Há algumas semanas atrás postei aqui uma brincadeira sobre igrejas evangélicas. No fim das contas acabei refletindo sobre o assunto o que gerou um post sério.
Nessas reflexões o primeiro questionamento encontrado foi por que algo que têm uma definição tão abstrata e inerentemente egoísta que é "o bem", é tido como principal no projeto da existência divina?
De uns tempos para cá eu passei e me dizer por aí agnóstico. É fácil por ser politicamente correto e cientificamente prudente. Nós não podemos provar a existência de deus, mas também não podemos provar a sua não existência.
Eu continuo acreditando na existência de um criador que esteja por aí, de qualquer tipo que seja. Contudo não acho válida nenhuma explicação religiosa que possuímos na cultura do ser humano. Em nenhuma de suas mais diversas vertentes. Claro que eu não conheço todas, mas até agora nenhuma me tocou.
Por quê? As instituições religiosas são o problema. Para ser mais claro, a "igreja" é o problema. As instituições religiosas, na realidade, não estão nem aí para o deus que elas cultuam. Na verdade elas dizem respeito a valores, esperanças e carências humanas, e não à interpretação e entendimento das forças superiores, quaisquer estas que sejam. Sempre nas religiões as palavras ditas por um homem importante ou mitológico tem mais importância que as próprias manifestações da natureza.
Com base nas falhas e anseios humanos e utilizando-se das figuras mitológicas e seus discursos baseados no "bem tendencioso" de cada instituição são criados os dogmas. Tendo estes pilares é simples recrutar fieis devido a um pequeno conforto diante dos medos e angustias que o desconhecido nos traz.
Mas vamos pensar de outra forma. Se deus existir, suas manifestações se dão pela totalidade dos fenômenos naturais que nos cercam. Newton acreditava em deus e escreveu seus princípios buscando entender a obra do criador. Newton dessa forma, foi de uma religiosidade mais sóbria de qualquer papa que já vi por aí. Para que temos uma manual de instruções (leia-se bíblia) se deus está em toda parte, e podemos fuçar no mundo e descobrir por nós mesmo suas estruturas e desígnios?
Estamos melhor sem um "deus entidade". Sem ele a vida está por nossa conta e devemos admitir isso. A felicidade continua sendo desejável pela simples razão de nos sentirmos bem. Estando felizes, seria estúpido agir contra isso, principalmente se não há uma eternidade pós vida para reconsiderarmos tudo. Aqueles desejos de paz mundial e "altruísmos de fundo egoísta" continuam tendo seu espaço, só que com bases lógicas. Sem deus por perto e sem nossas preces covardes, somos forçados a reconhecer que estes fins dependem única e exclusivamente de nós. Da mesma forma, adotamos a ausência do diabo, anticristo ou o diabo que seja, admitimos que se há um inimigo, ele co-habita esta Terra com a gente. O mesmo aqui-e-agora que eu e você. Mas vejam o lado bom, é mais fácil combater um inimigo desses, do que o um chifrudo fedido que mora no fogo.
Portanto, se você leva à sério seus valores religiosos, por questões práticas de como obter o melhor desse mundo, deixe de lado sua crença em deus e comece a agir como se só houvesse essa vida para você desfrutar e fazer tudo que tem vontade. Se deus existir, ele vai entender.
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