asilo é ruim e agradecendo as princesas não terem casado com seus filhos, afinal elas são muito rampeiras para eles.
Todos os dias, às 18:00 os vilões-anciões estariam de banho tomado e prontos para deitar, afinal estão muito cansados dessa vida de frustrações que tiveram, pois em momento algum foram bem sucedidos em sua jornada. As enfermeiras achariam eles bonitinhos em toda sua senilidade e colocariam eles para dormir.
Esse seria o dia-a-dia dos vilões, onde alguns iriam cada vez mais caindo no esquecimento, deitados em uma maca num canto até que as próprias enfermeiras os esquecessem por completo, enquanto outros vilões não tão velhos adentrariam o asilo para começar a caminhar dentro da rotina do esquecimento.
***
Disseram que o pessoal do "DOPS" está para chegar nesse asilo.
***
- Pára já com isso Thiago, ou vou ligar para o "Homem do Saco".
O que imaginava? O que eu temia? Ah, talvez que ele me colocasse naquele saco de feito com fibra de cizal e me levasse por aí gritando: "sapatos, chapéus e roupas usadas... quem tem?!".
Mas a idade veio. E levou embora o "Homem do Saco" dos meus anseios. Mas não da minha vida. Pensei que pudesse usa-lo com meus filhos, meus irmãos! Isso, meus irmãos. Só não contava com a modernidade em que vivemos.
Pois é, certo dia ameacei meu irmão com o "Homem do Saco". Qualquer molequisse que ele fez, fui lá eu, crente que estava dominando a situação, me sentindo um segurança do Conê de tão intimidador:
- Lucas, pára! Senão o "Homem do Saco" vai vir te pegar!
Ele terminou o que estava fazendo. Aí veio me questionar - quem é o homem do saco, Thiago?
Ele não conhece o "Homem do Saco! E o "Bicho Papão"? A "Cuca"?
NADA!
E percebi que os grandes vilões da minha infância estão obsoletos. Inevitável imaginar um retiro dos vilões aposentados. Uma casa de campo, com quintal grande e verde. Bucólico.
Onde o "Bicho Papão" resmungando sentado em sua cadeira ao lado do lago, reclamando da falta de peixes (alguém sabe qual a cara do "Bicho Papão"? Acredito que vou morrer com essa dúvida). A "Cuca" com um lencinho português enrolado na cabeça, tentando roer um pedaço de queijo com os dois dentes que lhe sobraram, afinal comer criancinhas e não escovar os dentes dá cárie.
Lá do outro lado vem o "Saci" gritando. De andador, afinal pulou muito numa perna só, ficou com osteosporose e perdeu a firmeza na sua perna - Enfermeira! O "Lobo Mau" sujou as fraldas de novo. Enquanto o "Lobo Mau" entrevado na cama respirando em um balão de oxigênio com os pulmões fracos.
Dentro da sala todas as "Bruxas" fazendo tricot e crochet resmungando que a comida do asilo é ruim e agradecendo as princesas não terem casado com seus filhos, afinal elas são muito rampeiras para eles.
Todos os dias, às 18:00 os vilões-anciões estariam de banho tomado e prontos para deitar, afinal estão muito cansados dessa vida de frustrações que tiveram, pois em momento algum foram bem sucedidos em sua jornada. As enfermeiras achariam eles bonitinhos em toda sua senilidade e colocariam eles para dormir.
Esse seria o dia-a-dia dos vilões, onde alguns iriam cada vez mais caindo no esquecimento, deitados em uma maca num canto até que as próprias enfermeiras os esquecessem por completo, enquanto outros vilões não tão velhos adentrariam o asilo para começar a caminhar dentro da rotina do esquecimento.
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Disseram que o pessoal do "DOPS" está para chegar nesse asilo.
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quinta-feira, 30 de abril de 2009
Principios...
Assistindo televisão um dia desses, vi uma entrevista do empresário Nizan Guanaes, e ouvi uma frase muito celebre do queridíssimo empreendedor:
"Uma garrafa de champagne de 28.000 euros é um atentado a humanidade e ao bom senso."
Ai pensei, 28.000 euros???
Eu acho falta de senso comprar um Blue Label que custa cerca de 600 reais...
Deve ser alguma coisa ligada a principios ! ! !
"Uma garrafa de champagne de 28.000 euros é um atentado a humanidade e ao bom senso."
Ai pensei, 28.000 euros???
Eu acho falta de senso comprar um Blue Label que custa cerca de 600 reais...
Deve ser alguma coisa ligada a principios ! ! !
domingo, 26 de abril de 2009
O Show Tem Que Continuar
Dizem que a vida imita a arte...
Como ao final de cada espetáculo, onde o artista principal é ovacionado pela platéia com uma salva de palmas.
Aqui não poderia ser diferente, onde minha mãe despede-se da vida, deixando um exemplo de luta e coragem, parte com uma salva de palmas daqueles que tiveram o prazer de conhece-la.
Vai com Deus mãe, um dia a gente volta a se ver...
Como ao final de cada espetáculo, onde o artista principal é ovacionado pela platéia com uma salva de palmas.
Aqui não poderia ser diferente, onde minha mãe despede-se da vida, deixando um exemplo de luta e coragem, parte com uma salva de palmas daqueles que tiveram o prazer de conhece-la.
Vai com Deus mãe, um dia a gente volta a se ver...
Para uma Ilha Deserta
Andei lendo esses dias “os meios de comunicação como extensões do homem” um livro de Marshall McLuhan, que explica como as novas tecnologias da comunicação estão diretamente ligadas a “sobrevivência” do homem moderno.
Em um capitulo do livro o autor passa uma idéia de “amputação e amplificação” dos meios em relação ao homem, como exemplo de amputação, podemos imaginar as rodas de um automóvel no lugar de nossos pés (Apud, Marques), onde por uma questão de tempo/espaço, acabamos por utilizar apenas o automóvel.
Como exemplo de amplificação, podemos imaginar um telefone celular como extensão de nosso sistema nervoso central. Onde a telemobilidade ampliaria a capacidade de nossos ouvidos (Apud. Marques), a agenda telefônica nossa memória, a câmera fotográfica nossos olhos, o SMS nossa boca e a internet, bom a internet seria então uma ampliação de praticamente todo o corpo.
Ao mesmo tempo, nos coloca numa posição de servidão total para com o aparelho, ou utilizando uma expressão de McLuhan, ficamos “entorpecidos” pelas novas tecnologias, uma vez que delas nos tornamos independentes. (1)
Por isso se me perguntarem o que eu levaria para uma ilha deserta, não hesitaria em responder: meu celular!
Mas nesse caso será que a ilha deveria ser chamada de deserta?
1. O celular tornou o espaço infinitamente pequeno. Ao abolir a necessidade de um ponto fixo a partir do qual devem ser centralizadas a emissão e recepção de mensagens, a telefonia móvel criou uma nova relação entre o homem e o espaço. No mesmo sentido, diminuiu a perspectiva de tempo necessário para se efetuar uma comunicação na medida em que não é mais necessário o deslocamento para se chegar ao local de transmissão, mas o telefonema pode ser feito durante o próprio trajeto. No entanto, essa mesma tecnologia que emancipa o homem de um ponto fixo de comunicação permite ao individuo ser encontrado, via celular, onde se queira. A mobilidade converte-se em ilusão quando a privacidade desaparece. O celular aboliu o direito de não estar. Não é mais possível “não estar” no lugar para atender: o lugar da comunicação é o próprio comunicador.
(SÁ MARTINO, L M. “Estética da Comunicação – Da consciência comunicativa ao “eu” digital”. Vozes, Petrópolis, 2007, p. 156 e 157)
Em um capitulo do livro o autor passa uma idéia de “amputação e amplificação” dos meios em relação ao homem, como exemplo de amputação, podemos imaginar as rodas de um automóvel no lugar de nossos pés (Apud, Marques), onde por uma questão de tempo/espaço, acabamos por utilizar apenas o automóvel.
Como exemplo de amplificação, podemos imaginar um telefone celular como extensão de nosso sistema nervoso central. Onde a telemobilidade ampliaria a capacidade de nossos ouvidos (Apud. Marques), a agenda telefônica nossa memória, a câmera fotográfica nossos olhos, o SMS nossa boca e a internet, bom a internet seria então uma ampliação de praticamente todo o corpo.
Ao mesmo tempo, nos coloca numa posição de servidão total para com o aparelho, ou utilizando uma expressão de McLuhan, ficamos “entorpecidos” pelas novas tecnologias, uma vez que delas nos tornamos independentes. (1)
Por isso se me perguntarem o que eu levaria para uma ilha deserta, não hesitaria em responder: meu celular!
Mas nesse caso será que a ilha deveria ser chamada de deserta?
1. O celular tornou o espaço infinitamente pequeno. Ao abolir a necessidade de um ponto fixo a partir do qual devem ser centralizadas a emissão e recepção de mensagens, a telefonia móvel criou uma nova relação entre o homem e o espaço. No mesmo sentido, diminuiu a perspectiva de tempo necessário para se efetuar uma comunicação na medida em que não é mais necessário o deslocamento para se chegar ao local de transmissão, mas o telefonema pode ser feito durante o próprio trajeto. No entanto, essa mesma tecnologia que emancipa o homem de um ponto fixo de comunicação permite ao individuo ser encontrado, via celular, onde se queira. A mobilidade converte-se em ilusão quando a privacidade desaparece. O celular aboliu o direito de não estar. Não é mais possível “não estar” no lugar para atender: o lugar da comunicação é o próprio comunicador.
(SÁ MARTINO, L M. “Estética da Comunicação – Da consciência comunicativa ao “eu” digital”. Vozes, Petrópolis, 2007, p. 156 e 157)
Metodista
O cumulo da organização, é pedir pra faxineira não limpar a sua mesa, para ela não tirar as suas coisas do lugar.
O cumulo do alcoolismo, é acordar de ressaca e mandar o “listerine” por goela abaixo.
Eu fiz as duas coisas... no mesmo dia!
O cumulo do alcoolismo, é acordar de ressaca e mandar o “listerine” por goela abaixo.
Eu fiz as duas coisas... no mesmo dia!
Monólogo Coletivo
Negro
// adj. Que é de cor muito escura; preto, sombrio. / Física. Ausência absoluta de cor. / Fig. Triste, melancólico; funesto: dia negro. / Odioso, perverso, mau: alma negra. / &151; S.m. Pessoa da raça negra; preto. / Fig. Escravo. // Fam. Trabalhar como um negro, trabalhar sem descanso.
Branco
adj. Diz-se da impressão produzida no órgão visual pelos raios de luz não decomposta. / Da cor da neve, da cal, do leite. / Pálido: ficou branco de medo./ Fig. Puro, inocente: os sonhos brancos que não são da Terra. / &151; S.m. A cor branca: o branco e o azul são as suas cores prediletas. / Homem da raça branca. / Espaço entre linhas escritas.
Racismo é crime! Condene...
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Próximo Blog
Navegando pelos blogs da vida, reparei um botão um tanto quanto esquecido no topo das páginas. O botão "próximo blog".
Ele te redireciona para outro blog qualquer da blogspot. Randômico! E justamente por ser aleatório que torna algo fascinante! Resolvi então praticar a teoria do caos. Se eu tivesse demorado mais 3 segundos para sair de casa hoje, ou se não tivesse comido aquela maçã no café da manhã, o blog apresentado seria outro!
Eventualmente vou vir aqui e postar o link direto para o "próximo blog". Independente do que vier, o assunto, a língua, qualquer coisa. Vou deixar o link aí, e quando der, fazer um comentário sucinto do que o "próximo blog" se trata.
***
Aí vem o próximo blog:
http://viznine.blogspot.com/
Um blog de aleatoriedades. Em inglês, mas não descobri a nacionalidade do blog e do blogueiro. Têm piadinhas sem graça, dicas de web e fotos de banheiros (?).
***
Essa idéia de randomicidade me atrai muito. Veja como é fascinante. A teoria do caos fala que qualquer alteração infinitesimal nas condições iniciais de um evento, pode alterar drasticamente suas condições finais. Essas diferenças, essas alterações são chamadas de ruído. Este ruido no sistema complexo e dinâmico (que pode ser considerado o tempo-espaço que vivemos), tem influências severas mesmo quando aparecem em escalas microscópicas. E devido a essa fundamental existência de ruídos, situações estatísticas definem o que chamamos de "caos determinístico". Isso tudo é absolutamente expresso em equações matemáticas, físicas e estatísticas. Aquelas enormes sem resolução conhecida ainda e que não vou colar aqui no blog porque não vem ao caso. Contudo o que foi descoberto até hoje, só prevê um mínimo de constância nesses sistema que estamos inseridos. Mas mesmo assim conclui-se que o acaso não existe plenamente, uma vez que ele pode ser representado por equações matemáticas.
Então não encare essa história de "próximo blog" uma propaganda aleatória de outros blogs, mas sim um exemplo do acaso que não existe!
É de pirar!
***
Ele te redireciona para outro blog qualquer da blogspot. Randômico! E justamente por ser aleatório que torna algo fascinante! Resolvi então praticar a teoria do caos. Se eu tivesse demorado mais 3 segundos para sair de casa hoje, ou se não tivesse comido aquela maçã no café da manhã, o blog apresentado seria outro!
Eventualmente vou vir aqui e postar o link direto para o "próximo blog". Independente do que vier, o assunto, a língua, qualquer coisa. Vou deixar o link aí, e quando der, fazer um comentário sucinto do que o "próximo blog" se trata.
***
Aí vem o próximo blog:
http://viznine.blogspot.com/
Um blog de aleatoriedades. Em inglês, mas não descobri a nacionalidade do blog e do blogueiro. Têm piadinhas sem graça, dicas de web e fotos de banheiros (?).
***
Essa idéia de randomicidade me atrai muito. Veja como é fascinante. A teoria do caos fala que qualquer alteração infinitesimal nas condições iniciais de um evento, pode alterar drasticamente suas condições finais. Essas diferenças, essas alterações são chamadas de ruído. Este ruido no sistema complexo e dinâmico (que pode ser considerado o tempo-espaço que vivemos), tem influências severas mesmo quando aparecem em escalas microscópicas. E devido a essa fundamental existência de ruídos, situações estatísticas definem o que chamamos de "caos determinístico". Isso tudo é absolutamente expresso em equações matemáticas, físicas e estatísticas. Aquelas enormes sem resolução conhecida ainda e que não vou colar aqui no blog porque não vem ao caso. Contudo o que foi descoberto até hoje, só prevê um mínimo de constância nesses sistema que estamos inseridos. Mas mesmo assim conclui-se que o acaso não existe plenamente, uma vez que ele pode ser representado por equações matemáticas.
Então não encare essa história de "próximo blog" uma propaganda aleatória de outros blogs, mas sim um exemplo do acaso que não existe!
É de pirar!
***
sexta-feira, 3 de abril de 2009
À Noite
Calada, muda
Soturna presença
Que agora se faz
Me rodeiam as brumas
Profundas
Me fazem insano
Me cobrem de paz
Na noite caída
Reflexões solitárias
Do fundo do âmago
As situações corriqueiras
Bobeiras
Reflexos de vida
Sem eira nem beira
Relaxo inquieto
Enfrento o intento
Do sono obscuro
Que ela me traz
Avassalador
E na confiança que tenho
A insegurança se faz
***
Soturna presença
Que agora se faz
Me rodeiam as brumas
Profundas
Me fazem insano
Me cobrem de paz
Na noite caída
Reflexões solitárias
Do fundo do âmago
As situações corriqueiras
Bobeiras
Reflexos de vida
Sem eira nem beira
Relaxo inquieto
Enfrento o intento
Do sono obscuro
Que ela me traz
Avassalador
E na confiança que tenho
A insegurança se faz
***
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Economia
“O primeiro economista brasileiro foi Pedro Álvares Cabral: quando saiu não sabia onde ia, quando chegou não sabia onde estava e tudo por conta do governo”.
terça-feira, 31 de março de 2009
A Letra "M"
Andei pensando esses dias, e cheguei a seguinte conclusão:
Tudo o que eu mais gosto nesse mundo começa com a letra “M”.
Por exemplo:
De todas as bandas do mundo, a que eu mais gosto é o Metallica
De todas as frutas do mundo, a que eu mais gosto é a Manga
De todas as baladas do mundo, a que eu mais gosto é o Matrix
De todos os vídeo-games do mundo, o que eu mais gosto é o Mega Drive
De todos os animais do mundo, o que eu mais gosto é o Macaco
De todos os bairros do mundo, o que eu mais gosto é a Mooca
De todas as praias do mundo, a que eu mais gosto é Maresias
De todas as comidas do mundo, a que eu mais gosto é o Macarrão
De todos os carros do mundo, o que eu mais gosto é o Maverick
De todas as cores do mundo, a que eu mais gosto é o Marrom
De todas as mulheres do mundo, a que eu mais gosto é a Mariana.
Tudo o que eu mais gosto nesse mundo começa com a letra “M”.
Por exemplo:
De todas as bandas do mundo, a que eu mais gosto é o Metallica
De todas as frutas do mundo, a que eu mais gosto é a Manga
De todas as baladas do mundo, a que eu mais gosto é o Matrix
De todos os vídeo-games do mundo, o que eu mais gosto é o Mega Drive
De todos os animais do mundo, o que eu mais gosto é o Macaco
De todos os bairros do mundo, o que eu mais gosto é a Mooca
De todas as praias do mundo, a que eu mais gosto é Maresias
De todas as comidas do mundo, a que eu mais gosto é o Macarrão
De todos os carros do mundo, o que eu mais gosto é o Maverick
De todas as cores do mundo, a que eu mais gosto é o Marrom
De todas as mulheres do mundo, a que eu mais gosto é a Mariana.
segunda-feira, 30 de março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
Convite para o bar
Recebi um convite para tomar cerveja por e-mail. Foi mais ou menos assim:
"Acabei de voltar da minha consulta com o médico. Otorrino. Estava com uma secura na boca e na garganta que não passava fazem dias. Meu quadro já era considerado crítico, devido uma tosse contínua e que já me enchia o saco! Fiquei preocupado quando o doutor alegou que estava desconfiado do motivo desta secura, porém não queria tomar nenhuma conclusão precipitada. Mas afinal, o que seria esta porra? Perguntei a ele se havia algum medicamento de ação imediata para aliviar esta sensação um tanto quanto desagradável.
- O senhor é religioso acirro? -- perguntou-me o médico.
- Não doutor. Tenho minhas crenças, mas nada de extremismos.
- Então, por obséquio, dirija-se até aquele armário e pegue um copo.
Desconfiado, acatei o pedido do doutor. Este, simultaneamente, encaminhava-se a um pequeno frigobar que tinha em seu consultório.
- Estenda esse copo! - ordenou o médico com veemência.
Com o copo estendido, o doutor começou a servir uma geladíssima dose de seu remédio.
- Agora bebe!
Não precisava mandar duas vezes. Mandei aquela dose goela a baixo. O doutor abriu um sorriso.
- E então?
- Meu Deus, doutor... mas que remédio milagroso é esse?
- Cerveja, meu filho...
Porém o doutor tratou de moderar minha euforia, alertando-me que o tratamento não se resumia a essa dose dessa tal de cerveja. Prescreveu-me um tratamento pesado, com doses cavalares do remédio. Alertou-me também de como este remédio deveria ser administrado: com acompanhamento de familiares ou amigos, e também evitar dirigir.
Então... alguém me ajuda com o tratamento?
Taxi."
Genial, não?
***
Alguém tinha dúvida que era do Taxi?
***
"Acabei de voltar da minha consulta com o médico. Otorrino. Estava com uma secura na boca e na garganta que não passava fazem dias. Meu quadro já era considerado crítico, devido uma tosse contínua e que já me enchia o saco! Fiquei preocupado quando o doutor alegou que estava desconfiado do motivo desta secura, porém não queria tomar nenhuma conclusão precipitada. Mas afinal, o que seria esta porra? Perguntei a ele se havia algum medicamento de ação imediata para aliviar esta sensação um tanto quanto desagradável.
- O senhor é religioso acirro? -- perguntou-me o médico.
- Não doutor. Tenho minhas crenças, mas nada de extremismos.
- Então, por obséquio, dirija-se até aquele armário e pegue um copo.
Desconfiado, acatei o pedido do doutor. Este, simultaneamente, encaminhava-se a um pequeno frigobar que tinha em seu consultório.
- Estenda esse copo! - ordenou o médico com veemência.
Com o copo estendido, o doutor começou a servir uma geladíssima dose de seu remédio.
- Agora bebe!
Não precisava mandar duas vezes. Mandei aquela dose goela a baixo. O doutor abriu um sorriso.
- E então?
- Meu Deus, doutor... mas que remédio milagroso é esse?
- Cerveja, meu filho...
Porém o doutor tratou de moderar minha euforia, alertando-me que o tratamento não se resumia a essa dose dessa tal de cerveja. Prescreveu-me um tratamento pesado, com doses cavalares do remédio. Alertou-me também de como este remédio deveria ser administrado: com acompanhamento de familiares ou amigos, e também evitar dirigir.
Então... alguém me ajuda com o tratamento?
Taxi."
Genial, não?
***
Alguém tinha dúvida que era do Taxi?
***
terça-feira, 17 de março de 2009
Curso de Línguas
Estes dias me peguei pensando em entrar em um curso de línguas. Aprender algum léxico estrangeiro, concordância, morfologia. A principio interessante, mas após me lembrar sobre como estes cursos são ministrados percebi porque nunca me interessei em me inscrever em um.
Diálogos impeditivos como este:
- Têm alguém nesta sala
- Sim, têm alguém.
- Há quantas pessoas.
- Há sete pessoas.
- Quantas escrivaninhas há?
- Há duas escrivaninhas.
- Há quantas cadeiras?
- Há quatro cadeiras.
- O que há na parede?
- Na parede há alguns quadros e um relógio.
- São três e meia.
- Há alguém neste escritório?
- Não, agora não há ninguém.
- Há alguma coisa sobre a mesa?
- Sim, há alguma coisa.
- Há várias coisas: flores e uma garrafa de vinho.
- Há alguma coisa sobre a cadeira?
- Não, não há nada. Nada mesmo.
Pois em diálogos como este, eu acabo elucubrando a seguinte cena:
Um homem de um metro e oitenta e três de altura, distinto, vestindo terno e gravata entra na sala. Para diante da escrivaninha, onde se encontra uma senhora baixa, feia e mal encarada, com a maquiagem mal feita entretida nos seus afazeres. O homem olha por ela cerca de treze segundos e pergunta:
- Têm alguém nesta sala?
A cena fica estática por mais oito segundos, quando a senhora responde de forma ríspida de displicente:
- Sim, têm alguém.
Por alguns instantes o homem considera ir embora, mas sem saber exatamente o porquê, continua mantendo contato com a velha senhora:
- Quantas pessoas há?
A resposta já não demora tanto. Contudo ainda em tom de má vontade, mas sem perder a rispidez:
- Há sete pessoas.
Sem ainda saber o motivo de estar diante daquela escrivaninha mantendo contato com tão mal encarada senhora, surge na ponta da sua língua outra pergunta, a qual é cuspida de forma rápida e direta:
-Quantas escrivaninhas há?
- Há duas escrivaninhas! Por quê? O senhor é da polícia? Da ABIN?
Já sem se questionar, mas sem ainda encontra uma justificativa, ignora a contra pergunta da senhora e embala no interrogatório.
- Há quantas cadeiras?
- Há quatro cadeiras - responde, mas já se intimidando a senhora.
A senhora já está mostrando impaciência e desconfiança. Parece estar mascando um chiclete, mas ele sabe que não está. E a sabatina continua:
- O que há na parede?
Agora a resposta é aos berros, ausente de qualquer resquício de paciência:
- O senhor é cego? Há alguns quadros na parede. E um relógio!!
- São três e meia - conclui o homem.
- Então o senhor recobrou a visão? E ainda leu o relógio! Parabéns! - ironiza a velha senhora.
Apesar da falta de educação da senhora, centrado como um monge tibetano o homem prossegue com seu variado "quiz":
- Há alguém neste escritório?
Cada vez mais irritada, a senhora joga as mãos para cima, balbuciando um "puta que me pariu!", e responde sem gritar:
- Não, agora não há ninguém.
- Há alguma coisa sobre a mesa?
- Sim, há alguma coisa.
O homem não satisfeito com a resposta aponta para os itens que repousavam sobre a escrivaninha da senhora, como que pedindo para ela ser mais específica em suas respostas.
- Há várias coisas. Flores e uma garrafa de vinho. Mas por que o senhor não diz logo o que você quer? Eu não tenho o dia todo para ficar perdendo com palhaçadas como esta. Se continuar aí perguntando sem me explicar porque nos procurou, vou chamar a polícia! O manicômio! Ou até mesmo o doutor Oswaldo, assim que ele voltar!
- Onde ele foi?
- Comprar escrivaninhas!
- Há alguma coisa sobre a cadeira?
E assim se deu a completa perda de razão da senhora, que explodiu. Sem levantar da cadeira, berrando o máximo que sua garganta aguenta respondeu à pergunta cretina do homem:
- De novo com essas perguntas? Que cadeira? A minha? Olha o meu tamanho senhor!! Se eu não sou alguma coisa, então sou... Mas que porra de pergunta é essa? Algum freudianismo existencialista? Certamente não é uma descrição parnasiana dos seus arredores, pois o senhor é mais limitado de pergunta do que nós somos de escrivaninhas! Quer uma descrição física do que há na cadeira? Há noventa e quatro quilos de carne, e um monte de gordura antes que o senhor diga! Noventa e quatro quilos de carne que vem aqui todo santo dia pontualmente às oito horas da manhã, e precisa ficar aqui até as dezessete horas aturando imbecis como o senhor. Sou mãe de família, preciso cuidar dos meus filhos, aturar o doutor Oswaldo, assinar uns papeis e sempre pagar propina quando chega um fiscal, em frente das próprias câmeras de segurança. Tudo isso para no dia do meu aniversário eu ganhar de presente umas florzinhas michas e uma porcaria de vinho da promoção do Carrefour. Quer saber o que tem nessa cadeira além de tanta carne e gordura? Há um retrato metafórico de uma infância feliz, que teve seus sonhos lacerados por um desenvolvimento humano sem oportunidades, culminando em um cotidiano medíocre que acorrenta qualquer coisa em mim que demonstre o mínimo de originalidade. Mas há também nesta bosta de cadeira, esperança e sonhos ainda não maduros de momentos felizes em viagens a lugares bonitos, com pessoas não tão imbecis como o senhor. Vamos observar o por do sol e ignorar a ironia da nossa civilização que se autodestrói enquanto elucubra uma explicação transcendental para o sentido da vida.
O homem ali parado, ouvindo sem perplexidade nenhuma os comentários da senhora retruca:
- Não, não há nada. Nada mesmo.
E sai da sala sem demonstrar nenhuma comoção.
A senhora ataca o vaso de flores no chão desesperada, tenta se aliviar com alguns gritos histéricos, abre a gaveta e toma meio vidro de antidepressivos.
***
Diálogos impeditivos como este:
- Têm alguém nesta sala
- Sim, têm alguém.
- Há quantas pessoas.
- Há sete pessoas.
- Quantas escrivaninhas há?
- Há duas escrivaninhas.
- Há quantas cadeiras?
- Há quatro cadeiras.
- O que há na parede?
- Na parede há alguns quadros e um relógio.
- São três e meia.
- Há alguém neste escritório?
- Não, agora não há ninguém.
- Há alguma coisa sobre a mesa?
- Sim, há alguma coisa.
- Há várias coisas: flores e uma garrafa de vinho.
- Há alguma coisa sobre a cadeira?
- Não, não há nada. Nada mesmo.
Pois em diálogos como este, eu acabo elucubrando a seguinte cena:
Um homem de um metro e oitenta e três de altura, distinto, vestindo terno e gravata entra na sala. Para diante da escrivaninha, onde se encontra uma senhora baixa, feia e mal encarada, com a maquiagem mal feita entretida nos seus afazeres. O homem olha por ela cerca de treze segundos e pergunta:
- Têm alguém nesta sala?
A cena fica estática por mais oito segundos, quando a senhora responde de forma ríspida de displicente:
- Sim, têm alguém.
Por alguns instantes o homem considera ir embora, mas sem saber exatamente o porquê, continua mantendo contato com a velha senhora:
- Quantas pessoas há?
A resposta já não demora tanto. Contudo ainda em tom de má vontade, mas sem perder a rispidez:
- Há sete pessoas.
Sem ainda saber o motivo de estar diante daquela escrivaninha mantendo contato com tão mal encarada senhora, surge na ponta da sua língua outra pergunta, a qual é cuspida de forma rápida e direta:
-Quantas escrivaninhas há?
- Há duas escrivaninhas! Por quê? O senhor é da polícia? Da ABIN?
Já sem se questionar, mas sem ainda encontra uma justificativa, ignora a contra pergunta da senhora e embala no interrogatório.
- Há quantas cadeiras?
- Há quatro cadeiras - responde, mas já se intimidando a senhora.
A senhora já está mostrando impaciência e desconfiança. Parece estar mascando um chiclete, mas ele sabe que não está. E a sabatina continua:
- O que há na parede?
Agora a resposta é aos berros, ausente de qualquer resquício de paciência:
- O senhor é cego? Há alguns quadros na parede. E um relógio!!
- São três e meia - conclui o homem.
- Então o senhor recobrou a visão? E ainda leu o relógio! Parabéns! - ironiza a velha senhora.
Apesar da falta de educação da senhora, centrado como um monge tibetano o homem prossegue com seu variado "quiz":
- Há alguém neste escritório?
Cada vez mais irritada, a senhora joga as mãos para cima, balbuciando um "puta que me pariu!", e responde sem gritar:
- Não, agora não há ninguém.
- Há alguma coisa sobre a mesa?
- Sim, há alguma coisa.
O homem não satisfeito com a resposta aponta para os itens que repousavam sobre a escrivaninha da senhora, como que pedindo para ela ser mais específica em suas respostas.
- Há várias coisas. Flores e uma garrafa de vinho. Mas por que o senhor não diz logo o que você quer? Eu não tenho o dia todo para ficar perdendo com palhaçadas como esta. Se continuar aí perguntando sem me explicar porque nos procurou, vou chamar a polícia! O manicômio! Ou até mesmo o doutor Oswaldo, assim que ele voltar!
- Onde ele foi?
- Comprar escrivaninhas!
- Há alguma coisa sobre a cadeira?
E assim se deu a completa perda de razão da senhora, que explodiu. Sem levantar da cadeira, berrando o máximo que sua garganta aguenta respondeu à pergunta cretina do homem:
- De novo com essas perguntas? Que cadeira? A minha? Olha o meu tamanho senhor!! Se eu não sou alguma coisa, então sou... Mas que porra de pergunta é essa? Algum freudianismo existencialista? Certamente não é uma descrição parnasiana dos seus arredores, pois o senhor é mais limitado de pergunta do que nós somos de escrivaninhas! Quer uma descrição física do que há na cadeira? Há noventa e quatro quilos de carne, e um monte de gordura antes que o senhor diga! Noventa e quatro quilos de carne que vem aqui todo santo dia pontualmente às oito horas da manhã, e precisa ficar aqui até as dezessete horas aturando imbecis como o senhor. Sou mãe de família, preciso cuidar dos meus filhos, aturar o doutor Oswaldo, assinar uns papeis e sempre pagar propina quando chega um fiscal, em frente das próprias câmeras de segurança. Tudo isso para no dia do meu aniversário eu ganhar de presente umas florzinhas michas e uma porcaria de vinho da promoção do Carrefour. Quer saber o que tem nessa cadeira além de tanta carne e gordura? Há um retrato metafórico de uma infância feliz, que teve seus sonhos lacerados por um desenvolvimento humano sem oportunidades, culminando em um cotidiano medíocre que acorrenta qualquer coisa em mim que demonstre o mínimo de originalidade. Mas há também nesta bosta de cadeira, esperança e sonhos ainda não maduros de momentos felizes em viagens a lugares bonitos, com pessoas não tão imbecis como o senhor. Vamos observar o por do sol e ignorar a ironia da nossa civilização que se autodestrói enquanto elucubra uma explicação transcendental para o sentido da vida.
O homem ali parado, ouvindo sem perplexidade nenhuma os comentários da senhora retruca:
- Não, não há nada. Nada mesmo.
E sai da sala sem demonstrar nenhuma comoção.
A senhora ataca o vaso de flores no chão desesperada, tenta se aliviar com alguns gritos histéricos, abre a gaveta e toma meio vidro de antidepressivos.
***
quarta-feira, 11 de março de 2009
Crônicas de outro velho moleque...
Festas à fantasia são muito boas. Afirmativa esta, muito pronunciada por aí. E baseado nela que aceitei ir em uma. A primeira da minha vida.
- Vai ser muito bom!! Eu vou com você na Ladeira Porto Geral comprar uma fantasia.
E numa rápida ida ao centro de São Paulo resolvemos o problema da minha falta de fantasia. Eu iria de Quico. Sim, aquele do Chaves.
Como toda boa festa à fantasia, esta também era "open bar". Bebida à vontade. Vodka, Cerveja, drinks dos mais variados tipos. Uma maravilha para um grupo de carinhas como o meu. Preparamos nossos figados e fomos ao evento.
Dou logo de cara com a Branca de Neve. É! O maior (masculino mesmo) do nosso grupo, mas maior em largura, não em altura. Tinha o Quico, tinha o Michael Shucmacher, tinha o soldado do exército, o integrante da mancha verde. Destaque para a fantasia do nosso amigo peludinho, que foi de "Coringa" do Batman. Muito bem produzida, dava até gosto de ver.
Algumas horas de festa decorrida, quando já estavamos todos alterados, me deparo com um monstro de odalisca, ou uma gata de odalisca após pegar fogo na cara dela e apagarem com tamancadas. O fato era: MUITO feia. Na hora que ela passou descobri que dois dos nossos já haviam tido algum affair com a moçoila. Claro que a tiração de sarro foi inevitável. Mas o destino me reservava algo com a odalisca mamute.
Dizem para as crianças nas aulas de biologia que cerveja age no nosso corpo diminuindo a liberação de vasopressina. Trocando em miúdos, eu queria muito mijar! Fui cambaleando para o banheiro. Aí que eu percebi que faltava muita vasopressina. Trocando em miúdos, eu estava MUITO bêbado. Cheguei lá me envolvi em um entrevero. São paulinos fazendo chacotas com o possível rebaixamento do Corinthians (que posteriormente vimos ser rebaixado). Não gostei das chacotas, xinguei uns dois marmanjos e saí de fininho.
Pensei comigo:
- Devo voltar aos meus amigos. Lá é seguro.
Fui ao encontro deles. No caminho esbarrei em umas 7 pessoas, falei "obrigado por ter vindo" para umas 14 garotas, derrubei a cerveja de uma japonesa e por fim, cheguei às escadas que davam acesso aos meu camaradas. Então comecei meu diálogo com os degraus. Estava concentrado neles. Não podia cair, mas eles não paravam quietos. Quando fui subitamente interrompido da minha conversa com a escada.
Sim, era ela. A odalisca versão botijão da ultragaz. Ela apoiou sua mão em meu ombro, fez menção de vir próximo ao meu ouvido esquerdo e disse:
- Bohcehaa e bulfgig velbd!
Pois é, além de muito concentrado na escada eu sou meio surdo do ouvido esquerdo. Temerosamente respondi um "Quê?" e troquei o ouvido. Ela repetiu:
- Bochechas de buldogue velho!
"Cultura Chaviniana" está na minha genética. Imediatamente percebi a piadinha feita como alusão a um dos capítulos do Chaves. Mas... por que ela?! Não tive uma reação imediata. E passado alguns instantes, tive uma reação instintiva. Só consegui proferir um:
- Saí! Eu tenho medo de você!
Atropelei a escada com quem discutia anteriormente e encontrei meus amigos. Enfim, estava seguro.
Daí em diante lembro de dançar forró com a Alice (no país das maravilhas), dançar a dança do maxixe, tentar fazer uma mímica muda falar, e proferir palavras de baixo calão para uma enfermeira.
Entre mortos e feridos, o saldo foi absolutamente positivo. E eu entrei para a história, como o "cara que tem medo da R... odalisca tamanho família"
***
Mentiras à parte, é tudo verdade!
***
- Vai ser muito bom!! Eu vou com você na Ladeira Porto Geral comprar uma fantasia.
E numa rápida ida ao centro de São Paulo resolvemos o problema da minha falta de fantasia. Eu iria de Quico. Sim, aquele do Chaves.
Como toda boa festa à fantasia, esta também era "open bar". Bebida à vontade. Vodka, Cerveja, drinks dos mais variados tipos. Uma maravilha para um grupo de carinhas como o meu. Preparamos nossos figados e fomos ao evento.
Dou logo de cara com a Branca de Neve. É! O maior (masculino mesmo) do nosso grupo, mas maior em largura, não em altura. Tinha o Quico, tinha o Michael Shucmacher, tinha o soldado do exército, o integrante da mancha verde. Destaque para a fantasia do nosso amigo peludinho, que foi de "Coringa" do Batman. Muito bem produzida, dava até gosto de ver.
Algumas horas de festa decorrida, quando já estavamos todos alterados, me deparo com um monstro de odalisca, ou uma gata de odalisca após pegar fogo na cara dela e apagarem com tamancadas. O fato era: MUITO feia. Na hora que ela passou descobri que dois dos nossos já haviam tido algum affair com a moçoila. Claro que a tiração de sarro foi inevitável. Mas o destino me reservava algo com a odalisca mamute.
Dizem para as crianças nas aulas de biologia que cerveja age no nosso corpo diminuindo a liberação de vasopressina. Trocando em miúdos, eu queria muito mijar! Fui cambaleando para o banheiro. Aí que eu percebi que faltava muita vasopressina. Trocando em miúdos, eu estava MUITO bêbado. Cheguei lá me envolvi em um entrevero. São paulinos fazendo chacotas com o possível rebaixamento do Corinthians (que posteriormente vimos ser rebaixado). Não gostei das chacotas, xinguei uns dois marmanjos e saí de fininho.
Pensei comigo:
- Devo voltar aos meus amigos. Lá é seguro.
Fui ao encontro deles. No caminho esbarrei em umas 7 pessoas, falei "obrigado por ter vindo" para umas 14 garotas, derrubei a cerveja de uma japonesa e por fim, cheguei às escadas que davam acesso aos meu camaradas. Então comecei meu diálogo com os degraus. Estava concentrado neles. Não podia cair, mas eles não paravam quietos. Quando fui subitamente interrompido da minha conversa com a escada.
Sim, era ela. A odalisca versão botijão da ultragaz. Ela apoiou sua mão em meu ombro, fez menção de vir próximo ao meu ouvido esquerdo e disse:
- Bohcehaa e bulfgig velbd!
Pois é, além de muito concentrado na escada eu sou meio surdo do ouvido esquerdo. Temerosamente respondi um "Quê?" e troquei o ouvido. Ela repetiu:
- Bochechas de buldogue velho!
"Cultura Chaviniana" está na minha genética. Imediatamente percebi a piadinha feita como alusão a um dos capítulos do Chaves. Mas... por que ela?! Não tive uma reação imediata. E passado alguns instantes, tive uma reação instintiva. Só consegui proferir um:
- Saí! Eu tenho medo de você!
Atropelei a escada com quem discutia anteriormente e encontrei meus amigos. Enfim, estava seguro.
Daí em diante lembro de dançar forró com a Alice (no país das maravilhas), dançar a dança do maxixe, tentar fazer uma mímica muda falar, e proferir palavras de baixo calão para uma enfermeira.
Entre mortos e feridos, o saldo foi absolutamente positivo. E eu entrei para a história, como o "cara que tem medo da R... odalisca tamanho família"
***
Mentiras à parte, é tudo verdade!
***
quinta-feira, 5 de março de 2009
As Crônicas de um Velho Moleque
Certa noite, resolvo sair de casa para mais uma de minhas noitadas, como sempre, imagino, mas nunca tenho certeza do que me espera, uma coisa é certa, o homem sai de casa com três objetivos respectivamente:
1) Arrumar uma mulher
2) Ficar bêbado
3) Arrumar uma briga
Nunca os três juntos, é sempre um conseqüência do outro, se o homem sai e arruma uma mulher, volta pra casa com ou sem ela, se não arruma ninguém começa a ficar bêbado (na maioria das vezes propositalmente) e depois de bêbado vai sempre atrás de uma “boa” briga, coisa de homem isso de boa briga, também é história pra contar.
Bom, saio de casa sem meu carro e vou até um bar onde conheço alguns amigos, chegando lá, o corriqueiro, são 23h00 alguns já estão começando a ficar bêbados, casais se formam e nenhum sinal de briga. Entre uma dose e outra, assuntos dos mais diversos, em um bar você encontra de tudo, intelectuais, semi-analfabetos, chefes, empregados, profissões das mais curiosas, certa vez encontrei um coveiro.
Conversamos sobre tudo, futebol, música, literatura e astrologia, na verdade a astrologia é o primeiro indicativo de um porre. E depois de bêbado só existem dois assuntos:
1) Mulher
2) Revolução
Revolução, acho que esta meio fora de moda, estamos no século XXI, e eu não levo o menor jeito pra idealista, alias nesse ponto eu já estou tão bêbado que o máximo que eu posso reclamar é da cerveja estar quente tudo bem que isso pode ser o estopim de uma revolução, mas de qualquer maneira...
Um conhecido de um amigo senta na mesa e começa a se gabar por conhecer as melhores garotas da cidade, esse é um assunto que me interessa mais, só resta saber aonde elas estão e obviamente o quanto isso vai me custar!
Após a saideira, já estou no carro desse conhecido que ainda não sei o nome, alias não me lembro até hoje o nome dele, as ultimas palavras que eu ouço são: “relaxa, vocês não vão gastar nada”.
Ao acordar alem da torturante dor de cabeça, uma enorme sensação de claustrofobia, estou num lugar muito pequeno e quando levanto percebo estar dentro de um carro. Olho para os lados e não reconheço o local, demoro alguns minutos para concluir algum raciocínio, após isso desço do carro, vejo que estou em um estacionamento, ando meio que cabaleando até encontrar com um homem de terno.
Pergunto pra ele aonde estou e a resposta foi das mais avassaladoras, descubro que estou em um dos melhores puteiros da cidade e ao perguntar como fui parar ali, novamente me espanto com a resposta, o segurança diz o nome daquele conhecido com uma intimidade impar. As ultimas palavras dele voltam a tona, “Relaxa, vocês não vão pagar nada”, ou seja, tenho entrada livre no melhor puteiro, quando me dou conta da situação, o segurança diz: Mas a casa já esta fechada, aguarde seus amigos aqui fora.
Fui obrigado a partir para a terceira opção masculina numa noitada, mas arrumar briga com um segurança de puteiro eu não desejo nem pro meu pior inimigo.
1) Arrumar uma mulher
2) Ficar bêbado
3) Arrumar uma briga
Nunca os três juntos, é sempre um conseqüência do outro, se o homem sai e arruma uma mulher, volta pra casa com ou sem ela, se não arruma ninguém começa a ficar bêbado (na maioria das vezes propositalmente) e depois de bêbado vai sempre atrás de uma “boa” briga, coisa de homem isso de boa briga, também é história pra contar.
Bom, saio de casa sem meu carro e vou até um bar onde conheço alguns amigos, chegando lá, o corriqueiro, são 23h00 alguns já estão começando a ficar bêbados, casais se formam e nenhum sinal de briga. Entre uma dose e outra, assuntos dos mais diversos, em um bar você encontra de tudo, intelectuais, semi-analfabetos, chefes, empregados, profissões das mais curiosas, certa vez encontrei um coveiro.
Conversamos sobre tudo, futebol, música, literatura e astrologia, na verdade a astrologia é o primeiro indicativo de um porre. E depois de bêbado só existem dois assuntos:
1) Mulher
2) Revolução
Revolução, acho que esta meio fora de moda, estamos no século XXI, e eu não levo o menor jeito pra idealista, alias nesse ponto eu já estou tão bêbado que o máximo que eu posso reclamar é da cerveja estar quente tudo bem que isso pode ser o estopim de uma revolução, mas de qualquer maneira...
Um conhecido de um amigo senta na mesa e começa a se gabar por conhecer as melhores garotas da cidade, esse é um assunto que me interessa mais, só resta saber aonde elas estão e obviamente o quanto isso vai me custar!
Após a saideira, já estou no carro desse conhecido que ainda não sei o nome, alias não me lembro até hoje o nome dele, as ultimas palavras que eu ouço são: “relaxa, vocês não vão gastar nada”.
Ao acordar alem da torturante dor de cabeça, uma enorme sensação de claustrofobia, estou num lugar muito pequeno e quando levanto percebo estar dentro de um carro. Olho para os lados e não reconheço o local, demoro alguns minutos para concluir algum raciocínio, após isso desço do carro, vejo que estou em um estacionamento, ando meio que cabaleando até encontrar com um homem de terno.
Pergunto pra ele aonde estou e a resposta foi das mais avassaladoras, descubro que estou em um dos melhores puteiros da cidade e ao perguntar como fui parar ali, novamente me espanto com a resposta, o segurança diz o nome daquele conhecido com uma intimidade impar. As ultimas palavras dele voltam a tona, “Relaxa, vocês não vão pagar nada”, ou seja, tenho entrada livre no melhor puteiro, quando me dou conta da situação, o segurança diz: Mas a casa já esta fechada, aguarde seus amigos aqui fora.
Fui obrigado a partir para a terceira opção masculina numa noitada, mas arrumar briga com um segurança de puteiro eu não desejo nem pro meu pior inimigo.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Boas Maneiras
"Um cavalheiro é um homem que jamais bate numa mulher, sem primeiro tirar o chapéu."
- Fred Allen
***
- Fred Allen
***
Esquizofrenia
Hoje acordei anormalmente adulto. Adulto e violento. Estuprei meus sonhos antigos e os atirei, inférteis, à sarjeta. Não posso evitar. Nesta noite acontecerá uma chacina. Matarei diversos eus. Não há mais espaço, em mim, para sonhos infinitos que nunca são. Sei que vou chorar cada morte de mim, mas será apenas até morrer também este eu fresco que chora cinematograficamente por qualquer tragédia mal enunciada. Uns poucos sobreviverão para ocupar um mundo interno agora sem este ruído sem fim que em nada se concentra. Tiveram chances demais, todos eles, não é mesmo? Que exagero desmedido... Sei que eles não vão sumir. Todo ano, em alguma noite escura de lua cheia, num ritual satânico permitirei que um ou outro retorne do completo esquecimento para povoar novamente meus domínios. E será apenas a brincadeira cruel de trazê-lo ao mundo para matá-lo de novo. Quero me sentar em uma mesa com o próprio Correali do lado oposto. Vou rir dele, e ele vai rir de mim. Mas só pago a minha conta. Quero mais uma dose, depois quero não querer mais nada.
***
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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Mais Sobre a Crise
"A situação do mercado financeiro está tão feia, que já tem mulher casando por amor..."
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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Voyeurismo Extremista
Até onde chegam os limites do voyeurismo no ser humano?
Mas o que é o voyeurismo? Segundo o pai dos burros:
"voy.eu.ris.mo(vuá-ierismo) sm (fr voyeur+ismo) Psiq Excitação sexual apenas pela observação de cópula praticada por outros ou pela observação dos órgãos genitais de outrem; mixoscopia."
Trocando em miúdos, é o prazer em "olhar". Ultimamente tem virado moda nos recentes Reality Shows, onde o teor sexual fica camuflado e a vida de pessoas é exposta, em situações adversas e extremas. Quase como ratinhos dentro da gaiola de vidro, tendo seu comportamento estudado. Mas sem a história do estudo. É olhar por prazer mesmo.
Mas acredito ser inerente ao ser humano isso. Acho que todo mundo é um pouco voyeur. Globalização e tecnologia só tornam esta tônica mais evidente. E crescente. E do crescimento surgem oportunidades. Havendo público, há interesse da mídia divulgar, e há interesse de pessoas comuns em se exibir, em troca de dinheiro, fama (é o instinto voyeur que está criando celebridades ultimamente?) e ascensão social.
Hoje se vê muita gente vendendo seu cotidiano, sua personalidade, sua psique, para uma emissora de televisão em troca de alguns trocados (que nem sempre são só alguns) e quinze minutos de fama.
Mas por estes dias navegando pela Internet, acabei me deparando com uma manchete que me chamou atenção. A manchete dizia assim: "Uma celebridade britânica prepara-se para morrer para as cameras". Despertou minha curiosidade e fui ler.
Confesso que fiquei perplexo. Uma inglesa de 27, "ex-BBB Inglaterra" (termo comum esse já!), em estado terminal de câncer, resolveu expor seus últimos dias de vida num reality show. Exatamente, morrer para a nação ver. E pior, ela vende sua história de vida desde que descobriu que era doente. Um canal de TV pago acompanha todo o avanço e luta contra o câncer.
Em uma parte da reportagem a inglesa comenta:
"Passei toda a minha vida adulta falando exatamente sobre a minha vida", explicou ela no último domingo no programa The News of the World, um dos canais de mídia que comprou os direitos para transmitir a sua história de fim de vida. "Eu vivi em frente às câmeras. E talvez morra em frente a elas".
Chega ser bizarro. Extremamente mórbido. E por isso me questionei. A que ponto pode chegar a curiosidade de ver o outro, de acompanhar uma vida alheia quando é estimulada? Daqui a pouco vai ter gente dando audiência para o "Reality Velório" ou para o "A Vida Intestinal de Joãozinho".
Essa é uma discussão muito abrangente, muito maior do que este caso isolado da "moribunda das telinhas". É comportamental. Do comportamento de quem se expõe e do comportamento de quem dá audiência.
Estou me perdendo já nas minhas ideias, porque isso da muito pano para a manga. Então, se quiser conversar sobre o assunto, me liga!
***
Segue a reportagem na integra:
***
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Provérbio Tibetano
Caro Correali,
Venho através desta dizer, que de acordo com o provérbio escocês citado anteriormente, eu me julgo praticamente um monge tibetano de tão confiavel!!!
E trago um provérbio que aprendi com os antigos anciãos:
"Tudo aquilo que algum filho da puta diz que é urgente, sempre é algo que algum imbecil deixou de fazer em tempo habil e quer que você se foda pra fazer em tempo recorde"
Que os ventos da colina lhe acompanhe...
Venho através desta dizer, que de acordo com o provérbio escocês citado anteriormente, eu me julgo praticamente um monge tibetano de tão confiavel!!!
E trago um provérbio que aprendi com os antigos anciãos:
"Tudo aquilo que algum filho da puta diz que é urgente, sempre é algo que algum imbecil deixou de fazer em tempo habil e quer que você se foda pra fazer em tempo recorde"
Que os ventos da colina lhe acompanhe...
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Provérbio Escocês
"Nunca confie em um homem que não bebe"
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Seríamos então as pessoas mais confiáveis do mundo, Oddone?
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Seríamos então as pessoas mais confiáveis do mundo, Oddone?
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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
A falta que faz cinco reais
Após quatro árduos anos de uma faculdade de administração de empresas, é chegada a hora da comemoração, colação de grau, festa de formatura essas coisas que você espera uma vida inteira para fazer.
Pois é, essa semana foi a colação de grau do meu primo. Me preparei a semana inteira para esse evento, falei com meu chefe para sair mas cedo do trabalho, pois não queria atrasar de maneira nenhuma, afinal a primeira formatura a gente não esquece e sabia que minha presença era importante pra ele.
Saio do trabalho com uma hora de antecedência, tinha o mapa em minhas mãos para não correr o risco de errar o caminho, paro em um caixa eletrônico para tirar o dinheiro do estacionamento, pensei, vou tirar vinte reais que esta mais do que bem pago para um estacionamento normal.
Chego na rua do evento, e paro o carro no primeiro estacionamento que vejo, entro paro o carro em uma vaga qualquer, ao sair, passo no caixa para retirar minha ficha e o funcionário responde, são vinte e cinco reais em dinheiro... pensa num desespero, não tinha da onde eu tirar esses cinco reais, não aceitava cartão, nem cheque e eu não tinha cinco reais em lugar algum.
A fila se estende pelo estacionamento e de quebra começa a chover. As pessoas começam a reclamar dizendo para o atendimento ir mais rápido, sai de lado e esperei um por uma pagar o valor necessário pra deixar o seu veiculo parado naquele recinto. E eu é claro debaixo de chuva, com uma camisa branca.
Uma moça que esta próxima, atende o celular eu sem intenção fico de ouvido na conversa dela, e ouço a seguinte frase, ai ta começando já, espera um pouco que eu estou no estacionamento e já entro, um sentimento de raiva tomou conta da minha pessoa, mas era uma mistura de sentimento na verdade, tinha um certo tom de incompetência, não sei ao certo.
Após uma hora de espera, o estacionamento vai esvaziando aos pouco e eu me encontro sozinho, sem os malditos cinco reais. Começa o evento, ouço a musica de abertura do lado de fora, tento de todas as maneiras convencer o funcionário que eu só preciso entrar na formatura para pegar dinheiro emprestado com algum parente meu que esteja lá dentro.
Sem acordo fico lá sentado num banco com cara de mendigo esperando por uma nota cair do céu. Após algumas horas, um serie de pessoas começa a sair do estabelecimento e eu em desespero fico na calçada esperando por uma boa alma, quando de longe avisto meus avós andando a caminho de um ponto de táxi que se encontrava alguns metros após o estacionamento que eu estava, grito e eles vem em minha direção, com caras de assustados quando eles iam perguntar o que tinha acontecido eu digo, vô, o senhor me empresta cinco reais, com o estacionamento pago, afinal não fui na colação, mas meu carro ficou parado lá por pelo menos três horas.
Ofereço uma carona aos meus avós, e eles dizem que o meu primo, que tinha acabado de se forma os tinha convidado para uma pizza e que era pra eu ir junto, cheio de vergonha pensei em recusar, mas não podia deixar de dar uma abraço de parabéns no formando em questão. No caminho da pizzaria penso, agora eu to tranquilo, não importa o preço do estacionamento que quem vai pagar é o meu Avô. Chegando na pizzaria paro o carro no serviço de valet e ao descer do carro minha primeira pergunta é: Quanto custa o estacionamento? E de todas as respostas possíveis, veio a mais humilhante de todas: Nada senhor, o serviço aqui é grátis! Pois bem, eu queria no mínimo, me jogar de uma ponte!
Pois é, essa semana foi a colação de grau do meu primo. Me preparei a semana inteira para esse evento, falei com meu chefe para sair mas cedo do trabalho, pois não queria atrasar de maneira nenhuma, afinal a primeira formatura a gente não esquece e sabia que minha presença era importante pra ele.
Saio do trabalho com uma hora de antecedência, tinha o mapa em minhas mãos para não correr o risco de errar o caminho, paro em um caixa eletrônico para tirar o dinheiro do estacionamento, pensei, vou tirar vinte reais que esta mais do que bem pago para um estacionamento normal.
Chego na rua do evento, e paro o carro no primeiro estacionamento que vejo, entro paro o carro em uma vaga qualquer, ao sair, passo no caixa para retirar minha ficha e o funcionário responde, são vinte e cinco reais em dinheiro... pensa num desespero, não tinha da onde eu tirar esses cinco reais, não aceitava cartão, nem cheque e eu não tinha cinco reais em lugar algum.
A fila se estende pelo estacionamento e de quebra começa a chover. As pessoas começam a reclamar dizendo para o atendimento ir mais rápido, sai de lado e esperei um por uma pagar o valor necessário pra deixar o seu veiculo parado naquele recinto. E eu é claro debaixo de chuva, com uma camisa branca.
Uma moça que esta próxima, atende o celular eu sem intenção fico de ouvido na conversa dela, e ouço a seguinte frase, ai ta começando já, espera um pouco que eu estou no estacionamento e já entro, um sentimento de raiva tomou conta da minha pessoa, mas era uma mistura de sentimento na verdade, tinha um certo tom de incompetência, não sei ao certo.
Após uma hora de espera, o estacionamento vai esvaziando aos pouco e eu me encontro sozinho, sem os malditos cinco reais. Começa o evento, ouço a musica de abertura do lado de fora, tento de todas as maneiras convencer o funcionário que eu só preciso entrar na formatura para pegar dinheiro emprestado com algum parente meu que esteja lá dentro.
Sem acordo fico lá sentado num banco com cara de mendigo esperando por uma nota cair do céu. Após algumas horas, um serie de pessoas começa a sair do estabelecimento e eu em desespero fico na calçada esperando por uma boa alma, quando de longe avisto meus avós andando a caminho de um ponto de táxi que se encontrava alguns metros após o estacionamento que eu estava, grito e eles vem em minha direção, com caras de assustados quando eles iam perguntar o que tinha acontecido eu digo, vô, o senhor me empresta cinco reais, com o estacionamento pago, afinal não fui na colação, mas meu carro ficou parado lá por pelo menos três horas.
Ofereço uma carona aos meus avós, e eles dizem que o meu primo, que tinha acabado de se forma os tinha convidado para uma pizza e que era pra eu ir junto, cheio de vergonha pensei em recusar, mas não podia deixar de dar uma abraço de parabéns no formando em questão. No caminho da pizzaria penso, agora eu to tranquilo, não importa o preço do estacionamento que quem vai pagar é o meu Avô. Chegando na pizzaria paro o carro no serviço de valet e ao descer do carro minha primeira pergunta é: Quanto custa o estacionamento? E de todas as respostas possíveis, veio a mais humilhante de todas: Nada senhor, o serviço aqui é grátis! Pois bem, eu queria no mínimo, me jogar de uma ponte!
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