quinta-feira, 5 de março de 2009

As Crônicas de um Velho Moleque

Certa noite, resolvo sair de casa para mais uma de minhas noitadas, como sempre, imagino, mas nunca tenho certeza do que me espera, uma coisa é certa, o homem sai de casa com três objetivos respectivamente:
1) Arrumar uma mulher
2) Ficar bêbado
3) Arrumar uma briga
Nunca os três juntos, é sempre um conseqüência do outro, se o homem sai e arruma uma mulher, volta pra casa com ou sem ela, se não arruma ninguém começa a ficar bêbado (na maioria das vezes propositalmente) e depois de bêbado vai sempre atrás de uma “boa” briga, coisa de homem isso de boa briga, também é história pra contar.
Bom, saio de casa sem meu carro e vou até um bar onde conheço alguns amigos, chegando lá, o corriqueiro, são 23h00 alguns já estão começando a ficar bêbados, casais se formam e nenhum sinal de briga. Entre uma dose e outra, assuntos dos mais diversos, em um bar você encontra de tudo, intelectuais, semi-analfabetos, chefes, empregados, profissões das mais curiosas, certa vez encontrei um coveiro.
Conversamos sobre tudo, futebol, música, literatura e astrologia, na verdade a astrologia é o primeiro indicativo de um porre. E depois de bêbado só existem dois assuntos:
1) Mulher
2) Revolução
Revolução, acho que esta meio fora de moda, estamos no século XXI, e eu não levo o menor jeito pra idealista, alias nesse ponto eu já estou tão bêbado que o máximo que eu posso reclamar é da cerveja estar quente tudo bem que isso pode ser o estopim de uma revolução, mas de qualquer maneira...
Um conhecido de um amigo senta na mesa e começa a se gabar por conhecer as melhores garotas da cidade, esse é um assunto que me interessa mais, só resta saber aonde elas estão e obviamente o quanto isso vai me custar!
Após a saideira, já estou no carro desse conhecido que ainda não sei o nome, alias não me lembro até hoje o nome dele, as ultimas palavras que eu ouço são: “relaxa, vocês não vão gastar nada”.
Ao acordar alem da torturante dor de cabeça, uma enorme sensação de claustrofobia, estou num lugar muito pequeno e quando levanto percebo estar dentro de um carro. Olho para os lados e não reconheço o local, demoro alguns minutos para concluir algum raciocínio, após isso desço do carro, vejo que estou em um estacionamento, ando meio que cabaleando até encontrar com um homem de terno.
Pergunto pra ele aonde estou e a resposta foi das mais avassaladoras, descubro que estou em um dos melhores puteiros da cidade e ao perguntar como fui parar ali, novamente me espanto com a resposta, o segurança diz o nome daquele conhecido com uma intimidade impar. As ultimas palavras dele voltam a tona, “Relaxa, vocês não vão pagar nada”, ou seja, tenho entrada livre no melhor puteiro, quando me dou conta da situação, o segurança diz: Mas a casa já esta fechada, aguarde seus amigos aqui fora.
Fui obrigado a partir para a terceira opção masculina numa noitada, mas arrumar briga com um segurança de puteiro eu não desejo nem pro meu pior inimigo.

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