quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O Tempo

Tempo é dinheiro, talvez a mais famosa frase dentre os taxistas de Nova Iorque. Não que eu já tenha ido pra lá, mas aprendemos desde pequenos o significado desta frase. Só sabe o significado real dessa frase, quem realmente já viu ele passar na frente de seus olhos.

Um exemplo simples, passar algumas horas dentro de um cinema vendo um bom filme, ou passar a noite ao lado da pessoa que você gosta, o tempo é um simples amigo seu, você desfruta cada um de seus preciosos segundos e não da o verdadeiro valor que ele merece.

Agora tente segurar um carvão em brasa com as mãos nuas, ou até uma pequena farpa que entra no seu dedo, quanto valor você da pro tempo até que ela seja retirada? Cada segundo parece muito maior do que é e minutos não são tolerados.

E se você pudesse controlar o tempo? Se no momento em que uma pessoa que você gosta esta prestes a entrar no portão de embarque do aeroporto, o que você faria? Se aqueles minutos finais de uma prova se tornassem uma hora, você teria passado de ano? E aquele beijo na boca que você almejou por dias?

Passei 62 horas seguidas trabalhando esse final de semana, sono, fome, dor, uma mistura de sentimentos e estava completamente alheio ao que acontecia fora de uma sala que não tem janelas, já não sabia mais se era dia ou se era noite, e ainda assim se pudesse teria congelado o tempo para me certificar de que o trabalho seria terminado a tempo e com qualidade.

Fiz uma visita recente ao tumulo de minha mãe, e apenas por um segundo me flagrei imaginando como seria dar um abraço nela, só um, por mais rápido que fosse, seriam com certeza os melhores segundos de minha vida. Mas o tempo é implacável, ele simplesmente passa e leva com ele tudo.

Qual é a diferença entre presente, passado e futuro? Cada um tem sua própria interpretação, a minha, é que o passado é uma lembrança, não importa se é agradável ou desagradável faz parte da sua história, orgulhe-se dela. O futuro? Dizem que você pode planejar o seu futuro, tenho minhas duvidas, ele é incerto e você também pode receber surpresas agradáveis ou desagradáveis.

Agora o presente, horas, a palavra é auto-explicativa!

Aproveito cada segundo de minha vida como se fossem os últimos, já me perguntaram se vale a pena ou se isso me faz bem. Não sei responder. Mas uma coisa eu garanto, eu quero é mais!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

f(x) = a.x + b

Uma reta! A função mais simples conhecida em nossa matemática. Previsível e de fácil solução, onde podemos obter sua raiz empregando no máximo uma operação de divisão. Que de tão simples aprendemos a manuseá-la na sexta série do ensino fundamental. E quem nos dera toda nossa matemática fosse de simples manuseio como a função de uma reta. Nesse campo existem diversas nuances não lineares que ainda desconhecemos solução, ou tampouco sua utilidade no mundo físico. Obscuridades nos universos de espaços amostrais, séries e trigonometria.

E lá vou eu de novo tentar contextualizar comportamentos humanos na rigidez maleável dos fenômenos físicos.

Vamos partir da premissa que afinidade é representada pela equação de uma reta. Ela tem direção bem definida (para cima ou para baixo) e seu coeficiente angular representa a velocidade em que ela aumenta (ou diminui). Simples assim. Visível assim. Para todo seu espaço amostral. Se considerarmos que essa função “pura” nunca será parada, poderíamos inferir que afinidade terminaria em “mais infinito” ou “menos infinito”.

Mas a matemática admite que associemos duas ou mais funções. O que novamente podemos fazer analogia as afinidades, sentimentos e redondezas. E nessa associação de funções sentimentais a resultante pode ser desconhecida ou sem solução. Como aquelas equações do mundo numérico que até se pagam prêmios em dinheiro para quem solucioná-las. Há uma linha muito tênue entre afinidade simples e pura e afinidade mais algoritmos perigosos.

Mais infinito, menos infinito, zero? Conseguimos sua tendência, mas não onde finalmente vai parar. E a falta de conhecimento matemático em fenômenos físicos pode gerar grandes danos às redondezas. Para reduzir a zero esses perigos de danos, matemáticos (ou psiquiatras) do mundo inteiro procuram a solução para essas equações imprevisíveis e desconhecidas.

E lembrando, para quem descobrir a solução, paga-se prêmio em dinheiro.

***