Estamos em um novo emprego e isso gerou novas funções, de acordo com meu diretor, temos:
- O Jabuti de Arvore:
Ele não tem a menor capacidade de estar ali, mas está, o que nos leva a crer que alguém colocou ele ali.
- O Dono da Sáuna:
Aquele que ganha dinheiro com o suor dos outros!
- O Engenheiro de Obra Pronta:
Não importa o que tenha sido feito a frase é sempre a mesma, ou no começo ou no final do discurso ele sempre diz: - Fui eu que fiz!
- O Produtor:
Quem ou aquele que se ferra pra caralho...
quinta-feira, 30 de julho de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Da série: Diálogos impressionantes
Elucubre a cena:
Uma mesa de bar. Cerveja rolando, e um papo animadíssimo entre pensadores de humanidade:
Marx:
- Fala camaradas! O que andam fazendo de bom?!
Rousseau:
- Caraca me velho! A vida está tensa! Cinco filhos em casa, e não to dando conta de cuidar.
Calígula:
- Quer uma sugestão?! Hein?!
- ...
Kant:
- Minha nossa! Como você sugere isso! Isso não pode estar acontecendo, não pode!
Nietzsche:
- Como não pode?! Por que não poderia?
Marx:
- Camaradas, vamos parar de bobagens. O que vão fazer no final de semana? Que tal batermos um futebolzinho?
Rousseau:
- Maravilha! E depois fazemos um churras! Contem comigo! Kant, você vai estar lá né?
Kant:
- Não tenho muita certeza ainda. Você pode ir Nietzsche?
Nietzsche:
- Poder, não posso. Mas eu gostaria. Quem sabe eu vá, né?!
Calígula:
- Garçom, traz mais uma rodada aqui para a mesa!
***
Isso é fruto de uma manhã com pane na rede do serviço. Altamente produtivo.
***
Uma mesa de bar. Cerveja rolando, e um papo animadíssimo entre pensadores de humanidade:
Marx:
- Fala camaradas! O que andam fazendo de bom?!
Rousseau:
- Caraca me velho! A vida está tensa! Cinco filhos em casa, e não to dando conta de cuidar.
Calígula:
- Quer uma sugestão?! Hein?!
- ...
Kant:
- Minha nossa! Como você sugere isso! Isso não pode estar acontecendo, não pode!
Nietzsche:
- Como não pode?! Por que não poderia?
Marx:
- Camaradas, vamos parar de bobagens. O que vão fazer no final de semana? Que tal batermos um futebolzinho?
Rousseau:
- Maravilha! E depois fazemos um churras! Contem comigo! Kant, você vai estar lá né?
Kant:
- Não tenho muita certeza ainda. Você pode ir Nietzsche?
Nietzsche:
- Poder, não posso. Mas eu gostaria. Quem sabe eu vá, né?!
Calígula:
- Garçom, traz mais uma rodada aqui para a mesa!
***
Isso é fruto de uma manhã com pane na rede do serviço. Altamente produtivo.
***
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Religião ou não
Há algumas semanas atrás postei aqui uma brincadeira sobre igrejas evangélicas. No fim das contas acabei refletindo sobre o assunto o que gerou um post sério.
Nessas reflexões o primeiro questionamento encontrado foi por que algo que têm uma definição tão abstrata e inerentemente egoísta que é "o bem", é tido como principal no projeto da existência divina?
De uns tempos para cá eu passei e me dizer por aí agnóstico. É fácil por ser politicamente correto e cientificamente prudente. Nós não podemos provar a existência de deus, mas também não podemos provar a sua não existência.
Eu continuo acreditando na existência de um criador que esteja por aí, de qualquer tipo que seja. Contudo não acho válida nenhuma explicação religiosa que possuímos na cultura do ser humano. Em nenhuma de suas mais diversas vertentes. Claro que eu não conheço todas, mas até agora nenhuma me tocou.
Por quê? As instituições religiosas são o problema. Para ser mais claro, a "igreja" é o problema. As instituições religiosas, na realidade, não estão nem aí para o deus que elas cultuam. Na verdade elas dizem respeito a valores, esperanças e carências humanas, e não à interpretação e entendimento das forças superiores, quaisquer estas que sejam. Sempre nas religiões as palavras ditas por um homem importante ou mitológico tem mais importância que as próprias manifestações da natureza.
Com base nas falhas e anseios humanos e utilizando-se das figuras mitológicas e seus discursos baseados no "bem tendencioso" de cada instituição são criados os dogmas. Tendo estes pilares é simples recrutar fieis devido a um pequeno conforto diante dos medos e angustias que o desconhecido nos traz.
Mas vamos pensar de outra forma. Se deus existir, suas manifestações se dão pela totalidade dos fenômenos naturais que nos cercam. Newton acreditava em deus e escreveu seus princípios buscando entender a obra do criador. Newton dessa forma, foi de uma religiosidade mais sóbria de qualquer papa que já vi por aí. Para que temos uma manual de instruções (leia-se bíblia) se deus está em toda parte, e podemos fuçar no mundo e descobrir por nós mesmo suas estruturas e desígnios?
Estamos melhor sem um "deus entidade". Sem ele a vida está por nossa conta e devemos admitir isso. A felicidade continua sendo desejável pela simples razão de nos sentirmos bem. Estando felizes, seria estúpido agir contra isso, principalmente se não há uma eternidade pós vida para reconsiderarmos tudo. Aqueles desejos de paz mundial e "altruísmos de fundo egoísta" continuam tendo seu espaço, só que com bases lógicas. Sem deus por perto e sem nossas preces covardes, somos forçados a reconhecer que estes fins dependem única e exclusivamente de nós. Da mesma forma, adotamos a ausência do diabo, anticristo ou o diabo que seja, admitimos que se há um inimigo, ele co-habita esta Terra com a gente. O mesmo aqui-e-agora que eu e você. Mas vejam o lado bom, é mais fácil combater um inimigo desses, do que o um chifrudo fedido que mora no fogo.
Portanto, se você leva à sério seus valores religiosos, por questões práticas de como obter o melhor desse mundo, deixe de lado sua crença em deus e comece a agir como se só houvesse essa vida para você desfrutar e fazer tudo que tem vontade. Se deus existir, ele vai entender.
Nessas reflexões o primeiro questionamento encontrado foi por que algo que têm uma definição tão abstrata e inerentemente egoísta que é "o bem", é tido como principal no projeto da existência divina?
De uns tempos para cá eu passei e me dizer por aí agnóstico. É fácil por ser politicamente correto e cientificamente prudente. Nós não podemos provar a existência de deus, mas também não podemos provar a sua não existência.
Eu continuo acreditando na existência de um criador que esteja por aí, de qualquer tipo que seja. Contudo não acho válida nenhuma explicação religiosa que possuímos na cultura do ser humano. Em nenhuma de suas mais diversas vertentes. Claro que eu não conheço todas, mas até agora nenhuma me tocou.
Por quê? As instituições religiosas são o problema. Para ser mais claro, a "igreja" é o problema. As instituições religiosas, na realidade, não estão nem aí para o deus que elas cultuam. Na verdade elas dizem respeito a valores, esperanças e carências humanas, e não à interpretação e entendimento das forças superiores, quaisquer estas que sejam. Sempre nas religiões as palavras ditas por um homem importante ou mitológico tem mais importância que as próprias manifestações da natureza.
Com base nas falhas e anseios humanos e utilizando-se das figuras mitológicas e seus discursos baseados no "bem tendencioso" de cada instituição são criados os dogmas. Tendo estes pilares é simples recrutar fieis devido a um pequeno conforto diante dos medos e angustias que o desconhecido nos traz.
Mas vamos pensar de outra forma. Se deus existir, suas manifestações se dão pela totalidade dos fenômenos naturais que nos cercam. Newton acreditava em deus e escreveu seus princípios buscando entender a obra do criador. Newton dessa forma, foi de uma religiosidade mais sóbria de qualquer papa que já vi por aí. Para que temos uma manual de instruções (leia-se bíblia) se deus está em toda parte, e podemos fuçar no mundo e descobrir por nós mesmo suas estruturas e desígnios?
Estamos melhor sem um "deus entidade". Sem ele a vida está por nossa conta e devemos admitir isso. A felicidade continua sendo desejável pela simples razão de nos sentirmos bem. Estando felizes, seria estúpido agir contra isso, principalmente se não há uma eternidade pós vida para reconsiderarmos tudo. Aqueles desejos de paz mundial e "altruísmos de fundo egoísta" continuam tendo seu espaço, só que com bases lógicas. Sem deus por perto e sem nossas preces covardes, somos forçados a reconhecer que estes fins dependem única e exclusivamente de nós. Da mesma forma, adotamos a ausência do diabo, anticristo ou o diabo que seja, admitimos que se há um inimigo, ele co-habita esta Terra com a gente. O mesmo aqui-e-agora que eu e você. Mas vejam o lado bom, é mais fácil combater um inimigo desses, do que o um chifrudo fedido que mora no fogo.
Portanto, se você leva à sério seus valores religiosos, por questões práticas de como obter o melhor desse mundo, deixe de lado sua crença em deus e comece a agir como se só houvesse essa vida para você desfrutar e fazer tudo que tem vontade. Se deus existir, ele vai entender.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Relacionamentos interpessoais
- Grande Oswaldo!
- Opa, quanto tempo hein Marcelo?
- Pois é, eu que o diga!
- E como anda a vida? Aposto que casou. Acertei?
- Acertou em cheio, meu velho.
- Sabia! Você e a Cristine sempre formaram um belo casal.
- Ah, mas eu não me casei com a Cristine...
- Nossa! Como não? O que aconteceu?
- Longa história. Resumidamente nós brigamos, eu quis voltar atrás mas ela já havia conhecido outra pessoa.
- Não me diga?!
- Desculpe, já disse.
- Está perdoado. Mas então a Cristine acabou se casando com outro?
- Ah sim, com outro. Porque esse por quem ela me trocou também não deu.
- Não me diga?!
- Quer que eu vá embora?
- Não não... vá lá.
- Quer ou não quer que eu vá embora?
- Por Deus, vá lá adiante com a história.
- Mas por Deus não, porque nunca teve casamento no religioso.
- Mas você sempre foi tão católico!
- Falo da Cristine.
- Ah, claro. Mas e você, conheceu outra pessoa depois?
- Sim sim. Conheci a Claudia.
- Mas que beleza!
- Conhece ela também?
- Não não. Quanto tempo de casado?
- Dois anos e 7 meses.
- Têm filhos.
- Sim, dois. Um menino e uma menina.
- E as crianças se parecem com o pai?
- Não sei, não conheço o pai.
- Mas você não disse que tinha dois anos e pouco de casado?
- Sim, mas depois disso nos divorciamos.
- Não me diga?! Claudia também conheceu outro?
- Não, dessas vez fui eu. Pensei muito e achei que tinha ficado com a Claudia só para não ficar sozinho, então não deixei de conhecer pessoas novas. Coisas assim, sabe?
- Poxa, não me leve a mal, mas não sei não.
- Pois é.
- Mas e aí? O que aconteceu depois?
- Conheci a filha do meu chefe.
- E se casou com ela?
- Não, fui mandado embora quando meu chefe descobriu. Mas logo achei outro emprego.
- E era um bom emprego?
- Ah sim, eu tinha uma chefa e...
- Sei, sei...
- Não não! O trabalho era compensador.
- Mas com quem diabos está casado então?
- Eu encontrei a Flavinha de novo. Lembra da Flavinha?
- A Flavinha, aquela menininha que estudou com você na escola? Não me diga?!
- Pois já disse. Desculpe. Ela...
- Quem diria que você acabaria casado com a Flavinha? Mas que coisa!
- Você ta louco? Quem disse uma asneira dessa?
- Mas então tiveram só um caso?
- Não. Ela me chamou para sair e conheci a Bruna.
- E casou com a Bruna?
- Casei com a Bruna!
- Mas também meu velho, com tantas mulheres assim você deve ter tido diversas razões para saber que essa era a mulher ideal para casar!
- Ah sim! Ela é a única que não me deixa pensar muito no assunto. Acho melho eu ir indo...
***
- Opa, quanto tempo hein Marcelo?
- Pois é, eu que o diga!
- E como anda a vida? Aposto que casou. Acertei?
- Acertou em cheio, meu velho.
- Sabia! Você e a Cristine sempre formaram um belo casal.
- Ah, mas eu não me casei com a Cristine...
- Nossa! Como não? O que aconteceu?
- Longa história. Resumidamente nós brigamos, eu quis voltar atrás mas ela já havia conhecido outra pessoa.
- Não me diga?!
- Desculpe, já disse.
- Está perdoado. Mas então a Cristine acabou se casando com outro?
- Ah sim, com outro. Porque esse por quem ela me trocou também não deu.
- Não me diga?!
- Quer que eu vá embora?
- Não não... vá lá.
- Quer ou não quer que eu vá embora?
- Por Deus, vá lá adiante com a história.
- Mas por Deus não, porque nunca teve casamento no religioso.
- Mas você sempre foi tão católico!
- Falo da Cristine.
- Ah, claro. Mas e você, conheceu outra pessoa depois?
- Sim sim. Conheci a Claudia.
- Mas que beleza!
- Conhece ela também?
- Não não. Quanto tempo de casado?
- Dois anos e 7 meses.
- Têm filhos.
- Sim, dois. Um menino e uma menina.
- E as crianças se parecem com o pai?
- Não sei, não conheço o pai.
- Mas você não disse que tinha dois anos e pouco de casado?
- Sim, mas depois disso nos divorciamos.
- Não me diga?! Claudia também conheceu outro?
- Não, dessas vez fui eu. Pensei muito e achei que tinha ficado com a Claudia só para não ficar sozinho, então não deixei de conhecer pessoas novas. Coisas assim, sabe?
- Poxa, não me leve a mal, mas não sei não.
- Pois é.
- Mas e aí? O que aconteceu depois?
- Conheci a filha do meu chefe.
- E se casou com ela?
- Não, fui mandado embora quando meu chefe descobriu. Mas logo achei outro emprego.
- E era um bom emprego?
- Ah sim, eu tinha uma chefa e...
- Sei, sei...
- Não não! O trabalho era compensador.
- Mas com quem diabos está casado então?
- Eu encontrei a Flavinha de novo. Lembra da Flavinha?
- A Flavinha, aquela menininha que estudou com você na escola? Não me diga?!
- Pois já disse. Desculpe. Ela...
- Quem diria que você acabaria casado com a Flavinha? Mas que coisa!
- Você ta louco? Quem disse uma asneira dessa?
- Mas então tiveram só um caso?
- Não. Ela me chamou para sair e conheci a Bruna.
- E casou com a Bruna?
- Casei com a Bruna!
- Mas também meu velho, com tantas mulheres assim você deve ter tido diversas razões para saber que essa era a mulher ideal para casar!
- Ah sim! Ela é a única que não me deixa pensar muito no assunto. Acho melho eu ir indo...
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Ponderando
Eu gosto dela! Tenho uma relação de afeto profundo com a minha irresponsabilidade. Mas o problema em me tornar muito intimo dela, é a proximidade iminente da sua irmã, a inconseqüência.
Prejuízos pelos meus julgamentos menos afortunados que afetam só a mim são apenas da minha conta, e portanto não pesam tanto lá no fundo do âmago. Mas o risco do par irresponsabilidade / inconseqüência causar danos a outros é perturbador.
Talvez isso contribua para a minha chatice crônica.
***
Prejuízos pelos meus julgamentos menos afortunados que afetam só a mim são apenas da minha conta, e portanto não pesam tanto lá no fundo do âmago. Mas o risco do par irresponsabilidade / inconseqüência causar danos a outros é perturbador.
Talvez isso contribua para a minha chatice crônica.
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quarta-feira, 8 de julho de 2009
Porque estudei exatas
Suponhamos que você seja um físico (mas é só uma suposição, não fique triste!). E seu objetivo é modelar a queda de um objeto sob efeito da gravidade. Assim que começar a praticar seus cálculos, encontrará uma série de complicações tais como, a força de atrito que impõe grande complexidade às equações. Mas para transpor isso escreve-se em um canto da conta "desprezando a resistência do ar" e prossegue de forma bem mais simples. Assim isolamos uma parte de realidade como se fosse independente do resto. Em alguns casos os resultados são significativamente válidos, e podem ser usados em projetos onde situações são similares. Contudo, devemos lembrar que isso não é correto para tudo, pois sabemos que um corpo não cai com aceleração constante. Ou seja, eliminar o atrito da equação, não elimina realmente os fenômenos que nos cercam.
Mas corpos caindo ao chão não são o objetivo deste post. A intenção é falar sobre um assunto onde os estudiosos acabam "modelando" uma idealidade para partir como premissa básica e desenvolver seus estudos. O ser humanos sua interação social. Normalmente quando se estuda esse campo, as conclusões partem de simplificações que acabam produzindo erros, assim como na simplificação no modelo físico sem atrito.
O problema é que não sabemos para onde erramos. No modelo físico sabemos se estamos sub ou super dimensionando os cálculos. Já no ambito humano, estas simplificações implicam em erros um tanto quanto desconhecidos. A partir dessas simplificações entramos apenas no campo da racionalidade humana, que é a única parte que pode ser inferida. Assim deixamos particularieadades de lado.
Estou para descobrir algum tipo de interação social, seja no âmbito pessoal ou no âmbito de interações institucionais que sigam alguns dos modelos "receita de bolo" de estudiosos da área. Esse agentes racionais não passam de "arredondamentos no canto da conta", e que concluem resultados que não sabemos nem para onde estamos errando.
Em 14 de julho de 1789 houve a queda da bastilha. Em 7 de setembro de 1822, num "pito" histórico Dom Pedro declarou a independência do Brasil. Em 6 de junho de 1944, as força dos aliados invadiam as praias da Normandia, para começar a acabar com o eixo. E por esses marcos macro do ser humano, perdemos nuances deveras importantes. No dia 7 de janeiro de 1985, nascia Thiago Correali (importante só para minha mãe). Em qual data aquela militante da PUC foi arrastada pelos cabelo, pela cavalaria da ditadura? E qual data importante é para aquele gordinho que pegou o elevador com você hoje? Para o caixa do Mc Donalds que te atendeu?
Esse contrato tácito, onde pessoas admitem posições e papeis na sociedade são impossíveis de expressar em um modelo. Não é possível definir para onde estamos errando. Só é possível desconfiar de modelos muito plausíveis para o comportamento humano dentro de seu meio social. Esse excesso de plausibilidade assume uma racionalidade nos bastidores, onde vemos nos grande marcos históricos ou na singularidade desconhecida de cada individuo, altamente duvidosas
Nunca tive vontade de estudar o ser humano de uma forma séria, empenhada, pela sua falta de linearidade, pelos erros associados e inevitáveis às elucubrações feitas, e pela certeza que ao me aproximar a uma resposta, teria uma grande decepção.
***
Mas corpos caindo ao chão não são o objetivo deste post. A intenção é falar sobre um assunto onde os estudiosos acabam "modelando" uma idealidade para partir como premissa básica e desenvolver seus estudos. O ser humanos sua interação social. Normalmente quando se estuda esse campo, as conclusões partem de simplificações que acabam produzindo erros, assim como na simplificação no modelo físico sem atrito.
O problema é que não sabemos para onde erramos. No modelo físico sabemos se estamos sub ou super dimensionando os cálculos. Já no ambito humano, estas simplificações implicam em erros um tanto quanto desconhecidos. A partir dessas simplificações entramos apenas no campo da racionalidade humana, que é a única parte que pode ser inferida. Assim deixamos particularieadades de lado.
Estou para descobrir algum tipo de interação social, seja no âmbito pessoal ou no âmbito de interações institucionais que sigam alguns dos modelos "receita de bolo" de estudiosos da área. Esse agentes racionais não passam de "arredondamentos no canto da conta", e que concluem resultados que não sabemos nem para onde estamos errando.
Em 14 de julho de 1789 houve a queda da bastilha. Em 7 de setembro de 1822, num "pito" histórico Dom Pedro declarou a independência do Brasil. Em 6 de junho de 1944, as força dos aliados invadiam as praias da Normandia, para começar a acabar com o eixo. E por esses marcos macro do ser humano, perdemos nuances deveras importantes. No dia 7 de janeiro de 1985, nascia Thiago Correali (importante só para minha mãe). Em qual data aquela militante da PUC foi arrastada pelos cabelo, pela cavalaria da ditadura? E qual data importante é para aquele gordinho que pegou o elevador com você hoje? Para o caixa do Mc Donalds que te atendeu?
Esse contrato tácito, onde pessoas admitem posições e papeis na sociedade são impossíveis de expressar em um modelo. Não é possível definir para onde estamos errando. Só é possível desconfiar de modelos muito plausíveis para o comportamento humano dentro de seu meio social. Esse excesso de plausibilidade assume uma racionalidade nos bastidores, onde vemos nos grande marcos históricos ou na singularidade desconhecida de cada individuo, altamente duvidosas
Nunca tive vontade de estudar o ser humano de uma forma séria, empenhada, pela sua falta de linearidade, pelos erros associados e inevitáveis às elucubrações feitas, e pela certeza que ao me aproximar a uma resposta, teria uma grande decepção.
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