Andei pensando esses dias, e cheguei a seguinte conclusão:
Tudo o que eu mais gosto nesse mundo começa com a letra “M”.
Por exemplo:
De todas as bandas do mundo, a que eu mais gosto é o Metallica
De todas as frutas do mundo, a que eu mais gosto é a Manga
De todas as baladas do mundo, a que eu mais gosto é o Matrix
De todos os vídeo-games do mundo, o que eu mais gosto é o Mega Drive
De todos os animais do mundo, o que eu mais gosto é o Macaco
De todos os bairros do mundo, o que eu mais gosto é a Mooca
De todas as praias do mundo, a que eu mais gosto é Maresias
De todas as comidas do mundo, a que eu mais gosto é o Macarrão
De todos os carros do mundo, o que eu mais gosto é o Maverick
De todas as cores do mundo, a que eu mais gosto é o Marrom
De todas as mulheres do mundo, a que eu mais gosto é a Mariana.
terça-feira, 31 de março de 2009
segunda-feira, 30 de março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
Convite para o bar
Recebi um convite para tomar cerveja por e-mail. Foi mais ou menos assim:
"Acabei de voltar da minha consulta com o médico. Otorrino. Estava com uma secura na boca e na garganta que não passava fazem dias. Meu quadro já era considerado crítico, devido uma tosse contínua e que já me enchia o saco! Fiquei preocupado quando o doutor alegou que estava desconfiado do motivo desta secura, porém não queria tomar nenhuma conclusão precipitada. Mas afinal, o que seria esta porra? Perguntei a ele se havia algum medicamento de ação imediata para aliviar esta sensação um tanto quanto desagradável.
- O senhor é religioso acirro? -- perguntou-me o médico.
- Não doutor. Tenho minhas crenças, mas nada de extremismos.
- Então, por obséquio, dirija-se até aquele armário e pegue um copo.
Desconfiado, acatei o pedido do doutor. Este, simultaneamente, encaminhava-se a um pequeno frigobar que tinha em seu consultório.
- Estenda esse copo! - ordenou o médico com veemência.
Com o copo estendido, o doutor começou a servir uma geladíssima dose de seu remédio.
- Agora bebe!
Não precisava mandar duas vezes. Mandei aquela dose goela a baixo. O doutor abriu um sorriso.
- E então?
- Meu Deus, doutor... mas que remédio milagroso é esse?
- Cerveja, meu filho...
Porém o doutor tratou de moderar minha euforia, alertando-me que o tratamento não se resumia a essa dose dessa tal de cerveja. Prescreveu-me um tratamento pesado, com doses cavalares do remédio. Alertou-me também de como este remédio deveria ser administrado: com acompanhamento de familiares ou amigos, e também evitar dirigir.
Então... alguém me ajuda com o tratamento?
Taxi."
Genial, não?
***
Alguém tinha dúvida que era do Taxi?
***
"Acabei de voltar da minha consulta com o médico. Otorrino. Estava com uma secura na boca e na garganta que não passava fazem dias. Meu quadro já era considerado crítico, devido uma tosse contínua e que já me enchia o saco! Fiquei preocupado quando o doutor alegou que estava desconfiado do motivo desta secura, porém não queria tomar nenhuma conclusão precipitada. Mas afinal, o que seria esta porra? Perguntei a ele se havia algum medicamento de ação imediata para aliviar esta sensação um tanto quanto desagradável.
- O senhor é religioso acirro? -- perguntou-me o médico.
- Não doutor. Tenho minhas crenças, mas nada de extremismos.
- Então, por obséquio, dirija-se até aquele armário e pegue um copo.
Desconfiado, acatei o pedido do doutor. Este, simultaneamente, encaminhava-se a um pequeno frigobar que tinha em seu consultório.
- Estenda esse copo! - ordenou o médico com veemência.
Com o copo estendido, o doutor começou a servir uma geladíssima dose de seu remédio.
- Agora bebe!
Não precisava mandar duas vezes. Mandei aquela dose goela a baixo. O doutor abriu um sorriso.
- E então?
- Meu Deus, doutor... mas que remédio milagroso é esse?
- Cerveja, meu filho...
Porém o doutor tratou de moderar minha euforia, alertando-me que o tratamento não se resumia a essa dose dessa tal de cerveja. Prescreveu-me um tratamento pesado, com doses cavalares do remédio. Alertou-me também de como este remédio deveria ser administrado: com acompanhamento de familiares ou amigos, e também evitar dirigir.
Então... alguém me ajuda com o tratamento?
Taxi."
Genial, não?
***
Alguém tinha dúvida que era do Taxi?
***
terça-feira, 17 de março de 2009
Curso de Línguas
Estes dias me peguei pensando em entrar em um curso de línguas. Aprender algum léxico estrangeiro, concordância, morfologia. A principio interessante, mas após me lembrar sobre como estes cursos são ministrados percebi porque nunca me interessei em me inscrever em um.
Diálogos impeditivos como este:
- Têm alguém nesta sala
- Sim, têm alguém.
- Há quantas pessoas.
- Há sete pessoas.
- Quantas escrivaninhas há?
- Há duas escrivaninhas.
- Há quantas cadeiras?
- Há quatro cadeiras.
- O que há na parede?
- Na parede há alguns quadros e um relógio.
- São três e meia.
- Há alguém neste escritório?
- Não, agora não há ninguém.
- Há alguma coisa sobre a mesa?
- Sim, há alguma coisa.
- Há várias coisas: flores e uma garrafa de vinho.
- Há alguma coisa sobre a cadeira?
- Não, não há nada. Nada mesmo.
Pois em diálogos como este, eu acabo elucubrando a seguinte cena:
Um homem de um metro e oitenta e três de altura, distinto, vestindo terno e gravata entra na sala. Para diante da escrivaninha, onde se encontra uma senhora baixa, feia e mal encarada, com a maquiagem mal feita entretida nos seus afazeres. O homem olha por ela cerca de treze segundos e pergunta:
- Têm alguém nesta sala?
A cena fica estática por mais oito segundos, quando a senhora responde de forma ríspida de displicente:
- Sim, têm alguém.
Por alguns instantes o homem considera ir embora, mas sem saber exatamente o porquê, continua mantendo contato com a velha senhora:
- Quantas pessoas há?
A resposta já não demora tanto. Contudo ainda em tom de má vontade, mas sem perder a rispidez:
- Há sete pessoas.
Sem ainda saber o motivo de estar diante daquela escrivaninha mantendo contato com tão mal encarada senhora, surge na ponta da sua língua outra pergunta, a qual é cuspida de forma rápida e direta:
-Quantas escrivaninhas há?
- Há duas escrivaninhas! Por quê? O senhor é da polícia? Da ABIN?
Já sem se questionar, mas sem ainda encontra uma justificativa, ignora a contra pergunta da senhora e embala no interrogatório.
- Há quantas cadeiras?
- Há quatro cadeiras - responde, mas já se intimidando a senhora.
A senhora já está mostrando impaciência e desconfiança. Parece estar mascando um chiclete, mas ele sabe que não está. E a sabatina continua:
- O que há na parede?
Agora a resposta é aos berros, ausente de qualquer resquício de paciência:
- O senhor é cego? Há alguns quadros na parede. E um relógio!!
- São três e meia - conclui o homem.
- Então o senhor recobrou a visão? E ainda leu o relógio! Parabéns! - ironiza a velha senhora.
Apesar da falta de educação da senhora, centrado como um monge tibetano o homem prossegue com seu variado "quiz":
- Há alguém neste escritório?
Cada vez mais irritada, a senhora joga as mãos para cima, balbuciando um "puta que me pariu!", e responde sem gritar:
- Não, agora não há ninguém.
- Há alguma coisa sobre a mesa?
- Sim, há alguma coisa.
O homem não satisfeito com a resposta aponta para os itens que repousavam sobre a escrivaninha da senhora, como que pedindo para ela ser mais específica em suas respostas.
- Há várias coisas. Flores e uma garrafa de vinho. Mas por que o senhor não diz logo o que você quer? Eu não tenho o dia todo para ficar perdendo com palhaçadas como esta. Se continuar aí perguntando sem me explicar porque nos procurou, vou chamar a polícia! O manicômio! Ou até mesmo o doutor Oswaldo, assim que ele voltar!
- Onde ele foi?
- Comprar escrivaninhas!
- Há alguma coisa sobre a cadeira?
E assim se deu a completa perda de razão da senhora, que explodiu. Sem levantar da cadeira, berrando o máximo que sua garganta aguenta respondeu à pergunta cretina do homem:
- De novo com essas perguntas? Que cadeira? A minha? Olha o meu tamanho senhor!! Se eu não sou alguma coisa, então sou... Mas que porra de pergunta é essa? Algum freudianismo existencialista? Certamente não é uma descrição parnasiana dos seus arredores, pois o senhor é mais limitado de pergunta do que nós somos de escrivaninhas! Quer uma descrição física do que há na cadeira? Há noventa e quatro quilos de carne, e um monte de gordura antes que o senhor diga! Noventa e quatro quilos de carne que vem aqui todo santo dia pontualmente às oito horas da manhã, e precisa ficar aqui até as dezessete horas aturando imbecis como o senhor. Sou mãe de família, preciso cuidar dos meus filhos, aturar o doutor Oswaldo, assinar uns papeis e sempre pagar propina quando chega um fiscal, em frente das próprias câmeras de segurança. Tudo isso para no dia do meu aniversário eu ganhar de presente umas florzinhas michas e uma porcaria de vinho da promoção do Carrefour. Quer saber o que tem nessa cadeira além de tanta carne e gordura? Há um retrato metafórico de uma infância feliz, que teve seus sonhos lacerados por um desenvolvimento humano sem oportunidades, culminando em um cotidiano medíocre que acorrenta qualquer coisa em mim que demonstre o mínimo de originalidade. Mas há também nesta bosta de cadeira, esperança e sonhos ainda não maduros de momentos felizes em viagens a lugares bonitos, com pessoas não tão imbecis como o senhor. Vamos observar o por do sol e ignorar a ironia da nossa civilização que se autodestrói enquanto elucubra uma explicação transcendental para o sentido da vida.
O homem ali parado, ouvindo sem perplexidade nenhuma os comentários da senhora retruca:
- Não, não há nada. Nada mesmo.
E sai da sala sem demonstrar nenhuma comoção.
A senhora ataca o vaso de flores no chão desesperada, tenta se aliviar com alguns gritos histéricos, abre a gaveta e toma meio vidro de antidepressivos.
***
Diálogos impeditivos como este:
- Têm alguém nesta sala
- Sim, têm alguém.
- Há quantas pessoas.
- Há sete pessoas.
- Quantas escrivaninhas há?
- Há duas escrivaninhas.
- Há quantas cadeiras?
- Há quatro cadeiras.
- O que há na parede?
- Na parede há alguns quadros e um relógio.
- São três e meia.
- Há alguém neste escritório?
- Não, agora não há ninguém.
- Há alguma coisa sobre a mesa?
- Sim, há alguma coisa.
- Há várias coisas: flores e uma garrafa de vinho.
- Há alguma coisa sobre a cadeira?
- Não, não há nada. Nada mesmo.
Pois em diálogos como este, eu acabo elucubrando a seguinte cena:
Um homem de um metro e oitenta e três de altura, distinto, vestindo terno e gravata entra na sala. Para diante da escrivaninha, onde se encontra uma senhora baixa, feia e mal encarada, com a maquiagem mal feita entretida nos seus afazeres. O homem olha por ela cerca de treze segundos e pergunta:
- Têm alguém nesta sala?
A cena fica estática por mais oito segundos, quando a senhora responde de forma ríspida de displicente:
- Sim, têm alguém.
Por alguns instantes o homem considera ir embora, mas sem saber exatamente o porquê, continua mantendo contato com a velha senhora:
- Quantas pessoas há?
A resposta já não demora tanto. Contudo ainda em tom de má vontade, mas sem perder a rispidez:
- Há sete pessoas.
Sem ainda saber o motivo de estar diante daquela escrivaninha mantendo contato com tão mal encarada senhora, surge na ponta da sua língua outra pergunta, a qual é cuspida de forma rápida e direta:
-Quantas escrivaninhas há?
- Há duas escrivaninhas! Por quê? O senhor é da polícia? Da ABIN?
Já sem se questionar, mas sem ainda encontra uma justificativa, ignora a contra pergunta da senhora e embala no interrogatório.
- Há quantas cadeiras?
- Há quatro cadeiras - responde, mas já se intimidando a senhora.
A senhora já está mostrando impaciência e desconfiança. Parece estar mascando um chiclete, mas ele sabe que não está. E a sabatina continua:
- O que há na parede?
Agora a resposta é aos berros, ausente de qualquer resquício de paciência:
- O senhor é cego? Há alguns quadros na parede. E um relógio!!
- São três e meia - conclui o homem.
- Então o senhor recobrou a visão? E ainda leu o relógio! Parabéns! - ironiza a velha senhora.
Apesar da falta de educação da senhora, centrado como um monge tibetano o homem prossegue com seu variado "quiz":
- Há alguém neste escritório?
Cada vez mais irritada, a senhora joga as mãos para cima, balbuciando um "puta que me pariu!", e responde sem gritar:
- Não, agora não há ninguém.
- Há alguma coisa sobre a mesa?
- Sim, há alguma coisa.
O homem não satisfeito com a resposta aponta para os itens que repousavam sobre a escrivaninha da senhora, como que pedindo para ela ser mais específica em suas respostas.
- Há várias coisas. Flores e uma garrafa de vinho. Mas por que o senhor não diz logo o que você quer? Eu não tenho o dia todo para ficar perdendo com palhaçadas como esta. Se continuar aí perguntando sem me explicar porque nos procurou, vou chamar a polícia! O manicômio! Ou até mesmo o doutor Oswaldo, assim que ele voltar!
- Onde ele foi?
- Comprar escrivaninhas!
- Há alguma coisa sobre a cadeira?
E assim se deu a completa perda de razão da senhora, que explodiu. Sem levantar da cadeira, berrando o máximo que sua garganta aguenta respondeu à pergunta cretina do homem:
- De novo com essas perguntas? Que cadeira? A minha? Olha o meu tamanho senhor!! Se eu não sou alguma coisa, então sou... Mas que porra de pergunta é essa? Algum freudianismo existencialista? Certamente não é uma descrição parnasiana dos seus arredores, pois o senhor é mais limitado de pergunta do que nós somos de escrivaninhas! Quer uma descrição física do que há na cadeira? Há noventa e quatro quilos de carne, e um monte de gordura antes que o senhor diga! Noventa e quatro quilos de carne que vem aqui todo santo dia pontualmente às oito horas da manhã, e precisa ficar aqui até as dezessete horas aturando imbecis como o senhor. Sou mãe de família, preciso cuidar dos meus filhos, aturar o doutor Oswaldo, assinar uns papeis e sempre pagar propina quando chega um fiscal, em frente das próprias câmeras de segurança. Tudo isso para no dia do meu aniversário eu ganhar de presente umas florzinhas michas e uma porcaria de vinho da promoção do Carrefour. Quer saber o que tem nessa cadeira além de tanta carne e gordura? Há um retrato metafórico de uma infância feliz, que teve seus sonhos lacerados por um desenvolvimento humano sem oportunidades, culminando em um cotidiano medíocre que acorrenta qualquer coisa em mim que demonstre o mínimo de originalidade. Mas há também nesta bosta de cadeira, esperança e sonhos ainda não maduros de momentos felizes em viagens a lugares bonitos, com pessoas não tão imbecis como o senhor. Vamos observar o por do sol e ignorar a ironia da nossa civilização que se autodestrói enquanto elucubra uma explicação transcendental para o sentido da vida.
O homem ali parado, ouvindo sem perplexidade nenhuma os comentários da senhora retruca:
- Não, não há nada. Nada mesmo.
E sai da sala sem demonstrar nenhuma comoção.
A senhora ataca o vaso de flores no chão desesperada, tenta se aliviar com alguns gritos histéricos, abre a gaveta e toma meio vidro de antidepressivos.
***
quarta-feira, 11 de março de 2009
Crônicas de outro velho moleque...
Festas à fantasia são muito boas. Afirmativa esta, muito pronunciada por aí. E baseado nela que aceitei ir em uma. A primeira da minha vida.
- Vai ser muito bom!! Eu vou com você na Ladeira Porto Geral comprar uma fantasia.
E numa rápida ida ao centro de São Paulo resolvemos o problema da minha falta de fantasia. Eu iria de Quico. Sim, aquele do Chaves.
Como toda boa festa à fantasia, esta também era "open bar". Bebida à vontade. Vodka, Cerveja, drinks dos mais variados tipos. Uma maravilha para um grupo de carinhas como o meu. Preparamos nossos figados e fomos ao evento.
Dou logo de cara com a Branca de Neve. É! O maior (masculino mesmo) do nosso grupo, mas maior em largura, não em altura. Tinha o Quico, tinha o Michael Shucmacher, tinha o soldado do exército, o integrante da mancha verde. Destaque para a fantasia do nosso amigo peludinho, que foi de "Coringa" do Batman. Muito bem produzida, dava até gosto de ver.
Algumas horas de festa decorrida, quando já estavamos todos alterados, me deparo com um monstro de odalisca, ou uma gata de odalisca após pegar fogo na cara dela e apagarem com tamancadas. O fato era: MUITO feia. Na hora que ela passou descobri que dois dos nossos já haviam tido algum affair com a moçoila. Claro que a tiração de sarro foi inevitável. Mas o destino me reservava algo com a odalisca mamute.
Dizem para as crianças nas aulas de biologia que cerveja age no nosso corpo diminuindo a liberação de vasopressina. Trocando em miúdos, eu queria muito mijar! Fui cambaleando para o banheiro. Aí que eu percebi que faltava muita vasopressina. Trocando em miúdos, eu estava MUITO bêbado. Cheguei lá me envolvi em um entrevero. São paulinos fazendo chacotas com o possível rebaixamento do Corinthians (que posteriormente vimos ser rebaixado). Não gostei das chacotas, xinguei uns dois marmanjos e saí de fininho.
Pensei comigo:
- Devo voltar aos meus amigos. Lá é seguro.
Fui ao encontro deles. No caminho esbarrei em umas 7 pessoas, falei "obrigado por ter vindo" para umas 14 garotas, derrubei a cerveja de uma japonesa e por fim, cheguei às escadas que davam acesso aos meu camaradas. Então comecei meu diálogo com os degraus. Estava concentrado neles. Não podia cair, mas eles não paravam quietos. Quando fui subitamente interrompido da minha conversa com a escada.
Sim, era ela. A odalisca versão botijão da ultragaz. Ela apoiou sua mão em meu ombro, fez menção de vir próximo ao meu ouvido esquerdo e disse:
- Bohcehaa e bulfgig velbd!
Pois é, além de muito concentrado na escada eu sou meio surdo do ouvido esquerdo. Temerosamente respondi um "Quê?" e troquei o ouvido. Ela repetiu:
- Bochechas de buldogue velho!
"Cultura Chaviniana" está na minha genética. Imediatamente percebi a piadinha feita como alusão a um dos capítulos do Chaves. Mas... por que ela?! Não tive uma reação imediata. E passado alguns instantes, tive uma reação instintiva. Só consegui proferir um:
- Saí! Eu tenho medo de você!
Atropelei a escada com quem discutia anteriormente e encontrei meus amigos. Enfim, estava seguro.
Daí em diante lembro de dançar forró com a Alice (no país das maravilhas), dançar a dança do maxixe, tentar fazer uma mímica muda falar, e proferir palavras de baixo calão para uma enfermeira.
Entre mortos e feridos, o saldo foi absolutamente positivo. E eu entrei para a história, como o "cara que tem medo da R... odalisca tamanho família"
***
Mentiras à parte, é tudo verdade!
***
- Vai ser muito bom!! Eu vou com você na Ladeira Porto Geral comprar uma fantasia.
E numa rápida ida ao centro de São Paulo resolvemos o problema da minha falta de fantasia. Eu iria de Quico. Sim, aquele do Chaves.
Como toda boa festa à fantasia, esta também era "open bar". Bebida à vontade. Vodka, Cerveja, drinks dos mais variados tipos. Uma maravilha para um grupo de carinhas como o meu. Preparamos nossos figados e fomos ao evento.
Dou logo de cara com a Branca de Neve. É! O maior (masculino mesmo) do nosso grupo, mas maior em largura, não em altura. Tinha o Quico, tinha o Michael Shucmacher, tinha o soldado do exército, o integrante da mancha verde. Destaque para a fantasia do nosso amigo peludinho, que foi de "Coringa" do Batman. Muito bem produzida, dava até gosto de ver.
Algumas horas de festa decorrida, quando já estavamos todos alterados, me deparo com um monstro de odalisca, ou uma gata de odalisca após pegar fogo na cara dela e apagarem com tamancadas. O fato era: MUITO feia. Na hora que ela passou descobri que dois dos nossos já haviam tido algum affair com a moçoila. Claro que a tiração de sarro foi inevitável. Mas o destino me reservava algo com a odalisca mamute.
Dizem para as crianças nas aulas de biologia que cerveja age no nosso corpo diminuindo a liberação de vasopressina. Trocando em miúdos, eu queria muito mijar! Fui cambaleando para o banheiro. Aí que eu percebi que faltava muita vasopressina. Trocando em miúdos, eu estava MUITO bêbado. Cheguei lá me envolvi em um entrevero. São paulinos fazendo chacotas com o possível rebaixamento do Corinthians (que posteriormente vimos ser rebaixado). Não gostei das chacotas, xinguei uns dois marmanjos e saí de fininho.
Pensei comigo:
- Devo voltar aos meus amigos. Lá é seguro.
Fui ao encontro deles. No caminho esbarrei em umas 7 pessoas, falei "obrigado por ter vindo" para umas 14 garotas, derrubei a cerveja de uma japonesa e por fim, cheguei às escadas que davam acesso aos meu camaradas. Então comecei meu diálogo com os degraus. Estava concentrado neles. Não podia cair, mas eles não paravam quietos. Quando fui subitamente interrompido da minha conversa com a escada.
Sim, era ela. A odalisca versão botijão da ultragaz. Ela apoiou sua mão em meu ombro, fez menção de vir próximo ao meu ouvido esquerdo e disse:
- Bohcehaa e bulfgig velbd!
Pois é, além de muito concentrado na escada eu sou meio surdo do ouvido esquerdo. Temerosamente respondi um "Quê?" e troquei o ouvido. Ela repetiu:
- Bochechas de buldogue velho!
"Cultura Chaviniana" está na minha genética. Imediatamente percebi a piadinha feita como alusão a um dos capítulos do Chaves. Mas... por que ela?! Não tive uma reação imediata. E passado alguns instantes, tive uma reação instintiva. Só consegui proferir um:
- Saí! Eu tenho medo de você!
Atropelei a escada com quem discutia anteriormente e encontrei meus amigos. Enfim, estava seguro.
Daí em diante lembro de dançar forró com a Alice (no país das maravilhas), dançar a dança do maxixe, tentar fazer uma mímica muda falar, e proferir palavras de baixo calão para uma enfermeira.
Entre mortos e feridos, o saldo foi absolutamente positivo. E eu entrei para a história, como o "cara que tem medo da R... odalisca tamanho família"
***
Mentiras à parte, é tudo verdade!
***
quinta-feira, 5 de março de 2009
As Crônicas de um Velho Moleque
Certa noite, resolvo sair de casa para mais uma de minhas noitadas, como sempre, imagino, mas nunca tenho certeza do que me espera, uma coisa é certa, o homem sai de casa com três objetivos respectivamente:
1) Arrumar uma mulher
2) Ficar bêbado
3) Arrumar uma briga
Nunca os três juntos, é sempre um conseqüência do outro, se o homem sai e arruma uma mulher, volta pra casa com ou sem ela, se não arruma ninguém começa a ficar bêbado (na maioria das vezes propositalmente) e depois de bêbado vai sempre atrás de uma “boa” briga, coisa de homem isso de boa briga, também é história pra contar.
Bom, saio de casa sem meu carro e vou até um bar onde conheço alguns amigos, chegando lá, o corriqueiro, são 23h00 alguns já estão começando a ficar bêbados, casais se formam e nenhum sinal de briga. Entre uma dose e outra, assuntos dos mais diversos, em um bar você encontra de tudo, intelectuais, semi-analfabetos, chefes, empregados, profissões das mais curiosas, certa vez encontrei um coveiro.
Conversamos sobre tudo, futebol, música, literatura e astrologia, na verdade a astrologia é o primeiro indicativo de um porre. E depois de bêbado só existem dois assuntos:
1) Mulher
2) Revolução
Revolução, acho que esta meio fora de moda, estamos no século XXI, e eu não levo o menor jeito pra idealista, alias nesse ponto eu já estou tão bêbado que o máximo que eu posso reclamar é da cerveja estar quente tudo bem que isso pode ser o estopim de uma revolução, mas de qualquer maneira...
Um conhecido de um amigo senta na mesa e começa a se gabar por conhecer as melhores garotas da cidade, esse é um assunto que me interessa mais, só resta saber aonde elas estão e obviamente o quanto isso vai me custar!
Após a saideira, já estou no carro desse conhecido que ainda não sei o nome, alias não me lembro até hoje o nome dele, as ultimas palavras que eu ouço são: “relaxa, vocês não vão gastar nada”.
Ao acordar alem da torturante dor de cabeça, uma enorme sensação de claustrofobia, estou num lugar muito pequeno e quando levanto percebo estar dentro de um carro. Olho para os lados e não reconheço o local, demoro alguns minutos para concluir algum raciocínio, após isso desço do carro, vejo que estou em um estacionamento, ando meio que cabaleando até encontrar com um homem de terno.
Pergunto pra ele aonde estou e a resposta foi das mais avassaladoras, descubro que estou em um dos melhores puteiros da cidade e ao perguntar como fui parar ali, novamente me espanto com a resposta, o segurança diz o nome daquele conhecido com uma intimidade impar. As ultimas palavras dele voltam a tona, “Relaxa, vocês não vão pagar nada”, ou seja, tenho entrada livre no melhor puteiro, quando me dou conta da situação, o segurança diz: Mas a casa já esta fechada, aguarde seus amigos aqui fora.
Fui obrigado a partir para a terceira opção masculina numa noitada, mas arrumar briga com um segurança de puteiro eu não desejo nem pro meu pior inimigo.
1) Arrumar uma mulher
2) Ficar bêbado
3) Arrumar uma briga
Nunca os três juntos, é sempre um conseqüência do outro, se o homem sai e arruma uma mulher, volta pra casa com ou sem ela, se não arruma ninguém começa a ficar bêbado (na maioria das vezes propositalmente) e depois de bêbado vai sempre atrás de uma “boa” briga, coisa de homem isso de boa briga, também é história pra contar.
Bom, saio de casa sem meu carro e vou até um bar onde conheço alguns amigos, chegando lá, o corriqueiro, são 23h00 alguns já estão começando a ficar bêbados, casais se formam e nenhum sinal de briga. Entre uma dose e outra, assuntos dos mais diversos, em um bar você encontra de tudo, intelectuais, semi-analfabetos, chefes, empregados, profissões das mais curiosas, certa vez encontrei um coveiro.
Conversamos sobre tudo, futebol, música, literatura e astrologia, na verdade a astrologia é o primeiro indicativo de um porre. E depois de bêbado só existem dois assuntos:
1) Mulher
2) Revolução
Revolução, acho que esta meio fora de moda, estamos no século XXI, e eu não levo o menor jeito pra idealista, alias nesse ponto eu já estou tão bêbado que o máximo que eu posso reclamar é da cerveja estar quente tudo bem que isso pode ser o estopim de uma revolução, mas de qualquer maneira...
Um conhecido de um amigo senta na mesa e começa a se gabar por conhecer as melhores garotas da cidade, esse é um assunto que me interessa mais, só resta saber aonde elas estão e obviamente o quanto isso vai me custar!
Após a saideira, já estou no carro desse conhecido que ainda não sei o nome, alias não me lembro até hoje o nome dele, as ultimas palavras que eu ouço são: “relaxa, vocês não vão gastar nada”.
Ao acordar alem da torturante dor de cabeça, uma enorme sensação de claustrofobia, estou num lugar muito pequeno e quando levanto percebo estar dentro de um carro. Olho para os lados e não reconheço o local, demoro alguns minutos para concluir algum raciocínio, após isso desço do carro, vejo que estou em um estacionamento, ando meio que cabaleando até encontrar com um homem de terno.
Pergunto pra ele aonde estou e a resposta foi das mais avassaladoras, descubro que estou em um dos melhores puteiros da cidade e ao perguntar como fui parar ali, novamente me espanto com a resposta, o segurança diz o nome daquele conhecido com uma intimidade impar. As ultimas palavras dele voltam a tona, “Relaxa, vocês não vão pagar nada”, ou seja, tenho entrada livre no melhor puteiro, quando me dou conta da situação, o segurança diz: Mas a casa já esta fechada, aguarde seus amigos aqui fora.
Fui obrigado a partir para a terceira opção masculina numa noitada, mas arrumar briga com um segurança de puteiro eu não desejo nem pro meu pior inimigo.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Boas Maneiras
"Um cavalheiro é um homem que jamais bate numa mulher, sem primeiro tirar o chapéu."
- Fred Allen
***
- Fred Allen
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Esquizofrenia
Hoje acordei anormalmente adulto. Adulto e violento. Estuprei meus sonhos antigos e os atirei, inférteis, à sarjeta. Não posso evitar. Nesta noite acontecerá uma chacina. Matarei diversos eus. Não há mais espaço, em mim, para sonhos infinitos que nunca são. Sei que vou chorar cada morte de mim, mas será apenas até morrer também este eu fresco que chora cinematograficamente por qualquer tragédia mal enunciada. Uns poucos sobreviverão para ocupar um mundo interno agora sem este ruído sem fim que em nada se concentra. Tiveram chances demais, todos eles, não é mesmo? Que exagero desmedido... Sei que eles não vão sumir. Todo ano, em alguma noite escura de lua cheia, num ritual satânico permitirei que um ou outro retorne do completo esquecimento para povoar novamente meus domínios. E será apenas a brincadeira cruel de trazê-lo ao mundo para matá-lo de novo. Quero me sentar em uma mesa com o próprio Correali do lado oposto. Vou rir dele, e ele vai rir de mim. Mas só pago a minha conta. Quero mais uma dose, depois quero não querer mais nada.
***
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