Para noites sem sono:
Nome químico: Cloridrato de fluoxetina.
Nome comercial: Prozac.
Posologia: Tomar doses entre 20 e 60 mg meia hora antes de dormir.
Indicações: Droga utilizada no tratamento de depressão, ansiedade, TOC, entre outros distúrbios. Em pessoas com ausência desses sintomas diminui a agitação, estresse, aumentando o sono e a tranqüilidade. Age diminuindo a recaptação da serotonina. Diminui o estresse, porque diminui as emoções como um todo (apatia).
Reações adversas: Pode (ou não) apresentar reações simples, como erupções na pele, diminuição da libido, confusão mental, reações maníacas ou psicóticas (em pessoas predispostas) e idéias suicidas.
Para dias com sono:
Nome químico: Cloridrato de metilfenidato.
Nome comercial: Ritalina.
Posologia: 2,5 a 20 mg 1 hora antes da atividade.
Indicações: Droga normalmente utilizada para tratamento de distúrbios de déficit de atenção. Outras anfetaminas são utilizadas como anorexígenos. Em pessoas sem este distúrbio, apresenta reações como inibição do sono, aquisição de ânimo e concentração extrema. Largamente utilizada por caminhoneiros que não desejam dormir.
Reações Adversas: Não causa muitos problemas também. Causa apenas dilatação na pupila, taquicardia e dependência. Gera irritabilidade, e em usos prolongados pode causar desorientação espacial, alucinações e delírios. Danifica o tecido cerebral.
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Porque Maracujina é para os fracos!
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A Encrenca me ajudou nesse!
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sexta-feira, 29 de maio de 2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Retiro
Eu tinha medo do "Homem do Saco". Sim, confesso. Estava lá eu, prestes a quebrar alguma coisa em casa com uma bola, ou a cuspir um pouco de água na cabeça de algum transeunte desavisado na calçada que minha mãe apelava para o temido "Homem do Saco".
- Pára já com isso Thiago, ou vou ligar para o "Homem do Saco".
O que imaginava? O que eu temia? Ah, talvez que ele me colocasse naquele saco de feito com fibra de cizal e me levasse por aí gritando: "sapatos, chapéus e roupas usadas... quem tem?!".
Mas a idade veio. E levou embora o "Homem do Saco" dos meus anseios. Mas não da minha vida. Pensei que pudesse usa-lo com meus filhos, meus irmãos! Isso, meus irmãos. Só não contava com a modernidade em que vivemos.
Pois é, certo dia ameacei meu irmão com o "Homem do Saco". Qualquer molequisse que ele fez, fui lá eu, crente que estava dominando a situação, me sentindo um segurança do Conê de tão intimidador:
- Lucas, pára! Senão o "Homem do Saco" vai vir te pegar!
Ele terminou o que estava fazendo. Aí veio me questionar - quem é o homem do saco, Thiago?
Ele não conhece o "Homem do Saco! E o "Bicho Papão"? A "Cuca"?
NADA!
E percebi que os grandes vilões da minha infância estão obsoletos. Inevitável imaginar um retiro dos vilões aposentados. Uma casa de campo, com quintal grande e verde. Bucólico.
Onde o "Bicho Papão" resmungando sentado em sua cadeira ao lado do lago, reclamando da falta de peixes (alguém sabe qual a cara do "Bicho Papão"? Acredito que vou morrer com essa dúvida). A "Cuca" com um lencinho português enrolado na cabeça, tentando roer um pedaço de queijo com os dois dentes que lhe sobraram, afinal comer criancinhas e não escovar os dentes dá cárie.
Lá do outro lado vem o "Saci" gritando. De andador, afinal pulou muito numa perna só, ficou com osteosporose e perdeu a firmeza na sua perna - Enfermeira! O "Lobo Mau" sujou as fraldas de novo. Enquanto o "Lobo Mau" entrevado na cama respirando em um balão de oxigênio com os pulmões fracos.
Dentro da sala todas as "Bruxas" fazendo tricot e crochet resmungando que a comida do asilo é ruim e agradecendo as princesas não terem casado com seus filhos, afinal elas são muito rampeiras para eles.
Todos os dias, às 18:00 os vilões-anciões estariam de banho tomado e prontos para deitar, afinal estão muito cansados dessa vida de frustrações que tiveram, pois em momento algum foram bem sucedidos em sua jornada. As enfermeiras achariam eles bonitinhos em toda sua senilidade e colocariam eles para dormir.
Esse seria o dia-a-dia dos vilões, onde alguns iriam cada vez mais caindo no esquecimento, deitados em uma maca num canto até que as próprias enfermeiras os esquecessem por completo, enquanto outros vilões não tão velhos adentrariam o asilo para começar a caminhar dentro da rotina do esquecimento.
***
Disseram que o pessoal do "DOPS" está para chegar nesse asilo.
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- Pára já com isso Thiago, ou vou ligar para o "Homem do Saco".
O que imaginava? O que eu temia? Ah, talvez que ele me colocasse naquele saco de feito com fibra de cizal e me levasse por aí gritando: "sapatos, chapéus e roupas usadas... quem tem?!".
Mas a idade veio. E levou embora o "Homem do Saco" dos meus anseios. Mas não da minha vida. Pensei que pudesse usa-lo com meus filhos, meus irmãos! Isso, meus irmãos. Só não contava com a modernidade em que vivemos.
Pois é, certo dia ameacei meu irmão com o "Homem do Saco". Qualquer molequisse que ele fez, fui lá eu, crente que estava dominando a situação, me sentindo um segurança do Conê de tão intimidador:
- Lucas, pára! Senão o "Homem do Saco" vai vir te pegar!
Ele terminou o que estava fazendo. Aí veio me questionar - quem é o homem do saco, Thiago?
Ele não conhece o "Homem do Saco! E o "Bicho Papão"? A "Cuca"?
NADA!
E percebi que os grandes vilões da minha infância estão obsoletos. Inevitável imaginar um retiro dos vilões aposentados. Uma casa de campo, com quintal grande e verde. Bucólico.
Onde o "Bicho Papão" resmungando sentado em sua cadeira ao lado do lago, reclamando da falta de peixes (alguém sabe qual a cara do "Bicho Papão"? Acredito que vou morrer com essa dúvida). A "Cuca" com um lencinho português enrolado na cabeça, tentando roer um pedaço de queijo com os dois dentes que lhe sobraram, afinal comer criancinhas e não escovar os dentes dá cárie.
Lá do outro lado vem o "Saci" gritando. De andador, afinal pulou muito numa perna só, ficou com osteosporose e perdeu a firmeza na sua perna - Enfermeira! O "Lobo Mau" sujou as fraldas de novo. Enquanto o "Lobo Mau" entrevado na cama respirando em um balão de oxigênio com os pulmões fracos.
Dentro da sala todas as "Bruxas" fazendo tricot e crochet resmungando que a comida do asilo é ruim e agradecendo as princesas não terem casado com seus filhos, afinal elas são muito rampeiras para eles.
Todos os dias, às 18:00 os vilões-anciões estariam de banho tomado e prontos para deitar, afinal estão muito cansados dessa vida de frustrações que tiveram, pois em momento algum foram bem sucedidos em sua jornada. As enfermeiras achariam eles bonitinhos em toda sua senilidade e colocariam eles para dormir.
Esse seria o dia-a-dia dos vilões, onde alguns iriam cada vez mais caindo no esquecimento, deitados em uma maca num canto até que as próprias enfermeiras os esquecessem por completo, enquanto outros vilões não tão velhos adentrariam o asilo para começar a caminhar dentro da rotina do esquecimento.
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Disseram que o pessoal do "DOPS" está para chegar nesse asilo.
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