segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Pink Fest 2009

- 120 pessoas
- 1 casal, ou 2, ou 3...
- 1 Roupão
- 2 Orelinhas
- Plumas e Anteninhas
- Open Bar
- Vomito no Banheiro
- Sexo no Banheiro?
- Uma briga
- Um stress

E muito, muito cor-de-rosa.

Apud: Palavras Chave - de Correali

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Recado

Você tem certeza do que você quer ser? Revisite seus sonhos, e veja quais realmente perduram e quais já secaram e possuem apenas uma casca oca. Revisite seus poemas, e tenha certeza que estão sendo escritos no tom do presente. Revisite seu passado, e visite logo a pendência mais procrastinada que possui. É um “barato” duro, mas necessário. Parece que você se perdeu um pouco, não está mais leve como antigamente. Seja magnânimo consigo mesmo, e defina teu destino de forma justa e decidida como sempre foi. Sobretudo não queira ser muito adulto nem bem resolvido demais. Revisite você mesmo, e terá de novo a paz de espírito que sei que não está encontrando agora.

***

domingo, 22 de novembro de 2009

Saúde, Cheers, Prost, Salute...

"A cerveja é a prova viva de que Deus nos ama e nos quer ver felizes."
Benjamin Franklin

"Faça sempre lúcido o que você disse que faria bêbado. Isso o ensinará a manter sua boca fechada."
Ernest Hemmingway

"Era um homem sábio aquele que inventou a cerveja."
Platão

"Um país não pode ser um país de verdade senão tiver ao menos uma cerveja e uma empresa aérea. Ajuda se tiver uma equipe de futebol, ou armas nucleares, mas o mais importante é a cerveja."
Frank Zappa

"Se Deus soubesse que nós beberíamos cerveja, nos teria dado dois estômagos."
David Daye

"A cerveja me faz sentir da forma como gostaria de me sentir sem cerveja."
Henry Lawson

"Sem dúvida, a maior invenção da história da humanidade é a cerveja. Eu admito que a roda também é uma grande invenção, mas a roda não desce tão bem com uma pizza."
Dave Barry

"Dê-me uma mulher que ame a cerveja e eu conquistarei o mundo."
Kaiser Wilhelm

"Eu mataria todos neste quarto por um gole de cerveja."
Homer Simpson

"Nem todos os produtos químicos são maus. Sem elementos químicos tais como o hidrogênio e o oxigênio, para o exemplo, não haveria nenhuma maneira fazer água, um ingrediente vital para a cerveja."
Dave Barry

"Eu bebo para fazer as outras pessoas interessantes."
Dave Barry

"Cervejal: a causa e a solução de todos os problemas da vida."
Homer Simpson

"Não nos incomodamos se você atirar bosta no palco, mas não atire na nossa cerveja - é o nosso combustível!"
James Hetfield, Metallica

“Eu recomendo... pão, carne, vegetais e cerveja.”
Sófocles na Filosofia para uma dieta moderada.

“24 horas num dia, 24 garrafas num engradado. Coincidência? Não me parece...”
Stephen Wright

“Mulheres bonitas fazem-nos comprar cerveja. Mulheres feias fazem-nos beber cerveja.”
Al Bundy

“Pessoas que gostam de cerveja sem álcool não gostam verdadeiramente de cerveja; elas apenas gostam de urinar!”
Anónimo

“Do suor do Homem e do amor de Deus veio a cerveja ao mundo.”
Santo Arnaldo

“Vou comprar um barco... viajar um pouco e no entretanto vou estar a beber cerveja.”
John Welsh, condutor de autocarros de Brooklyn que ganhou 30 milhões de
dólares na loteria.

“A melhor forma de se morrer é sentarmo-nos debaixo de uma árvore, comer toneladas de bolonha e salami, beber um engradado de cervejas e depois explodir!”
Art Donovan, aka Fatso

“Eu gostaria que todos tivéssemos sempre sorte! Eu gostaria que tivéssemos asas! Eu gostaria que a água da chuva fosse cerveja.”
Robert Bolt

“Dá um peixe a um homem e ele o comerá. Ensina-o a pescar e ele ficará todo o dia sentado no barco a beber cerveja.”
Anónimo

“Ser rico não é importante: nunca poderás beber mais de 30 a 40 copos de cerveja por dia”
Coronel Adolphus Busch

"Quanto mais a mulher bebe, menos ela reclama. O importante é mante-la sempre com a boca cheia."
Oddone


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

...

Algo vem me incomodando, não é de hoje, tem um tempo já. As vezes de dia, as vezes de noite. Não ouço sua voz, apenas sinto sua presença, me vem a mente o seu semblante de cobrança, aquela mordida no lábio inferior quando ficava insatisfeita com algo. Estamos com saudade um do outro, mas talvez o medo ou a raiva me desviam do caminho toda vez que resolvo ir vê-la. Me incomoda. Não sei se não tenho coragem, não há de ser nada demais, já se ofereceram pra ir comigo, mas não, tenho que fazer isso sozinho, afinal sempre foi sozinho que tivemos nossas melhores conversas. Talvez eu leve um maço de cigarros, ela sempre gostou mais do que flores. Acho que o que mais me incomoda, não é o fato de eu ter que ir até lá, o que mais me incomoda é que agora tenho data marcada, me incomoda eu não poder mais adiar, me incomoda ser o seu aniversário.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Exorcismo

Bati o carro. A única explicação plausível para a situação que estava. Cacos de vidro entre meus dedos, barulho de serra nas minhas orelhas e ferragens estranhas me impedindo de me movimentar. O sangue espesso que sentia em meus pés era meu? Sim. Sou retirado um tanto quanto fraco, mas não reivindico ajuda dos bombeiros. Sigo meu caminho ainda sangrando um pouco. Sinto frio.

Não entendia muito bem o caminho. Me sentia enfraquecido, talvez pela batida ou pela perda de sangue. Deparo-me com um puteiro. Entrei nele e procurei por uma loira que preste. Paguei o triplo do preço para ela, afinal meu estado era repulsivo. Ela não se deitaria comigo pelo preço normal. Mas deitou. Só deitou. Paguei para ficarmos deitados, com ela dizendo ao pé do meu ouvido que ficaríamos juntos para sempre. Dei-lhe o último centavo do dinheiro combinado. Estava feliz por fazer com que o dinheiro não camuflasse nenhum interesse egoísta atrás de uma falsa nobreza admirável.

Sentia muita dor nas pernas, talvez tivesse um fêmur fraturado. Mas minha apatia era maior que a dor, e isso me fazia não parar. Sem ainda entender o caminho, entrei num beco. Três adolescentes e algumas gramas de cocaína. A cada aspirada daquela suprimia mais minhas dores. Após a última carreira, cuspi um tanto de sangue no chão e quis andar mais.

Achei minha casa. Ao entrar num surto de raiva destruí móveis e decorações. Rasguei e queimei fotos da minha família. Sem me importar entro no quarto e me deparo com um demônio na cama. Pele avermelhada, rija, com veias saltando. Um sorriso plastificado em seu rosto. Ácido. A dor voltava e me sentia cada vez mais fraco. Sentei na cama, por cima dele passando uma perna minha em cada lado de seu tronco. Ele era horas quente, a ponto de me queimar e horas frio, a ponto de deixar minha carne quase quebradiça.

Experimentei uma sensação completamente nova. Que não poderia ser explicada como a sensação de dor ou a sensação causada pela cocaína. Ele ainda estava ali, mas já não sorria. Sai de cima daquele demônio, procurei por um cobertor e o cobri dos pés até o pescoço. Sentei-me no chão, ao lado da cama, envolvi uma de suas mãos à minha e comecei a cantarolar baixo. Havia votos de boas coisas em todas as notas da música. Sua respiração era cada vez mais ofegante. Deitei-me ao seu lado, e disse que toda a andança dessa noite era errada, mas estava feliz por mandar ao inferno minhas curiosidades indevidas sobre sua existência. Cantarolei mais alguma coisa até pegar no sono.

Acordei com uma luz forte no meu rosto e senti alguém pulando em cima de mim. Era minha mulher, me batendo com um travesseiro. Me chamava de preguiçoso vagabundo enquanto ria. Roubou-me um beijo e pediu ao pé do meu ouvido que levantasse, para dividir o resto do dia com ela. Saí da cama sentindo meu corpo absurdamente dolorido. Ouvi dela que estava tudo pronto e fui conduzido até a sala. No sofá duas malas coloridas e meus filhos sentados à mesa terminando o café e disputando o mais novo brinde do cereal. Logo que me viram correram para me abraçar, quase me derrubando ao chão. Na estante, fotos da família desde o casamento até os tempos de hoje em dia.

Saímos à rua, toda arborizada e num dia ensolarado caminhávamos. Eu, minha mulher e meus filhos. Um de cada lado de mim, conversando entre si:

- Você viu que fazem exorcismos naquela igrejinha?

- Que nada, tudo mentira!

- Ah! Você está com medo de ir lá e ver um demônio!

- Que medo que nada! Pai, existem demônios?

- Talvez tenha existido filho, mas não mais, não mais...

***

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

50

Este é o QUINQUAGÉSIMO post desse ano... Parabéns aos idealizadores, parabéns aos colaboradores e parabéns aos free lancers...

Gostaria de agradecer também aos participantes indiretos dessa conquista, aqueles que não escrevem nada, não tem idéia nenhuma, mas sempre que saem pra beber uma cerveja conosco acabam (conseguente ou inconsequentemente) nos gerando uma fantástica história, que fica imortalizada nesta vitrine moderna.

Um forte abraço a todos e Keep Writing,

Univitelinos

Certa noite fui para umas dessas, apelidada pelo publico jovem de balada, nem me lembro o nome, mas isso também não vem ao caso, afinal esse blog não é pago para fazer merchandising. Estávamos em 3 amigos e como uma boa turma do Bolinha, sentamos em uma mesa pra beber.

Após algumas cervejas, a libido sexual foi aumentando e a balada começou a se revelar mais bonita, vamos dar uma volta eu propus, e claro estávamos todos com o mesmo pensamento. Chega de falar de futebol.

É claro que depois de alguns anos, o homem se torna mais seletivo e não sai por ai pegando qualquer bagulho, mas certa altura da noite, caem alguns paradigmas e o que reina é a testosterona.

A balada era bem grande e tinha vários ambientes, mas agora com a nova lei do nosso querido prefeito, não é mais permitido fumar em ambientes fechados e como tudo aqui no Brasil é adaptado, as casas noturnas criaram o fumódromo.

Fumódromo, palavra não existente nos dicionários da língua portuguesa, foi criada, sei lá por quem, para nomear a área em que é permitido fumar. E foi lá mesmo que eu a encontrei. Cabelos loiros, corpo conservado, vestido preto e salto alto, o que mais eu poderia querer para uma noite de sábado?

Ainda por cima ela estava com mais duas amigas, e se tem uma coisa que homem sabe fazer, é montar time, logo, 3 homens + 3 mulheres = 3 casais! Não podia ser mais perfeito, o approach estava por minha conta, já fui bom nisso, mas os anos passam e a cerveja é implacável com a barriga do homem.

Atiçado pelo calor da batalha e com toda educação do mundo, usei uma das mais velhas táticas de guerra e disse: - Oi, você me empresta o seu isqueiro? Quando ela vira para responder, com o perdão da palavra, puta que me pariu, ela era a cara do meu chefe!

Não fosse pela barba que meu chefe ostenta, alias graças a Deus ela não tinha barba, ela era igualzinha ao chefe. Minha cara de espanto foi tamanha que o silêncio predominou durante alguns segundos e se não fosse um de meus amigos quebrar o gelo, acho que eu ficaria olhando pra cara dela durante o resto da noite.

O pior é que a maior semelhança era justamente a mais marcante, e eu não podia constrange-la mais do que eu já tinha constrangido, mas porra a mina tinha que ser vesga! Já não me basta o enorme trabalho que tenho todos os dias pra conversar com meu chefe tentando entender pra onde seus olhos estão apontando, ainda tinha que fazer isso na balada, no escuro e meio alcoolizado?

Ah, que Deus tenha piedade de mim, mas não dava pra ficar com ela. Não era o estrabismo o meu problema, mesmo porque, todos temos defeitos e eu não sou diferente, sou gordo e uso óculos, mas, caralho, eu não ia conseguir me acostumar com a idéia de beijar meu chefe na boca.Trocamos algumas palavras e meus amigos, é claro, já tinham percebido que eu estava numa situação delicada. Mas amigo é aquele que ri da desgraça alheia, e tive que ficar fazendo sala pra moçinha em questão durante todo o desenrolar da noite. Voltei pra casa sóbrio, sozinho e com uma vontade louca de contar o ocorrido para o meu chefe.